Investimentos em infraestrutura, entre 2007-2010, repercutem R$ 15 bilhões na economia cearense

13 de abril de 2012 - 20:01

A área de infraestrutura recebeu R$ 3,567 bilhões, o que representou 77,6% dos R$ 4,598 bilhões dos investimentos selecionados em quatro grandes áreas (saúde, educação, segurança pública e infraestrutura) na primeira gestão (2007/2010) do Governo de Cid Gomes. Com isso, as repercussões projetadas para a área sobre a produção da economia cearense chegaram a 4,2 vezes o valor inicial (R$ 3,567 bi), ou seja, de quase R$ 15 bilhões. Este é apenas um dos muitos dados da pesquisa “Impactos Econômicos dos Principais Investimentos Públicos no Ceará na Primeira Gestão do Governo Cid Gomes”, que acaba de ser divulgada pelo Instituto de Pesquisa e Estratégica Econômica do Ceará (Ipece).

 

O trabalho selecionou os 17 maiores programas em quatro áreas (por investimento) e, por ordem de volume de recursos. Após a infraestrutura, que ficou em primeiro lugar, estão educação, com R$ 493,8 milhões, o que representa 10,7% dos R$ R$ 4,598 bilhões; saúde, com R$ 419,4 milhões (9,1%) e segurança pública, com R$ 117,1 milhões (2,5%).  Nos quatro segmentos, o volume total investido (não selecionado) foi de R$ 6,961 bilhões.  De acordo com o diretor do Ipece, professor Flávio Ataliba, o Ceará está nas primeiras posições (quarto lugar em 2010) dentre os estados brasileiros em volume de recursos investidos, o que proporciona, sem dúvida, efeitos positivos na economia do Ceará.

 

O tema “Impactos Econômicos dos Principais Investimentos Públicos no Ceará na Primeira Gestão do Governo Cid Gomes” fez parte da programação comemorativa ao aniversário de nove anos do Ipece, que transcorre neste sábado (14). Dois outros trabalhos – “Perfil Municipal de Fortaleza – Aspectos Demográficos” e “Sistema de Monitoramento dos Programas Sociais no Ceará” – também foram expostos. O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, deputado Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra, participou das comemorações abordando o tema “Gestão Pública Eficiente e Bem- Estar Social: os Desafios no Contexto das Novas Exigências da Sociedade Contemporânea”.

 

ÁREAS

Na saúde, dentre os investimentos analisados que somaram R$ 419,4 milhões entre 2007/2010 – estão incluídos gastos com obras de construção civil, com modernização e compra de equipamentos, dentre outros –  a repercussão representa um impacto estimado na produção de R$ 1,5 bilhão. Ou seja, os gastos projetados na área da saúde tiveram uma repercussão no valor bruto da produção que chega a 3,5 vezes o valor inicial investido. Os impactos na produção – explica o professor Flávio Ataliba – quantificam o aumento do valor da produção, que é induzido pela elevação da demanda final em virtude dos investimentos realizados pelo Estado. Demonstra m também que o aumento da produção que se dá de forma direta, indireta e induzida mediante o impacto inicial na demanda agregada.

 

Na área da educação os recursos programados para os anos de 2007 a 2010 somaram R$ 493,8 milhões. Assim como na saúde, também estão incluídos gastos com obras de construção civil, com modernização e compra de equipamentos e a contratação de serviços especializados. Analisando-se as repercussões das inversões projetadas para educação sobre a produção da economia cearense, percebe-se que os impactos chegaram a 4,0 vezes o valor inicial aplicado, superando o registrado pelos investimentos na área da saúde. Tal diferença é explicada pelo modo diferente como os gastos em cada área afetam os setores na economia local.  Em valores, o impacto total chegou a quase R$ 2,0 bilhões de reais.

 

O volume de recursos para financiar os investimentos programados na área da segurança pública (2007 a 2010), atingiu o montante global de R$ 117,1 milhões. Novamente, incluíram-se nesta soma os gastos com obras de construção civil, com modernização e compra de equipamentos e a contratação de serviços especializados. A repercussão dos investimentos na área sobre o valor bruto da produção chegou a R$ 306,1 milhões, refletindo um efeito de 2,6 vezes o valor inicial aplicado. Desse montante, 53,1 por cento foi absorvido internamente pela economia cearense. Sobre o valor adicionado, o impacto total foi de R$ 156,2 milhões, o equivalente a 1,3 vezes o recurso inicial. Neste caso a repercussão interna foi de R$ 95,2 milhões, ou 61,0 por cento do valor total.

 

A área da infraestrutura, como já foi dito, absorveu o maior volume de recursos. Os investimentos programados para o quadriênio 2007-2010 chegaram à cifra de R$ 3,6 bilhões, superando com folga os recursos destinados para educação, saúde e segurança pública. Como nos procedimentos anteriores, incluíram-se nesta soma os gastos com obras de construção civil, com modernização e compra de equipamentos e a contratação de serviços especializados. As repercussões das inversões projetadas para infraestrutura sobre a produção da economia cearense chegaram a 4,2 vezes o valor inicial aplicado, se colocando como maior efeito multiplicador dentre as áreas avaliadas.

 

Em valores, o impacto foi de quase R$ 15 bilhões, considerando aqui as repercussões sobre o consumo intermediário como nos demais casos. Em relação à composição regional, 50,5 por cento do efeito total, ou R$ 7,6 bilhões, foi absorvido pela economia estadual. O valor restante, R$ 7,4 bilhões, distribuiu-se pelos demais estados brasileiros. Os trabalhos (Ipece Informe 29 e 30) podem ser acessados na página www.ipece.ce.gov.br

 

13.04.2012

 

Assessoria de Imprensa do Ipece

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