9ª Bienal Internacional de Dança inicia nesta quinta-feira (17)

16 de outubro de 2013 - 18:01

Este mês a dança no Ceará leva o público a fazer um verdadeiro percurso entre várias “estações”, como um roteiro de trem urbano. Passando por pontos centrais e extremos de Fortaleza e chegando a mais sete municípios do Estado, a 9ª Bienal Internacional de Dança do Ceará, projeto apoiado pelo Governo do Estado, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, transporta e difunde a produção contemporânea da dança em sua multiplicidade de configurações. Os pontos de partidas são as cidades de Sobral, no dia 17, e Fortaleza, no dia 18, e o fim desta viagem será no distrito de Juá, em Irauçuba, no dia 06 de novembro.

 

Antes disso, no último domingo (13), em Paracuru, no Litoral Oeste, tiveram início as atividades formativas da Bienal de Dança, com a Residência Artística Gyrokinesis, conduzida por Matteo Moles (Bélgica) até o dia 19, voltada para os integrantes da Paracuru Cia. de Dança. Na segunda-feira (14), em Fortaleza, foi iniciada no Auditório do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura a Residência Artística Fotografia Artística, sob a orientação de Celso Oliveira (CE), Emídio Luisi (SP) e Ademar Assaoka (CE), que acontecerá durante toda a Bienal nas cidades sedes, onde os participantes farão a cobertura fotográfica.

 

Abertura em Sobral

 

A abertura da Bienal em Sobral nesta quinta-feira (17) será às 19 horas, em palco montado ao lado do Theatro São João. Pela primeira vez a Edisca apresenta fora de Fortaleza o espetáculo “Paideia – A criação das crianças”. A montagem estreou em 2012, com inspiração na cultura grega antiga no que concerne ao conceito filosófico da educação: do corpo, do intelecto, da emoção e do espírito. É metalinguagem – dança como narrativa de si própria, antevendo o processo educativo intrínseco que sustenta os corpos em movimento e expressão. A diretora da Edisca, Dora Andrade, que é também a diretora geral do espetáculo, será homenageada na solenidade de abertura em Sobral.

 

Abertura em Fortaleza

 

Em Fortaleza a abertura acontecerá na sexta-feira, dia 18, a partir das 20h30m no Theatro José de Alencar. A solenidade será marcada pelo lançamento do livro “Balé passo a passo” de autoria do bailarino Flávio Sampaio, diretor da Escola de Dança de Paracuru. Em seguida, no Palco Principal a São Paulo Companhia de Dança (SP) apresenta Peekaboo, Petite Mort e Utopia ou o lugar que não existe. A programação de abertura em Fortaleza continua após os espetáculos com coquetel e festa nos Jardins do TJA, tendo como atrações Luxo da Aldeia (CE) e DJ Guga de Castro (CE).

 

A Bienal

 

Ao longo de quase duas décadas, a Bienal de Dança vem contribuindo para dinamizar, local e nacionalmente, a difusão da dança cênica em suas múltiplas configurações. Paralelamente, promove um importante diálogo dos artistas da dança cearense com criadores e instituições de outros contextos, fomentando o intercâmbio de experiências, a reflexão, a circulação e a produção de conhecimento na área.

 

A 9ª Edição

 

Em praças, periferias e grandes palcos que denominou “Estações”, a Bienal do Ceará, que é apresentada pela Petrobras há 7 anos, apresenta companhias locais, nacionais e internacionais renomadas, em espetáculos nos mais diversos conceitos, desde trabalhos de repertório a obras recentemente criadas. No que diz respeito aos convidados internacionais – Portugal, Espanha, Alemanha, Bélgica e França – pela primeira vez em muitos anos temos o privilégio de programar sete artistas totalmente inéditos na Bienal.

 

Com toda a programação gratuita, entre espetáculos, performances, oficinas, palestras, coproduções, entre outras atividades, a 9ª edição da Bienal acontecerá em Fortaleza (18 a 27.10), Sobral (17 a 20.10), Paracuru (13 a 19, 25 e 26.10), Juazeiro do Norte (30.10 a 01.11), Crato (31.10 a 02.11), Itapipoca (29.10 a 03.11), Tabuleiro do Norte (01 e 02.11) e Juá / Irauçuba (04 a 06.11), devendo alcançar um público de 50 mil pessoas.

 

Nessa edição, uma atenção especial é conferida à criação coreográfica que se configura a partir do diálogo com as danças urbanas. Envolvendo desde artistas internacionalmente consagrados até jovens intérpretes iniciando um percurso autoral, a Bienal apresenta trabalhos que se desdobram na confluência do gestual das múltiplas configurações da dança de rua com a encenação contemporânea.

 

Nessa edição, a Bienal dá continuidade à política de descentralização de ações de formação e difusão que vinha adotando em edições prévias, por meio do programa CirculaDança. Num movimento de inclusão de públicos, de aproximação e de convite à exploração desse entre-lugar, a Bienal faz-se presente em contextos onde pulsam as danças urbanas. É dessa forma que Serrinha e Barra do Ceará passam a integrar o circuito de apresentações e oficinas da programação, assim como sete cidades do interior cearense.

 

A Bienal recebe nesta edição criadores-intérpretes de grande maturidade artística e cênica, como Catherine Diverrès e Fabrice Ramalingon, ambos da FRANÇA. Em comemoração ao ANO DA ALEMANHA NO BRASIL, a Bienal configura uma importante plataforma representativa da paisagem coreográfica alemã, abrindo no dia 18 em Fortaleza com a obra Peekaboo, do coreógrafo alemão Marco Goecke, apresentada pela São Paulo Companhia de Dança. Também nesta edição da Bienal, Regina Advento (ALEMANHA-BRASIL), integrante de longa data do Tanztheather Wuppertal de Pina Bausch, e Riki von Falken.

 

Destaques da 9ª Bienal

 

São Paulo Companhia de Dança (SP) – Abrindo a programação de espetáculos da Bienal 2013 em Fortaleza e a plataforma alemã, a SPCD apresenta no dia 18, no Theatro José de Alencar, as peças Peekaboo, Petite Mort e Utopia ou o lugar que não existe. A companhia dirigida por Inês Bogéa, criada em 2008 pelo Governo do Estado de São Paulo, é marcada por apresentar trabalhos do clássico ao contemporâneo, com repertório composto por obras remontadas e inéditas. Peekaboo, de 2013, do coreógrafo alemão Marco Goecke, lida com o ato de esconder e revelar. O título se refere a um jogo infantil: a pessoa espia (peek, em inglês), esconde o seu rosto, de repente reaparece e diz “achou” ou “boo”. A movimentação é rápida e precisa e os intérpretes aparecem e desaparecem misteriosamente da cena. Utopia ou o lugar que não existe, criação de 2013 de Luiz Fernando Bongiovanni, critica a forma como o belo é associado ao fútil e alienante, paralelo a um universo sem utopias. A partir da obra Ponteios de Camargo Guarnieri (1907-1993), a peça transita por temas e gestos do folclore brasileiro. Petite Mort é uma obra de 1991 de Jirí Kylián, com assistência de coreografia e remontagem para a SPDC de Patrick Delcroix.

 

Edisca (CE) – Fundada a 20 anos, a Edisca atua como uma organização formativa em arte, com foco na formação em dança, atendendo crianças e adolescentes em circunstância de fragilidade social. De 1992 para cá montou nove produções. Além de Paideia – A criação das crianças, apresenta nesta edição da Bienal Sagrada, espetáculo que estreou em 2011. A montagem convida a uma jornada desde o surgimento da vida, assumindo aqui uma licença poética, pelas etapas do ser humano em sua última etapa evolutiva, transfigurando-se em anjos, seres divinos, luminosos e harmônicos.

 

Regina Advento (Alemanha/Brasil) – A mineira residente na Alemanha dançou durante seis anos no Grupo Corpo, antes de seguir para a Alemanha e entrar, em 1993, para a companhia de Pina Bauch, o Tanztheater Wuppertal. Atualmente dedica-se a compor os próprios trabalhos e desenvolver projetos autorais, como Dreamlines – Trilha dos sonhos, criação de 2006, onde assina coreografia, concepcão, dramaturgia, textos, figurino, desenho de iluminação e seleção musical. Esse espetáculo marca um momento de passagem e de inquietações artísticas. Algo de Pina Bausch está inserido nessa criação de Regina Advento, que no entanto traz também a marca pessoal da artista, com certa exuberância interna associada a raízes jamais perdidas.

 

Paracuru Cia. de Dança (CE) – Entre as atividades realizadas no contexto do programa CirculaDança, destaca-se a coprodução realizada com o apoio da Bienal, envolvendo a Paracuru Cia. de Dança, fundada em 2000 pelo bailarino Flávio Sampaio, e a companhia belga As Palavras, dirigida pelo cearense Cláudio Bernardo, resultando numa criação original a ser apresentada pela companhia cearense. ParaBach é o resultado dessa coprodução. Coreografado por Cláudio Bernardo, o espetáculo, estreou em junho deste ano, marcando os dez anos de fundação da Escola de Dança de Paracuru, que atende atualmente mais de 220 alunos.

 

Riki von Falken (Alemanha) – A alemã traz à Bienal Echo – It’s just a temporary thing, última parte da trilogia ECHO. Criada em 2012 por Riki von Falken e Naim Syahrazad, Echo é uma obra de caráter performático. É um encontro de culturas, um diálogo entre os dois artistas, com diferentes raízes, que têm como propósito o aprendizado recíproco. O que os une é o conceito semelhante que têm de espaço e dança. O que os diferencia é o estilo próprio de cada um deles. A carreira de Riki von Falken foi marcada pela Dança Pós-Moderna Americana e atua como bailarina e coreógrafa desde 1981, em Berlim. Conheceu Naim Syahrazad em Kuala Lumpur, na Malásia, onde ministrou aulas de coreografia na academia de arte ASWARA. Naim Syahrazad estudou dança moderna e domina técnicas e artes marciais tradicionais da Malásia, da Índia e da China. Na Bienal, além do espetáculo, Riki von Falken ministra workshop em Fortaleza.

 

Olga de Soto (Espanha/Bélgica) – Um toque histórico acerca da dança da Alemanha fica por conta da espanhola Olga de Soto, que em Na pista de ‘A mesa verde’ – Uma introdução mostra uma conferência-espetáculo em torno da obra mítica “Mesa Verde”, de Kurt Jooss, marcada pelo tema da ascensão do fascismo e a guerra. É um trabalho de documentação, com descobertas inesperadas, um trabalho dramatúrgico intenso sobre uma memória coletiva. Coreógrafa e intérprete nascida na Espanha, Olga de Soto estudou dança clássica, dança contemporânea e música e formou-se na escola do Centro Nacional de Dança Contemporânea de Angers. Trabalhou com coreógrafos como Michèle-Anne De Mey, Pierre Droulers e Félix Ruckert. Atualmente, é coreógrafa em residência artística nas Halles de Schaerbeek, em Bruxelas.

 

Cia. Catherine Diverrès (França) – Companhia dirigida pela artista cuja formação é marcada pelos ensinamentos de Kazuo Ohno, mestre do butô, com quem trabalhou no Japão entre 1982 e 1983. O espetáculo Ô Sensei foi criado especialmente em homenagem a Ohno, falecido em 2010. Sensei, em japonês significa mestre. Serão duas apresentações: Stance II (Posturas II), de 1997, é um solo que desdobra o tempo. Presença, gestos que abrem espaços abstratos refletindo o inefável e irredutível. Em um preto sobre fundo dourado, a intérprete ainda não se mexeu, mas já a sentimos dançando.

 

Núcleo de Dirceu (PI) – O Núcleo de Dirceu está de volta à Bienal de Dança do Ceará, dessa vez, com um espetáculo infantil Menu de heróis, concepção e coreografia criada em 2011 por Weyla Carvalho. Esta não é uma história pronta. Não existem vilões, mocinhos e nem mesmo uma cidade. É quase uma brincadeira filosófica. O espetáculo propõe que ser Herói seja, talvez, conseguir um espaço para ser o que você quiser. Um super poder desorganizar, super poder não conseguir, super poder errar, super poder experimentar. ONúcleo do Dirceu atua, desde 2006, em diferentes linguagens das artes performáticas e foi reconhecido duas vezes pela Associação de Críticos de Artes de São Paulo: em 2008, pela melhor “Política Pública em Dança”, e em 2011, por “Formação, Difusão, Produção e Criação em Dança”.

 

Grupo de Rua/Bruno Beltrão (RJ) – A companhia Grupo de Rua, criada em 1996 pelo carioca Bruno Beltrão, é marcada por esticar os limites da dança contemporânea para o território da dança de rua, criando uma nova linguagem, cruzando as técnicas, como popping elocking. Nessa busca, construiu uma carreira internacional que não é comum para uma companhia de dança brasileira. Conta com seis espetáculos em seu repertório, entre os quais, H3, de 2008, que traz agora à Bienal do Ceará. Nele, o coreógrafo tem o palco como uma praça. A dança de rua em diálogo com a dança contemporânea, o espetáculo se constitui de um jogo de deslocamentos e quedas que transforma a dança hip-hop em uma ferramenta coreográfica, com um pensamento que transforma o espaço em quadro vivo.

 

Quasar Cia. de Dança (GO) – Completando em 2013 25 anos de sua criação, com sólida carreira no Brasil e no exterior, a Quasar Cia. de Dança traz dois espetáculos do repertório à Bienal do Ceará: Céu na boca, de 2009, e no Singular, de 2012, ambas de Henrique Rodovalho. Céu na boca propõe um diálogo entre o paraíso que desejamos e a realidade que nos é oferecida. O espetáculo transita entre a densidade e a leveza. O céu é o ideal inatingível e a boca, a realidade palpável. no Singular é um diálogo sobre o excesso e a velocidade de informações do mundo contemporâneo. Quadros rápidos voltam a ser usados no trabalho do grupo. Uma das surpresas deste trabalho foi o passo a passo que Rodovalho gravou e postou no YouTube, para que o público aprendesse uma das coreografias de sua nova obra antes mesmo que ela fosse vista no teatro, em um provável momento de interação. As obras da Quasar Cia. de Dança são marcadas pela contemporaneidade, apuro técnico e humor sutil, que valorizam certa ousadia estética, o que rendeu ao grupo a elaboração de uma linguagem singular, desenvolvida pela experimentação.

 

Balé Teatro Guaíra (PR) – Caixa de cores (2005), Predicativo do sujeito (2013) e Desvio (2013), são as três montagens que o Balé Teatro Guaíra (BTG) traz a Fortaleza para a Bienal de Dança, respectivamente coreografadas por Luiz Fernando Bongiovanni, Alex Soares e Airton Rodrigues. Criado em 1969, o Balé Teatro Guaíra (BTG) contou com diretores e coreógrafos de renome internacional em seu percurso, acumulando mais de 130 coreografias realizadas. Teve como primeiros diretores Ceme Jambay, Yara de Cunto, Yurek Shablewski, Hugo Delavalle e Eric Waldo. Dirigida desde 2012 por Cintia Napoli, o BTG tem como meta a concretização de políticas de acessibilidade à dança, a promoção de espaços de incentivo ao artista criador e a difusão e produção de espetáculos que integram o seu repertório. É neste sentido que o BTG estabelece um diálogo com a contemporaneidade, ao mesmo tempo em que preserva e valoriza a sua história.

 

A 9ª Bienal Internacional de Dança do Ceará tem o patrocínio da Petrobras e da Caixa Econômica Federal. Co-Patrocínio: Funarte, Governo Federal, via Ministério da Cultura. Apoio Cultural: Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria Estadual da Cultura.Promoção: Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal de Cultura de Fortaleza (Secultfor), Secretaria da Juventude e Cuca. Apoio Institucional: Wallonie-Bruxelles Internacional, Goethe Institut, Instituto Francês, Vila das Artes, BNB Juazeiro do Norte, Prefeitura do Crato, Prefeitura de Sobral, Theatro São João, Secretaria de Cultura do Paracuru e Grupo O Povo. Parceiros: São Paulo Companhia de Dança, Governo do Estado de São Paulo, Tecnograf Gráfica Editora, Circuito Brasileiro de Festivais Internacional de Dança (Bienal Internacional de Dança do Ceará e Festival Panorama), Dança em Foco, Sesc Senac, Cruz Vermelha do Ceará e Ecocarbon. Realização: Bienal Internacional de Dança do Ceará, Indústria da Dança, ProArte, Quitanda da Artes, Theatro José de Alencar, Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e IACC.

 

Serviço

 

9ª Bienal Internacional de Dança do Ceará – Em Fortaleza (18 a 27.10), Sobral (17 a 20.10), Paracuru (13 a 19, 25 e 26.10), Juazeiro do Norte (30.10 a 01.11), Crato (31.10 a 02.11), Itapipoca (29.10 a 03.11), Tabuleiro do Norte (01 e 02.11) e Juá/Irauçuba (04 a 06.11). Info.: 85-3268.3034 www.bienaldedanca.com. Acesso GRATUITO.

 

Ações Formativas da 9ª Bienal Internacional de Dança do Ceará – Em PARACURU – De 13 a 19.10: Residência Artística Gyrokinesis /Matteo Moles (BEL) – Direcionada para a Paracuru Cia. de Dança.

 

Em FORTALEZA – De 14.10 a 06.11: Residência Artística Fotografia artística – Celso Oliveira (CE), Emídio Luisi (SP) e Ademar Assaoka (CE); Dia 18.10: Oficina – Dança Contemporânea / Riki Von Falken (ALE); De 21 a 25.10: Residência Artística Gyrokinesis / Matteo Moles (BEL); De 22 a 25.10: Oficina – Massa/Indivíduo / Fabrice Ramalingom (FRA); Dia 24.10: Oficina Dança Contemporânea / Catherine Diverrès (FRA); Dia 25.10:Oficina Danças urbanas/dança contemporânea / Vanilton Lakka (MG); Dia 25.10: Mesa-redonda Composição coreográfica em dança contemporânea a partir das danças urbanas – Com Rafael Guarato (GO) e Vanilton Lakka (MG). Mediação: Paulo Caldas (RJ/CE).

 

Em ITAPIPOCA – De 29.10 a 01.11: Residência Artística Exercício, jogos e diálogos sobre técnica e presença / Fauller e Wilemara Barros/Cia Dita (CE).

 

Em JUÁ / IRAUÇUBA – Dias 05 e 06.11: Residência Artística Dança contemporânea, dança laboratório / Carlos Antônio dos Santos (Grupo N? – CE).

 

16.10.2013

Coordenadoria  de Comunicação da Secretaria de Cultura do Ceará

Sonara Capaverde (85 8878.8805 – 9608.5822)