Documento revela participação dos jovens no mercado de trabalho

18 de novembro de 2010 - 18:30

O estudo “Educação e Trabalho Juvenil em um contexto de crescimento econômico: a realidade do Ceará”, apresentado nesta quinta-feira (18), pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) e do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), revela que, em 2009, 33,5% dos jovens da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) somente estudavam (243,9 mil), 31,7% somente trabalhavam (230,8 mil), 22,6% não trabalhavam e nem estudavam (164,5 mil) e 12,2% trabalhavam e estudavam (88,8 mil).

 

Há certo equilíbrio nas frações de jovens que somente trabalhavam (31,7%) e somente estudavam (33,5%), havendo quase dois jovens que nem estudavam e nem trabalhavam (22,6%) para cada jovem que trabalhava e estudava (12,2%) e quase 44% dos jovens trabalhavam.

 

Mais da metade dos jovens declararam não estar frequentando a escola (54,3%): expressiva maioria trabalhava (58,4%), 15,2% encontravam-se buscando trabalho e, na condição de inativos, foram qualificados 26,4%. Além disso, a jornada média semanal da força de trabalho de quinze a 24 anos era de 41 horas, semelhante à jornada dos trabalhadores de trinta a 59 anos (45 horas) ou daqueles maiores de 59 anos (43 horas).

 

Quanto maior a renda individual disponível das pessoas, maior a participação dos jovens que trabalham e estudam e daqueles que somente trabalham. Ademais, a concentração mais intensa de jovens que não trabalham e nem estudam ocorre nas famílias mais pobres.

 

Para o presidente do IDT, Francisco de Assis Diniz, “ao apresentar dados como estes, verificamos a importância de fortalecer os programas voltados para a juventude, como o Primeiro Passo, o ProJovem e o Juventude Empreendedora, que além de auxiliar o ingresso no mercado de trabalho, buscam estimular a formação e resgatar a auto-estima dos participantes”.

 

Participação dos jovens

 

De acordo com o estudo, a redução da taxa de participação juvenil, na faixa de quinze a 24 anos, foi devida à saída do mercado de trabalho de 35,4 mil jovens de 15 a 19 anos, sendo expressiva a saída dos jovens de 15 a 17 anos do sexo masculino, tal qual ocorrido em nível nacional. Para o presidente do IDT, Francisco de Assis Diniz, o “estudo é uma possibilidade de aprofundar os conhecimentos sobre a temática e auxiliar na construção das políticas públicas para o segmento”. O documento evidencia que o fato acima foi possivelmente motivado pela busca de mais e melhor escolaridade e formação para o trabalho, devido à opção do mercado por aqueles de 20 a 24 anos de idade.

 

O perfil dos jovens de 15 a 24 anos residentes na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), um contingente de 728 mil pessoas, em 2009, representando aproximadamente 20,4% da população metropolitana do estado, apresenta as seguintes especificidades:

 

§   41,2% têm instrução de, no máximo, nível fundamental (300 mil), 50,7% detêm instrução de nível médio (369 mil) e 8,1%, instrução superior (59 mil).
§   Expressiva parcela não frequentava a escola (54,3%), superando a marca dos 50% no ensino fundamental e alcançando mais de 60% no ensino médio.
§   As maiores incidências de jovens frequentando a escola foram encontradas entre os 20% mais pobres (48,9%) e os 20% mais ricos (53,5%).
§   Quase metade dos jovens estava exposta à pobreza.
§   8,4% de jovens residentes na RMF são chefes de família (61 mil).
§   Os jovens são maioria no desemprego (48,4%), e integram 1/5 da ocupação total.

§   Dentre os jovens que não frequentavam a escola, a maioria trabalhava (58,4%), 15,2% encontravam-se buscando trabalho e 26,4% estavam na inatividade.

 

18.11.2010

Assessoria de Imprensa do IDT

Ana Clara Braga (anaclara@idt.org.br / 85 85 3101.5500)