São Francisco: interligação de bacias dará mais segurança hídrica ao Ceará, diz secretário

15 de abril de 2015 - 10:56

O secretário dos Recursos Hídricos do Ceará, Francisco Teixeira, disse nesta terça-feira (14/05), em Brasília, que a transposição das águas do Rio São Francisco é fundamental para garantir mais segurança hídrica ao Estado, que hoje acumula 20% do potencial de 18 bilhões de litros em seus reservatórios. Teixeira ressaltou ainda a necessidade de concluir as obras do Cinturão das Águas do Ceará (CAC), que deve se unir à transposição do Rio São Francisco para levar água aos municípios e à região metropolitana.

 

“Em 1995, nossos reservatórios estavam abaixo de 25%. Ao longo desse período, oscilamos nos tempos de seca e de chuva. Em 2009 fomos para quase 100% (no nível dos reservatórios); mas hoje estamos com 19% a 20%”, disse, durante audiência da comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha a transposição do Rio São Francisco para discutir o plano de integração de bacias e o estágio em que se encontram os eixos da obra no Rio Grande do Norte, na Paraíba e no Ceará.

 

O secretário Teixeira lembrou que a transposição não é só a obra de infraestrutura. “Daí a riqueza do projeto. A ele foi incorporado um componente de gestão e socioambiental, que representa R$ 1 bilhão em investimento. Uma das vertentes é a revitalização das bacias hidrográficas”, destacou.

 

Para dar sustentabilidade ao projeto, Teixeira defendeu uma cota fixa de água para cada estado, arbitrada de acordo com o critério populacional. No entanto, segundo ele, ainda não há consenso sobre como será feito o pagamento da água recebida da transposição. Em sua opinião, os estados deveriam negociar um “preço ótimo”, para que o projeto também seja financeiramente sustentável.

 

GESTÃO COMPARTILHADA – Durante a audiência, o deputado Odorico Monteiro (PT-CE) defendeu a gestão tripartite após a conclusão das obras de transposição do rio São Francisco. “Apesar de haver cenários distintos em cada estado sobre a integração das bacias hidrográficas, é importante que haja uma articulação de forma solidária entre a União e os estados”, afirmou.

 

Na opinião de Monteiro, o debate no colegiado enfraquece o mito de que a obra está parada. “A obra está avançando, até julho deve ficar pronta no Ceará (estado responsável por 80% das obras do projeto)”, disse. No entanto, ele salientou a importância dos projetos de revitalização e de tratamento de esgoto em Minas Gerais, de onde sairá parte da água que abastecerá o semiárido. A reunião foi proposta pelo deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE).

 

 

15.04.2015

 

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