Unidades da Secretaria da Saúde ajudam fumantes a largar o cigarro

9 de janeiro de 2013 - 17:23

Fumantes que entraram em 2013 com a promessa de superar o vício do cigarro encontram apoio no Programa de Combate ao Tabagismo do Hospital de Messejana, referência no país no tratamento de doenças cardíacas e pulmonares e, desde abril de 2012, no Centro de Saúde do Meireles, outra unidade da Secretaria da Saúde do Estado. No Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes o Programa de Controle ao Tabagismo funciona desde 2002 e já ajudou mais de 2 mil fumantes a abandonarem o vício. Mais informações sobre o serviço do Centro de Saúde do Meireles podem ser obtidas pelo telefone  85 31011440. No Hospital de Messejana os que querem deixar de fumar têm informações pelo telefone 85 3101.4062.

 

Desejo de 80% dos fumantes, largar o cigarro não é tarefa tão simples para a grande maioria dos tabagistas. Segundo o diretor do Centro de Saúde do Meireles, Edilson Melo, estudos mostram que apenas 3% dos fumantes abandonam a dependência do cigarro por decisão isolada. O Centro de Saúde do Meireles está encerrando o quinto grupo de tratamento e o índice de abandono do vício é de 80%.  Em grupos de 15 pessoas, por exemplo, 12 deixam de fumar com o tratamento. Os participantes dos grupos são acompanhados durante seis meses e monitorados por pelo menos um ano, tempo em que o risco de voltar a fumar é praticamente inexistente.

 

Os fumantes no Meireles são acompanhados por equipes multiprofissionais, formadas por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiras, nutricionistas. No início do tratamento os pacientes são ouvidos sobre a motivação para deixar de fumar. São realizados exames para conheci mento sobre o quadro de saúde dos pacientes e o grau de dependência da nicotina, uma das principais substâncias encontradas no cigarro. O tratamento é baseado em abordagem cognitivo-comportamental e em uso de medicamentos. Orientações permanentes e em grupo sobre alimentação saudável e os riscos do tabagismo para a saúde também são rotina no Programa de Controle do Tabagismo. A troca de informações em grupo estimula e contribui para que o índice de abandono do tabagismo seja maior.

 

O cigarro contem mais de 4.700 substâncias. Muitas delas utilizadas em produtos e situações que os fumantes jamais imaginariam. É o caso da naftalina, que mata baratas, e é uma das substâncias contidas no cigarro. Outra substância contida no  cigarro é o formol, conservante de cadáver. Destaque ainda para a presença do ácido acético, que é forte e corrosivo, além de outras substâncias que são mais conhecidas, como o alcatrão.

 

Cigarro mata

O tabagismo é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo e a segunda maior causa de morte, após a hipertensão. Atualmente, mata um em cada dez adultos. O número de mortes provocados pelo cigarro chega a 5 milhões por ano em todo o mundo. O tabagismo, doença provocada pela dependência da nicotina, causa também 50 diferentes doenças, entre elas as cardiovasculares, respiratórias e o câncer. No Brasil, o Instituto Nacional de Combate ao Câncer (INCA) estima que cerca de 200 mil mortes por câncer a cada ano são causadas pelo tabagismo. Chamam a atenção no país os dados a respeito de câncer de pulmão, de boca, de laringe e de esôfago. De acordo com levantamento divulgado pelo INCA, o câncer de pulmão está em terceiro lugar no ranking de incidência em mulheres, ficando atrás apenas do câncer de mama e do colo de útero. Estudos mostram que 95% dos cânceres de pulmão são desenvolvidos em pacientes com histórico de fumo.

 

Segundo dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), realizado pelo Ministério da Saúde, o número de fumantes permanece em queda no Brasil. De 2006 a 2011, o percentual de fumantes passou de 16,2% para 14,8%. A incidência de homens fumantes no período 2006-2011 diminuiu a uma taxa média de 0,6 % ao ano. O Vigitel 2011 apontou que 11,8% dos brasileiros não-fumantes moram com pelo menos uma pessoa que fuma dentro de casa. Além disso, 12,2% das pessoas que não fumam convivem com algum colega fumante no local de trabalho. De acordo como o INCA, pelo menos 2,6 mil não fumantes morrem no Brasil por ano devido a doenças provocadas pelo tabagismo passivo. Realizada nas capitais, a pesquisa mostrou que 10% da população de adultos de Fortaleza é de fumantes.

 

09.01.2013

 

Assessoria de Comunicação da Sesa
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