Crianças com puberdade precoce são tratadas no CIDH

5 de março de 2015 - 12:22

A puberdade é a fase em que meninos e meninas deixam de ser crianças e começam a ganhar características sexuais secundárias de adultos. No entanto, para alguns, essa fase se inicia precocemente, antes dos 8 anos para meninas e antes dos 9 anos para meninos. O desenvolvimento acelerado e fora do tempo é diagnosticado como puberdade precoce. Com o surgimento do problema, os pais precisam ficar atentos também quanto a alimentação das crianças, já que o aumento dos hormônios pode levar ao excesso de peso. O Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão ( CIDH) é uma unidade da Secretaria da Saúde do Estado que realiza desde 1993 atendimento endocrinológico as crianças diagnosticas com a doença. Como unidade da rede pública do governo do Estado, todos os serviços são gratuitos à população.

 

No CIDH são realizados na instituição 30 atendimentos por dia, em média. O atendimento as meninas e meninos com puberdade precoce acontece de segunda a sexta-feira. Nas segundas-feiras, de 13h às 16h, nas terças e quintas de 7h às 12h e de 13h às 16h e nas quartas e sextas-feiras das 7h ao meio dia. O encaminhamento das crianças ao CIDH é feito por pediatras dos postos de saúde dos municípios.

 

É preciso incentivar as crianças a ter um estilo de vida saudável, com uma alimentação balanceada e a prática de exercícios, já que, ambos auxiliam no controle hormonal e psicossocial da criança, assim como evitam o sobrepeso e a obesidade infantil. Os pais devem procurar oferecer diariamente legumes e verduras como parte das refeições da criança. As frutas podem ser distribuídas nas refeições, sobremesas e lanches. Os alimentos gordurosos e frituras devem ser evitados, assim como os refrigerantes, sucos industrializados, balas, bombons, biscoitos doces e recheados, salgadinhos e outras guloseimas no dia a dia.

 

A puberdade precoce tem sintomas iniciais muitas vezes despercebidos. Por isso os pais devem observar características que indiquem o aparecimento do problema nos filhos. “Nas meninas é mais fácil identificar a disfunção, já que o crescimento das mamas é mais visível”, afirma Adriana Forti, diretora da instituição. O principal alerta vai para os pais de meninos porque a doença é silenciosa e difícil de ser detectada. “As alterações nos testículos são mais difíceis de serem percebidas. O aparecimento de pelos na região pubiana em ambos os sexos também é um sintoma que deve ser observado”, enfatiza. Com a evolução da doença também começam a aparecer pelos nas axilas, crescimento estatural acelerado, o chamado estirão puberal, entre outros sintomas. As alterações hormonais podem causar também alterações do humor da criança.

 

Para diagnosticar a doença é preciso fazer o exame clínico, raio x das mãos e punhos, que em geral demonstra o avanço da idade óssea e exames hormonais para diagnosticar que o excesso de hormônio tem origem na hipófise – hipotálamo. O desenvolvimento precoce já foi relacionado com a baixa autoestima, a depressão, os transtornos alimentares e riscos maiores de câncer de mama após a menopausa. “É importante o tratamento da doença não só pelo aspecto psicológico da criança mas também pela altura final dos pacientes”, diz Adriana Forti.

 

 

04.03.2015

 

Assessoria de Imprensa – CIDH / IPC / Lacen

Suzana de Araújo Mont’Alverne ( suzana.alverne@lacen.ce.gov.br / 85- 3101.1488 / 9802.6980)