Pesquisa aponta criação de 17 mil novas vagas em julho na RMF

29 de agosto de 2012 - 20:32

A taxa de desemprego da região metropolitana de Fortaleza (RMF) manteve-se estável em 9,7% da população economicamente ativa (PEA), entre os meses de junho e julho, segundo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quarta-feira (29).

 

A taxa é a terceira menor das regiões pesquisadas e manteve-se abaixo da média das sete regiões metropolitanas do país (10,7%). A taxa de julho foi menor que a do mesmo período do ano passado (10,2%) e o contingente de desempregados foi estimado em 176 mil pessoas, 2 mil a mais  que no mês anterior.

 

Em relação ao nível ocupacional, em julho, a RMF cresceu 1,0% e o total de ocupados foi estimado em 1,638 milhão de pessoas, 17 mil a mais que no mês anterior. O resultado foi decorrente de movimentos diferenciados entre os setores de atividade analisados. Houve expansão na indústria (8 mil ou 2,7%) e nos serviços (15 mil ou 1,9%), pequena redução na construção civil (-2 mil ou -1,5%) e no comércio e reparação de veículos (-1 mil ou -0,3%).

 

“Outro dado interessante é que o tempo médio de procura por trabalho foi de trinta semanas, uma a mais em relação ao mês anterior. O período diz respeito ao tempo em que o trabalhador leva para encontrar  nova oportunidade de emprego e permite avaliar se estará protegido pelas políticas trabalhistas, como o seguro-desemprego”, analisa o presidente do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), De Assis Diniz.

 

Cresce número de assalariados, domésticos e autônomos

 

Segundo a posição na ocupação, a PED/RMF registrou que o número de assalariados cresceu 0,8%, em julho. O resultado deveu-se aos pequenos incrementos ocorridos tanto no setor público (5 mil ou 3,6%) quanto na iniciativa privada (3 mil ou 0,3%). Neste último, houve pequenas oscilações positivas do número de assalariados com carteira de trabalho assinada (2 mil ou 0,3%) e sem carteira (1 mil ou 0,5%).

 

Ocorreu ainda elevação do número de empregados domésticos (9 mil ou 7,4%) e de autônomos (4 mil ou 1,0%), enquanto diminuiu o contingente de trabalhadores classificados nas demais posições ocupacionais (-4 mil ou -5,0%) – que engloba empregadores, donos de negócio familiar, profissionais universitários, trabalhadores familiares sem remuneração, dentre outros.

 

Rendimento registra elevação

 

Entre maio e junho de 2012, o rendimento médio real apresentou elevação para os ocupados (1,4%) e, principalmente, para os assalariados (2,4%), cujos valores passaram a equivaler R$ 997 e R$ 1.088, respectivamente.

 

Entre os assalariados, este resultado foi puxado basicamente pela elevação dos salários no setor público, na medida em que, na iniciativa privada, houve perda de rendimento, tanto entre os assalariados com carteira assinada (-0,6%) quanto entre os sem carteira (-1,1%). Já o rendimento do trabalhador autônomo teve discreta elevação (0,4%), correspondendo à remuneração média de R$ 717.

 

A massa de rendimentos, em junho de 2012, apresentou crescimento tanto para os ocupados (1,9%) quanto para os assalariados (3,3%). Em ambos os casos, este crescimento deveu-se à expansão do nível ocupacional e, principalmente, do rendimento.

 

Sobre a PED/RMF

 

A Pesquisa de Emprego e Desemprego na região metropolitana de Fortaleza (PED/RMF) é divulgada pelo governo do Estado, por meio da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) e do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), o SINE/CE, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE).

 

Além de Fortaleza, a PED também é realizada nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e no Distrito Federal.

 

29.08.2012

Assessoria de Comunicação do IDT

Ana Clara Braga (anaclara@idt.org.br / 85 3101.5500)