Ceará precisa de 15 mil doadores de medula óssea em 2015

15 de janeiro de 2015 - 19:31

O Ceará tem uma cota de 15 mil cadastros de doadores de medula óssea para realizar em 2015. Em 2013, com o novo limite estabelecido pelo Ministério da Saúde, que elevou os 9.730 cadastros fixados em 2012, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) cadastrou 8.252 doadores no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). No ano passado, quando foram iniciados no Estado os transplantes de medula óssea alogênicos, aquele em que o tecido transplantado provém de outra pessoa, aparentado ou não, foram cadastrados 12.638 doadores, o equivalente a 84,25% da cota.

 

O cadastramento de doadores no Ceará ainda pode crescer dentro do limite e, assim, aumentar as chances de aparecer doador compatível com pacientes que precisam de transplante de medula óssea. Apenas 25% dos pacientes têm chance de encontrar um doador entre familiares. A chance de encontrar uma medula compatível no Redome é em média de 1 para 100.000. Atualmente, o Ceará tem 133.354 doadores cadastrados. Os primeiros quatro transplantes de medula óssea alogênicos realizados no Estado, todos no ano passado, foram realizados a partir de doadores aparentados.

 

O Redome é um sistema criado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) para registrar as informações de possíveis doadores de medula óssea. O sistema facilita as buscas de compatibilidade com receptores e reúne as informações básicas de identificação e especificidades, como resultados de exames e características genéticas de pessoas que se dispõem a ser um doador. Quando um receptor não possui um doador aparentado, é feita uma busca no Redome de cadastros que possam ser compatíveis, para que assim seja feita a doação. O Redome integra a rede internacional de registros de doadores de medula óssea.

 

Para aumentar as chances de um doador compatível, existe o banco mundial de doadores de medula óssea, que reúne 71 registros de células-tronco hematopoiética (as células que dão origem ao sangue), em 58 países, e 48 bancos de cordão umbilical em 32 países. Atualmente, estão cadastrados nesse banco mais de 24 milhões de pessoas. O Redome tem 3,5 milhões de doadores inscritos. O Brasil é o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos Registros dos Estados Unidos (quase 7 milhões de doadores) e da Alemanha (quase 5 milhões de doadores).

 

Em 2012, a parceria entre o Hemoce e o Hospital Universitário Walter Cantídio, que realiza transplantes no Estado desde 2008, fez a primeira coleta de medula óssea no Ceará para transplante alogênico. O material coletado de um doador cearense localizado no Redome foi enviado para a Itália, para transplante em um paciente italiano. De lá para cá, medulas coletadas entre doadores cearenses foram enviadas para transplantes na França, Portugal, Canadá, Estados Unidos e Argentina.

 

No Brasil, o percentual de transplantes alogênicos é de cerca de 37% do total de transplantes de medula óssea realizados no país. Em 2012 foram 630 transplantes alogênicos para um total de 1.753 transplantes de medula. Em 2013, o total de transplantes foi de 1.813, com 669 alogênicos. No ano passado, do total de 1.427 transplantes, 529 foram alogênicos. No Ceará, dos 62 transplantes de medula óssea realizados em 2014, apenas quatro foram alogênicos, ou 6,45%. Para o hematologista Fernando Barroso, chefe da equipe médica de transplante do Hemoce, essa proporção vai se aproximar percentual nacional com a nova unidade de transplante do Hospital das Clínicas, que vai aumentar de três para oito o número de leitos. 

 

O Ministério da Saúde está investindo recursos para ampliar a capacidade de realização de transplante de medula óssea alogênico no país. Até 2016, os pacientes que precisam de um transplante de medula óssea poderão contar com um número maior de leitos para a realização do procedimento. A expectativa do Ministério da Saúde é triplicar os existentes, passando de 88 para 250. A pasta vai investir R$ 240 mil para abertura de cada novo leito ou ampliação dos já existentes, destinados a transplantes entre doadores e receptores sem ligação familiar.

 

Para se cadastrar como doador de medula óssea é preciso ter entre 18 e 55 anos, estar bem de saúde, não ter tido câncer e apresentar documento de identidade e comprovante de endereço. O cadastro será concluído com a assinatura de um Termo de Consentimento e a coleta de uma amostra de sangue (10 ml). O cadastro deve ser mantido atualizado. Para tanto é possível fazer contato com o Hemoce, no Núcleo de Medula Óssea, enviando as alterações de dados para o e-mail  nucleo.medula@hemoce.ce.gov.br, ou diretamente no site do Redome (http://www1.inca.gov.br/doador/). Desde o ano 2000 o Hemoce é o responsável pelo cadastro dos possíveis doadores de medula óssea no Ceará.

 

Onde fazer o cadastro de doador de medula óssea

HEMOCENTRO COORDENADOR – FORTALEZA

7h30min às 18h30min, de segunda à sexta-feira
8h às 16h, aos sábados
8h às 13h, aos domingos
Tel: (85) 3101.2296

POSTO DE COLETA DO INSTITUTO DR. JOSÉ FROTA (IJF)

7h30min às 18h30min, de segunda à sexta-feira
13h às 17h30min, nos sábados, domingos e feriados
Tel: (85) 3101.5293

PRAÇA DO FERREIRA (ATÉ 16 DE JANEIRO)

R. Floriano Peixoto, Centro: 8h às 16h
DIA 10 DE JANEIRO (SÁBADO): 8h às 12h

HEMOCENTRO REGIONAL – CRATO

7h às 17h30min, de segunda à sexta-feira
7h às 11h30min, nos sábados
Tel: (88) 3102.1260

HEMOCENTRO REGIONAL – IGUATU

7h às 17h, de segunda à sexta-feira
Tel: (88) 3581.9409

HEMOCENTRO REGIONAL – QUIXADÁ

7h às 16h30min, de segunda à sexta-feira
7h às 12h e 13h às 16h30min, aos sábados
Tel: (88) 3445.1006

HEMOCENTRO REGIONAL – SOBRAL

7h às 18h, de segunda à sexta-feira
7h às 12h, aos sábados
Tel: (88) 3677.4624

HEMONÚCLEO – JUAZEIRO DO NORTE

7h às 17h30min, de segunda à sexta-feira
12h às 17h30min, nos sábados
Tel: (88) 3102.1170

 

15.01.2015

 

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