UECE inaugura Núcleo de Pesquisa em Segurança em Computação em Nuvens

27 de junho de 2011 - 14:09

A Universidade Estadual do Ceará (Uece) sai na frente e cria um Centro, pioneiro no Brasil, para auxiliar a capacidade brasileira pública e privada a atuar na área de segurança cibernética. Trata-se do Núcleo de Pesquisa em Segurança em Computação em Nuvens, que será inaugurado às 16 horas desta segunda-feira ((27), em solenidade no Auditório Paulo Petrola da Reitoria, no Campus do Itaperi, presidida pelo Reitor da Uece, professor Francisco de Assis Moura Araripe. A criação do Núcleo de Pesquisa em Computação em Nuvens, atualmente alocado no Laboratório de Segurança de Dados da Uece, foi graças a um aporte de recursos no valor de quase R$ 3 milhões, oriundos da empresa multinacional Dell, através da lei de informática.

 

Dentre os Núcleos idealizados, o de Segurança em Computação em Nuvens foi o que se mostrou mais atrativo devido ao grande interesse mundial no assunto e ao suporte que a empresa multinacional Dell se propôs a dar a esse tipo de pesquisa. O projeto inicial a ser pesquisado nesse Núcleo terá como principal componente as necessidades de segurança para que a computação em nuvens possa ser utilizada por órgãos governamentais. Sem perder de vista os objetivos de médio e longo prazo, este foi um passo muito importante para possibilitar a criação do Centro de Excelência em Segurança Cibernética (CESeC). O importante é que o Núcleo inicial cresça e, em breve, possa auxiliar iniciativas governamentais e privadas relacionadas com segurança e sistemas seguros e que venham a se tornar competitivas em âmbito mundial.

 

O CESeC conta com uma forte colaboração do Centro de Tecnologia de Informação Renato Archer (CTI), parceiro da Uece nessa criação, além do apoio do deputado Ariosto Holanda (PSB-CE) desde que as ideias eram embrionárias. O Centro, que atuará desde a concepção da inovação até a transferência de tecnologia, foi concebido segundo conceitos comprovados de operação de grandes laboratórios norte americanos e terá como princípio a colaboração de várias entidades públicas e privadas. Como a criação de tal Centro é uma iniciativa complexa e que demanda tempo, a estratégia CTI/Uece foi a de iniciar as atividades que futuramente serão a ele incorporadas através de Núcleos de Pesquisa, já previstos no desenho inicial do organograma do Centro.

 

Vários são os exemplos nacionais e internacionais da carência potencial de crescimento da área de segurança de informação. Segundo o coordenador-geral do Centro de Estudo e de Criminalidade e Segurança Pública da Universidade Federal de Minas Gerais, Cláudio Beato, durante a recente Conferência Internacional Empresas e Responsabilidade Social, do Instituto Ethos, em São Paulo, o Brasil gasta R$ 92 bilhões ao ano em segurança. Este é um grande indicativo da preocupação do brasileiro com sua segurança. Em particular, recentemente, há um indicativo de um aumento considerável do uso de um meio, outrora ignorado, para atividades ilícitas. O Cyber espaço, o ambiente que reúne todas as mídias digitais, tem se tornado um campo fértil para atividades criminosas que ameaçam de forma direta o cidadão comum e comprometem bilhões de dólares anualmente.

 

Em recente palestra na conferência InformationWeek 500, David DeWalt, diretor executivo da McAfee, relatou que o cyber crime tornou-se um negócio multibilionário, comprometendo mais de US$ 105 bilhões de divisas mundiais, superando inclusive a movimentação relacionada ao tráfico de drogas. Isso inclui assalto a bancos, roubo de identidade, e muitos outros malefícios que afetam a sociedade de forma mais que perniciosa. Os Estados Unidos, apesar de propor amplos cortes de gastos públicos em geral para 2012, planeja aumentar seus gastos em Tecnologia da Informação (TI), principalmente segurança Cibernética e Computação em Nuvens. O Brasil pretende aumentar sua capacidade em guerra cibernética com uma atuação forte através do recém criado Centro de Defesa Cibernética (CDCiber). E é nesse contexto que a Uece começou uma iniciativa de criação de um Centro, pioneiro no Brasil, que possa auxiliar a capacidade brasileira pública e privada a atuar na área de segurança cibernética.

 

27.06.2011

Assessoria de Imprensa da Uece

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