Abastecimento de água será reforçado em Fortaleza e Região Metropolitana (RMF)

22 de novembro de 2011 - 13:31

O Governo do Estado, através da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), está realizando três grandes obras de abastecimento de água no município de Fortaleza que irão resolver a distribuição em diversos bairros da cidade. Atualmente, essas localidades sofrem com o subdimensionamento da rede de distribuição de água, o que ocasiona problemas de baixa pressão, inconstância e falta de água.

 

A zona Noroeste da Região Metropolitana da Fortaleza (RMF), que abrange os bairros Potira, Jurema, Conjunto São Miguel, Tabapuá e adjacências, será beneficiada com a construção de uma linha de reforço no valor de cerca de R$ 3,5 milhões. A obra está implantando 11.377 metros de rede e encontra-se 99% concluída.

 

Outra linha de reforço está sendo implantada para melhorar o abastecimento dos seguintes bairros: Cidade Oeste, Antônio Bezerra, Quintino Cunha, Floresta e redondezas. Estão sendo assentados 1.466 metros de rede e uma adutora. O investimento previsto é de cerca de R$ 2,8 milhões. A obra está em 90% concluída.

 

A Cagece também está em processo licitatório para a execução de obras de melhoria no abastecimento de 14 bairros, que são eles: Messejana, Curió, Lagoa Redonda, Cambeba, Alagadiço Novo, Guajeru, Cajazeiras, Pedras, Paupina, Barroso, Ancuri, Coaçu, Parque Iracema e Jangurussu. A obra irá beneficiar 470 mil habitantes (previsão de crescimento demográfico até 2015) e assentará 12.880 metros de subadutora, além de instalar quatro válvulas redutoras de pressão e executar 100 metros de travessia. A obra, dividida em duas licitações – serviços e materiais, totaliza R$ 19,5 milhões e está prevista para ser iniciada em no primeiro trimestre de 2012, com conclusão em 14 meses.

 

Ligações clandestinas e aumento de consumo

 

Enquanto as obras de reforço no abastecimento de água não estão concluídas, a Cagece chama a atenção para algumas práticas que reduzem a oferta de água em alguns bairros de Fortaleza e contribuem para as faltas e inconstâncias do abastecimento.

 

As ligações clandestinas em redes de distribuição são o grande vilão para o fornecimento de água em bairros que sofrem atualmente com estes problemas como Potira, Quintino Cunha e Alagadiço Novo. Isto porque, quando um imóvel desvia água gera uma diminuição de pressão na rede. Além disso, uma ligação clandestina gera outros problemas operacionais que demandam investimento da Cagece que poderia ser direcionado para melhorias nos sistemas.

 

No período de janeiro à setembro deste ano, em Fortaleza,  por exemplo, a Companhia teve uma perda de cerca de 66 milhões de metros cúbicos de água distribuída entre perdas nos processos, por vazamento, submedições e fraudes. No último caso, as ligações clandestinas representam metade do volume perdido, ou seja, aproximadamente 33 milhões de metros cúbicos. Esse montante equivale ao abastecimento por cerca de 2 meses de consumo de todas as 246 localidades abastecidas pela Cagece, exceto Fortaleza.

 

Outro fator que deve ser levado em consideração é a elevação natural do consumo nesses meses do ano onde é detectado um aumento do calor. Com o fim do período chuvoso no mês de maio, o consumo de água no Estado aumentou cerca de 2,36% nos três meses seguintes. Em agosto, mês mais quente, foi registrado no Ceará um volume de 20.701.528 milhões de metros cúbicos, o que equivale a quantidade necessária para abastecer por um mês uma cidade do tamanho de Horizonte, Pacajus, Russas e Aracati, juntas.

 

Nestas duas situações, a Cagece adota medidas de combate e conscientização. Para minimizar o número de incidências de fraudes, por exemplo, a Cagece faz análises de discrepâncias nas leituras dos medidores (como baixa excessiva no consumo), recebe denúncias e fiscaliza ligações cortadas há mais de quinze dias. Já para controlar o aumento do consumo, a Companhia realiza um trabalho socioambiental onde equipes atuam em comunidades, escolas e empresas, ensinando como não desperdiçar e melhor aproveitar a água que chega na casa do cliente.

 

Porém, a Cagece ressalta que é necessária a conscientização da população sobre o prejuízo que uma fraude ou a utilização desmoderada de consumo podem acarretar para toda a população.

 

22.11.2011

Assessoria de Imprensa Cagece

Sabrina Lemos (sabrina.lemos@cagece.com.br / 85 31011826 – 88788932)