Policlínicas: modelo cearense é destaque nacional

15 de abril de 2014 - 18:48

O modelo de atenção especializada de média complexidade do Ceará, baseado nas policlínicas regionais, está consolidando uma sólida trajetória para ser adotado como política pública nacional pelo Ministério da Saúde. Depois de receber técnicos que vieram saber como o governo estadual está garantindo o acesso de seis milhões de cearenses a consultas e exames especializados na própria região em que residem, a Secretaria da Saúde do Estado apresentará a experiência nesta quarta-feira (16), às 9 horas, na Oficina Regional sobre Atenção Especializada Ambulatorial, a convite do Departamento de Atenção Especializada e Temática (DAET), do Ministério da Saúde, e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS). A oficina será realizada durante o II Congresso de Secretarias Municipais de Saúde das Regiões Norte e Nordeste, que acontece de 14 a 17 deste mês, em Manaus (AM).

 

O Departamento de Atenção Especializada e Temática (DAET) está à frente de uma discussão nacional em torno de uma proposta de cuidado na atenção especializada ambulatorial a ser adotada pelo Ministério da Saúde. Na oficina que será realizada em Manaus, o órgão vai promover o debate sobre as especificidades das regiões Norte e Nordeste, com atenção aos problemas, potencialidades e estratégias de organização dos serviços de atenção ambulatorial de média complexidade, tendo em vista as propostas apresentadas, entre as quais o modelo cearense aparece com destaque. Em Manaus, o II Congresso de Secretarias Municipais de Saúde das Regiões Norte e Nordeste, que abriga a oficina, reúne cerca de mil participantes, entre secretários municipais de saúde, técnicos e trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

As policlínicas regionais estão sendo implantadas pelo governo do Estado com infraestrutura adequada para atender as principais especialidades médicas de interesse epidemiológico no Ceará e com serviços de suporte ao diagnóstico e reabilitação dos pacientes atendidos. Já são 19 policlínicas inauguradas em Baturité, Tauá, Camocim, Acaraú, Brejo Santo, Aracati, Itapipoca, Russas, Crateús, Quixadá, Caucaia, Sobral, Campos Sales, Pacajus, Barbalha, Tianguá, Icó, Iguatu e Limoeiro do Norte. Outras três estão em construção em Canindé, Maracanaú e Crato. A gestão das policlínicas é dos consórcios regionais de saúde, modelo adotado pelo governo do Estado que envolve os municípios localizados numa mesma microrregião de saúde para garantir a estruturação de redes de assistência e ampliar e facilitar o acesso da população aos serviços de saúde na própria região. O governo participa dos consórcios com, no mínimo, 40% do custeio das policlínicas. Os 60% restantes são rateados entre os municípios.

 

As policlínicas do tipo I oferecem consultas especializadas em oftalmologia, otorrinolaringologia, clínica geral, cardiologia, ginecologia, mastologia, cirurgia geral, gastroenterologia, urologia, traumato-ortopedia, com apoio técnico de enfermagem, farmácia clínica, terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição e psicologia. Os serviços de apoio diagnóstico e terapêutico são radiologia convencional, mamografia, ultrassonografia, endoscopia digestiva, ecocardiografia, ergometria, eletrocardiograma, audiometria e coleta de patologia clínica. As policlínicas do tipo II, instaladas nas regiões de saúde de maior densidade populacional, oferecem, ainda, consultas especializadas em endocrinologia, angiologia e neurologia, bem como os serviços de tomografia computadorizada, eletroencefalograma e endoscopia respiratória.

 

Em conjunto, as 12 policlínicas em funcionamento em 2013 realizaram 98.903 consultas especializadas, 86.126 exames de imagens, 63.188 atendimentos nos serviços de apoio diagnósticos, 25.188 exames laboratoriais e 2.047 exames diversos, totalizando 275.452 atendimentos no ano. Os números são maiores se contabilizados os primeiros atendimentos realizados na primeira policlínica regional. Na Policlínica Dr. Clóvis Amora Vasconcelos, em Baturité, uma das primeiras construídas pelo governo do Estado, foram realizados 9.032 mamografias de abril de 2011 a fevereiro deste ano. Já em Sobral, a Policlínica Bernardo Félix da Silva, do tipo II, fez de outubro de 2012, quando começou a atender, a dezembro de 2013 um total de 6.803 tomografias computadorizadas. Antes da construção das policlínicas, a tomografia, na rede pública, era feita apenas nos hospitais da capital.

 

15.04.2014

 

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