I Feira do Livro do Ceará em Cabo Verde começa neste domingo (11)

9 de dezembro de 2011 - 17:33

O Governo do Estado,  por meio de Secretaria da Cultura (Secult), no Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes, realiza em parceria com o Instituto de Arte e Cultura do Ceará, Câmara Cearense do Livro/CCL, UNILAB, Universidade Federal do Ceará e Universidade Estadual do Ceará, a I Feira do Livro do Ceará em Cabo Verde: “A Terra da Luz na Claridade”, de 11 a 18 de dezembro, na Cidade Praia, Cabo Verde.

 

Sabido da importância da “palavra” no âmbito literário, mas também no ramo do conhecimento, e no intuito de aproximar os dois países por meio da difusão de saberes e troca de experiências, a I Feira Mundial da Palavra consolida o intercâmbio cultural entre Brasil (CE) e Cabo Verde, evidenciando as semelhanças entre os estados de expressão portuguesa, sobretudo no que diz respeito às suas literaturas e demais saberes no campo das Ciências Sociais e Humanas.

 

A ação cultural está norteada ao aprofundamento da amizade mútua e da cooperação solidária entre seus membros. As políticas de linguagem e cultura  estão orientadas à estimular o desenvolvimento social, cultural e econômico e a superação das desigualdades sociais.

 

Os dois países, unidos por meio da difusão de saberes e troca de experiências, trabalham possibilidades de reciprocidades de relações de cunho científico e cultural entre as duas nações com uma programação que inclui  exposições de vídeos, palestras, contações de histórias, exposições e lançamentos de livros, oficinas e promoção de grupos de trabalho entre universidades brasileiras e caboverdianas.

 

I Feira Mundial da Palavra promovida pelo Ministério da Cultura de Cabo Verde e Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, Secretaria da Cultura do Estado do Ceará,  em  parceria com o Instituto de Arte e Cultura do Ceará, Câmara Cearense do Livro/CCL, UNILAB, Universidade Federal do Ceará e Universidade Estadual do Ceará

 

Saiba mais sobre a Literatura:

 

Cedo, Cabo Verde despertou para o amor dos africanos pelo Brasil. Os “claridosos”, criadores da revista Claridade, em 1936, dentre outros méritos, furaram, com decisão e arte, o cerco salazarista que impedia o acesso a textos brasileiros que apresentavam posturas políticas definidas, como os de Jorge Amado e de Graciliano Ramos.

 

Os claridosos, entendendo o Brasil como uma cultura mestiça e autônoma, encontravam-se, como parte de seu povo, em processo de conscientização cultural e nacional. Com o modernismo brasileiro, em especial o de caráter regionalista produzido no Nordeste, essa geração é influenciada.

 

Os escritores caboverdianos, a partir de autores brasileiros, como Jorge Amado, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz, Jorge de Lima, Ribeiro Couto, Manuel Bandeira e o sociólogo Gilberto Freyre, passaram a tomar consciência cada vez maior da realidade das ilhas e a romper com os modelos de tipo europeu. A atenção passou a ser cada vez mais na terra, no ambiente socioeconômico e no povo das ilhas. O grande marco de consolidação de temática nativista da literatura produzida em Cabo Verde acontece com o lançamento da revista Claridade. Assim, o modernismo caboverdiano, além de todas as perspectivas linguísticas e artísticas, o coloca à frente como elemento de afirmação e de consolidação da consciência da nação caboverdiana.

 

09.12.2011

Assessoria de Imprensa da Secult

Sonara Capaverde (sonara.capaverde@secult.ce.gov.br / 85 9608.5822 – 8878.8805)