Ceará se prepara para realizar transplante alogênico de medula

2 de outubro de 2013 - 14:10

O Banco de Cordão Umbilical e Placentário do Ceará, do Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemoce), é o único banco em funcionamento no Nordeste, com 140 amostras armazenadas. Também é referência no País com taxa de 80% disponibilizadas para transplantes, quando a média nacional é de 50%. Esses números serão apresentados nesta quinta-feira (03) à equipe do Ministério da Saúde (MIS). Após a visita, o Banco de Cordão Umbilical e Placentário deve receber autorização para realizar transplante de medula alogênico, quando o paciente recebe células sadias de outras pessoas.

 

Com a realização de transplante alogênico sendo realizado no Ceará não haverá mais a necessidade de encaminhar pacientes para Atendimento Fora de Domicílio (TFD) em outros Estados, como São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Segundo o coordenador do Banco de Cordão Umbilical e Placentário, o hematologista Fernando Barroso, o alcance de 80% de disponibilização das amostras para transplantes alogênicos deve-se, principalmente, ao rigor na seleção das doadoras e a qualidade da coleta e processamento das células tronco.

 

A coleta das células tronco ocorre logo após o parto quando o obstetra “corta” o cordão umbilical. A coleta do sangue presente no cordão umbilical é feita com uma agulha conectada a uma bolsa estéril. As células tronco surgem no ser humano ainda na fase embrionária, previamente ao nascimento. Após o nascimento, alguns órgãos ainda mantêm dentro de si uma pequena porção de células tronco, que são responsáveis pela renovação constante.

 

Para doar as células tronco dos cordões umbilicais dos filhos ao Banco de Cordão Umbilical e Placentário, as mães devem apresentar o registro de duas consultas pré-natais. Devem ter mais de 18 anos de idade. A gravidez não pode ser de risco, não ter doenças genéticas ou transmissíveis. As bolsas de células tronco são armazenadas numa temperatura abaixo de 80 grau celsius podem salvar a vida de milhares de pacientes no Brasil e no mundo já que a rede BrasilCord, onde o Banco de Cordão Umbilical e Placentário do Hemoce está integrado, faz parte da NetCord, a rede mundial de doadores de medula óssea e de células do cordão umbilical.

 

Inovações

 

Nos últimos anos os avanços do Ceará na área de transplantes não se limitam ao crescimento dos números. O aumento dos números de transplantes vem acompanhado de oferta de novos serviços na alta complexidade dos transplantes. O transplante de medula autólogo, quando o paciente recebe células sadias da própria pessoa, já vem sendo realizado no Estado faz desde setembro de 2008, através do Hemoce, em parceria com o Hospital Universitário Wálter Cantídio. Até o último mês de setembro foram realizados 103 procedimentos. Em 2009 foi realizado o primeiro transplante de pâncreas no Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Em 2011, mais um avanço. O Estado passou a fazer transplante de pulmão, o único Estado das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Nesses dois anos e meio, 15 pacientes já foram transplantados.

 

02.10.2013

Assessoria de Comunicação da Sesa

Selma Oliveira / Marcus Sá (selma.oliveira@saude.ce.gov.br / 85 3101.5220 / 3101.5221)

Twitter: @SaudeCeara

www.facebook.com/SaudeCeara