Coordenadoria dos Direitos Humanos e Unifor lançam projeto sobre cultura de paz

5 de maio de 2014 - 13:28

Com o objetivo de atuar como difusor dos Direitos Humanos e da Cultura de Paz utilizando-se da Arte, nas mais diversas expressões, a Coordenadoria Especial de Políticas Públicas dos Direitos Humanos do Gabinete do Governador do Estado do Ceará em parceria com a Universidade de Fortaleza (Unifor) –  Centro de Ciências Jurídicas, por meio do Projeto Cidadania Ativa, lança o Projeto “Café, Cidadania Ativa e Arte”. O lançamento será nesta terça-feira (06), às 17 horas, no Auditório da Unifor. As inscrições, que são gratuitas, podem ser feitas pelo site www.unifor.br e também no local do evento.

 

Esse primeiro encontro terá a participação do promotor de Justiça Elder Ximenes, que fará palestra sobre o tema: “Dom Quixote e as Manchas Sem Arte”. Para ele, essa é uma temática em que os Direitos Humanos e a  cultura se completam e provocam  inquietações sobre o comportamento  humano. “Em Dom Quixote, você tem exemplo de racismo, ceticismo, perseguição, opressão. Dom Quixote, como arte, foi revolucionário além do tempo dele”, ressalta.

 

Também palestrante, o Juiz Federal e escritor Marcos Mairton, falará sobre a temática: Dostoiévski, Rachel e Patativa – Direito e Literatura. Além das palestras acontecerá o lançamento do livro “Ensaios de Direito Público & Privado”, organizado pelo Prof. José Orlando Ferreira Sousa e o relançamento dos livros: “Tempero” e “Defensoria Pública – Fundamentos, Organização e Funcionamento”, da Defensora Pública e professora Dra. Amélia Rocha; “Contos, crônicas e cordéis” do Juiz Federal Marcos Mairton; “A lacuna entre o direito e a gestão do ambiente: os 20 anos de melodia das Agendas 21 Locais”, da doutoranda em Direito e professora da Unifor Bleine Queiroz Caúla e “27 páginas antes de dizer teu nome”, da escritora Manuela Monte, dentre outros.

 

Serão disponibilizados certificados aos participantes do evento. A inscrição é gratuita e pode ser feita através do site: www.unifor.br  e também no local do evento, mas as vagas são limitadas.

 

O Projeto vai atuar em constante diálogo com a academia, sociedade  civil e os entes públicos que atuam na área dos Direitos Humanos. Serão abordados temas como: educação cidadã, artística e cultural; sistema internacional de proteção dos Direitos Humanos, rede estadual e municipal de ensino fundamental e médio, cidadania ativa e cultura de paz. Dentro desse universo, algumas temáticas de relevância social serão abordadas, a materialização do significado da dignidade humana, o reconhecimento e a valorização das diferenças e das diversidades individuais e coletivas, garantindo, assim, que a cultura dos Direitos Humanos chegue à sociedade por meio do diálogo.

 

Para a Coordenadora da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas dos Direitos Humanos do Gabinete do Governador do Estado do Ceará, Ana Paula Araújo de Holanda, o projeto surgiu pela necessidade de plantar sementes dos Direitos Humanos através da Arte. “Esse projeto tem uma dimensão social de extrema relevância na medida em que busca dialogar com a sociedade civil, com a academia e com os poderes públicos com o olhar diferente. Vamos refletir sobre os Direitos Humanos, mas com o olhar inclusivo da Arte, com o olhar que só a leveza da Arte pode proporcionar para o diálogo entre esses diversos atores”.

 

Ana Paula ressalta ainda que a Arte traz em si o lúdico, a possibilidade do belo e um significado intrigante. “A palavra ‘arte’ na cultura popular nordestina tem também uma conotação de ‘menino   levado, menino traquino,’ então nós queremos utilizar essa conotação no sentindo de romper paradigmas, fazer algo diferente. Vamos romper com a estrutura tradicional e tentar estabelecer um diálogo com a academia, a sociedade civil e os entes públicos de direitos humanos a partir da efetivação dos Direitos Humanos, mas com afeto, com toda a suavidade que a Arte pode dar”, conclui.

 

Para Amélia Rocha, professora orientadora do Projeto Cidadania Ativa, é necessário compreender o Direito por um outro olhar.  “O Direito precisa cada vez aproximar-se das diversas formas de produção de conhecimento – e mais ainda – das diversas formas de compreensão do direito no cotidiano, no que a arte e suas mais diversas expressões, constituem-se um espaço ainda subutilizado, não obstante o seu evidente viés agregador”. Sobre a importância dessa perspectiva, ela ressalta, “Vale lembrar a lição de dois grandes juristas nordestinos, Tobias Barreto (citação lembrada pelo Ministro Carlos Britto) ao dizer que ‘Direito não é algo que se sabe, mas algo que se sente’ e Pontes  de Miranda ao dizer que ‘Quem só direito sabe, nem direito sabe’” ,?  
finaliza.

 

Serviço: Lançamento do Projeto “Café, Cidadania Ativa e Arte”

Data: 06/05 – Terça- Feira
Hora: 17h
Local : Auditório da Biblioteca da Universidade de Fortaleza (UNIFOR)
Av. Washington Soares, 1321
Inscrições Gratuitas : www.unifor.br e também no local do evento*

*As vagas são limitadas.

 

05.05.2014

Coordenadoria Especial de Políticas Públicas dos Direitos Humanos do Gabinete do Governador do Estado do Ceará

Carolina Carvalho (anacarolina.carvalho@gabgov.ce.gov.br / 85 3133.3717 – 3133.3718)