Ceará conclui primeira residência em medicina de emergência

7 de junho de 2011 - 18:07

O Ceará ganha nesta semana os primeiros médicos especialistas em Medicina de Emergência, com Residência realizada no próprio Estado. Para os quatro concludentes, o próximo desafio da carreira profissional de cada um é ajudar a promover aprimoramentos médicos e tecnológicos nos serviços de urgência e emergência pré-hospitalar e intra-hospitalar. “Nos comprometemos com essa luta para melhorar o serviço”, afirma Maria Alessandra Oliveira Leitão, que ao lado dos colegas Karen Gracy Alexandrino, Késsy Vasconcelos de Aquino e Ricardo Hélio Chaves Maia, estará na solenidade de conclusão da primeira turma de residentes em Medicina de Emergência do Ceará, nesta quinta-feira(09), às 9h30min, no auditório da Secretaria da Saúde do Estado (Avenida Almirante Barroso, 600 – Praia de Iracema).

Os novos médicos emergencistas foram formados pelo programa de Residência em Medicina de Emergência criada pela Sesa em 2008 e que conta hoje com 18 residentes. O Ceará foi o primeiro Estado do Norte e Nordeste e o segundo do Brasil a oferecer Residência em Medicina de Emergência, uma das providências da Secretaria da Saúde para ampliar a oferta de médicos em diferentes especialidades. Assim, contribuir para atender as necessidades da nova rede de assistência em construção no Ceará pelo governo do Estado, incluindo três hospitais regionais no interior: o Hospital Regional do Cariri (HRC), já inaugurado, o Hospital Regional Norte, em Sobral, com inauguração prevista para este ano, e o Hospital Regional do Sertão Central, que será construído em Quixeramobim.

A Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramec), na página www.abramed.com.br, define a especialidade como “a prática da medicina que abrange o diagnóstico e tratamento de qualquer paciente que necessite cuidados diante uma situação imprevista, sem agendamento prévio, com uma doença ou lesão aguda. A razão da existência da Medicina de Emergência é limitar a morbidade e a mortalidade nesses pacientes. A sua prática abrange desde os cuidados pré-hospitalares até o atendimento hospitalar, cuidados que requerem conhecimentos de todas as especialidades intimamente relacionadas a ela. A prática da Medicina de Emergência requer um conhecimento e reconhecimento adequados de lesões e doenças agudas, com ou sem risco de vida, seguidas de imediato tratamento e estabilização. Ela permite solicitar consultorias adequadas, encaminhar, transportar ou liberar o paciente com critérios e cuidados bem estabelecidos”.

A Residência forma médicos para atender todo tipo de emergência, desde infarto do miocárdio até politraumatismo. Como, normalmente, o atendimento de urgência e emergência é pulverizado nas unidades de saúde, o médico formado nessa Residência específica tem condições de fazer o atendimento completo, onde quer que ele esteja, independente da patologia. Para cobrir os diversos casos de emergências, no Ceará a Residência é realizada em unidades de saúde com perfis específicos – Instituto Dr. José Frota (IJF), para traumas e causas externas; Hospital de Messejana, para cardiologia; Hospital de Saúde Mental, para psiquiatria; Hospital São José, para infectologia; Hospital César Cals, para gineco-obstetrícia; Hospital Geral de Fortaleza, para casos clínicos; e Hospital Infantil Albert Sabin, para pediatria. Em 2009, a Residência em Medicina de Emergência iniciou intercâmbio para levar residentes aos serviços de emergência de hospitais dos Estados Unidos. Os residentes trabalharam no Hospital de Nova York, no Northwestern Memorial Hospital, de Chicago, e no hospital Cook County, também de Chicago, onde era gravado o seriado de tevê norte-americano “ER” – “Plantão Médico” no Brasil.

A possibilidade de trabalhar em equipe na assistência a pacientes críticos foi o que motivou Alessandra Leitão a fazer opção pela Residência em Medicina de Emergência. “Você sabe que é difícil, mas vê o quanto é importante o profissional especialista nesse serviço”, diz a médica. “A área está precisando de pessoas comprometidas, que se identifiquem e gostem de trabalhar na emergência”, ela admite. Para Alessandra, essa é a sua realização profissional. “O médico se sente fundamental no destino de um paciente que está entre a vida e a morte”.

 

07.06.2011

Assessoria de Imprensa da Sesa

Selma Oliveira (soliveira@saude.ce.gov.br / 85 3101.5220)