Proporção de fumantes em Fortaleza diminui em 53%

1 de junho de 2015 - 19:00

    A proporção de fumantes em Fortaleza diminuiu em 53% entre 2006 e 2014, segundo o Vigitel 2014 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico).  A boa notícia marcou o Dia Mundial sem Tabaco, neste domingo (31). Há nove anos, 16,3% da população de maiores de 18 anos da capital se declaravam fumantes, percentual reduzido para 7,6% no ano passado. A redução é maior que a queda de 30,7% no percentual de fumantes nos últimos nove anos. Em 2006, 15,6% dos brasileiros declaravam consumir o produto e, atualmente, 10,8% ainda mantém o hábito de fumar. Entre os homens, o tabagismo é menos frequente em Fortaleza que nas outras capitais, com a redução de 19,6% de homens fumantes em 2006 para 8,6% em 2014.

 

    O tabagismo é um fator importante para o desenvolvimento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) – como câncer, doenças pulmonares e cardiovasculares – e o uso do tabaco continua sendo a principal causa de mortes evitáveis. O Ministério da Saúde alerta que o tabagismo é responsável por 200 mil mortes todos os anos no Brasil – 25% delas por angina e infarto do miocárdio, 45% por infarto agudo do miocárdio (abaixo de 65 anos) e 85% das mortes por bronquite e enfisema pulmonar. O hábito também responde por 90% dos casos de câncer de pulmão no país. Entre os 10% restantes, um terço dos casos ocorre em fumantes passivos. Esse tipo de tumor é considerado o mais letal e umas das principais causas de morte no Brasil. A estimativa do governo é que 27.330 novos casos de câncer de pulmão sejam registrados no país este ano.

 

    A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBGE em 2013, revela que 73,1% das pessoas que tentaram parar de fumar conseguiram tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Na rede pública do Estado em Fortaleza, fumantes que querem parar de fumar encontram tratamento gratuito no Hospital de Messejana e no Centro de Saúde do Meireles, da Secretaria da Saúde do Estado, na Avenida Antônio Justa, 3113. Nessas unidades funciona o Programa de Controle do tabagismo, que trata os fumantes com avaliação clínica, realiza abordagem mínima ou intensiva individual ou em grupo e, se preciso, com terapia medicamentosa.

 

    O Hospital de Messejana foi o primeiro serviço com distribuição gratuita de medicação para aliviar os sintomas da abstinência da nicotina, desde 2002. Nesses 13 anos, a equipe do Programa de Controle do Tabagismo atendeu 2.800 pacientes. A taxa de abstinência após a participação é de 60%. Atualmente, 55 pacientes fazem o tratamento. Tudo começa com a inscrição no programa. O telefone do programa é o (85)3101.4062. Depois o paciente passa por uma triagem médica para coleta de informações pessoais sobre o estado psicológico e quanto a motivação para deixar o cigarro. São feitos exames para avaliar a saúde do paciente e o grau de dependência nicotina. A nicotina é uma das 4.700 substâncias contidas no cigarro. Tem até formol, utilizado para alisar cabelos e conservar cadáver, dentro de um cigarro.

 

    O tratamento também é oferecido pelos municípios nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Atualmente, das 39.228 equipes de saúde na família, mais de 23 mil em todo o país estão prontas para oferecer o tratamento ao tabagismo em 5.460 municípios. Em 2013 e 2014, o Ministério da Saúde destinou R$ 41 milhões para compra de medicamentos (adesivos, gomas e pastilhas de nicotina e bupropiona) ofertados no tratamento contra o tabagismo. O tratamento do tabagismo no Brasil é desenvolvido com base nas diretrizes do Programa Nacional de Controle do Tabagismo. As orientações do programa seguem as principais diretrizes internacionais relacionadas ao tratamento do tabagismo.

 

 

01.06.2015

 

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