Prédio do Museu da Imagem e do Som é tombado provisoriamente pelo Coepa

15 de julho de 2015 - 20:25

Em reunião ordinária nesta quarta-feira (15), o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Histórico Cultural (Coepa) aprovou a abertura de estudos para o tombamento definitivo do prédio onde funciona o Museu da Imagem e do Som (MIS), na avenida Barão de Studart, nº 410.

 

A partir de agora, o imóvel está tombado provisoriamente por até um ano, prazo para que o estudo acerca da edificação seja concluído, apresentado e votado pelo Coepa.

 

Os conselheiros Robledo Valente Duarte (Secretaria da Infraestrutura), José Ramiro Teles Beserra (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan) e José Luís Araújo Lira (Universidade Vale do Acaraú) foram escolhidos relatores do processo.

 

 

SOBRE O PRÉDIO

 

Construído em 1951 para ser residência do senador Fausto Augusto Borges Cabral, foi projetado pelo arquiteto autodidata José Barros Maia, o “Mainha”, de relevantes contribuições para Fortaleza. O profissional planejou as primeiras instalações de água e esgoto da cidade, a Igreja do Cristo Rei, a Ponte dos Ingleses, as fachadas atuais do prédio do paço Municipal, a sede do Tribunal Regional do Trabalho e parte do Colégio Imaculada Conceição.

 

Em 1963, por decisão do então governador Virgílio Távora, passou a casa a funcionar como residência oficial do Governo do Estado, até o ano de 1970. Além de Virgílio, ocupou a casa, posteriormente, o governador Plácido Castelo.

 

Em 1972, desapropriado pelo Estado, a Secretaria da Cultura instalou, nas suas dependências, o Museu Histórico e Antropológico do Estado, até 1990. Depois a casa sediou o Departamento de Patrimônio Histórico (Depac), da Secretaria da Cultura e, a partir de 7 de agosto de 1996, passou a ser a sede do Museu da Imagem e do Som.

 

 

NOVA COORDENADORA DA COPHAC

 

Ainda na reunião foi apresentada ao colegiado a nova Coordenadora de Patrimônio Histórico Cultural (COPHAC) da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, Carolina Ruoso.

Graduada em História pela Universidade Federal do Ceará (UFC), participou como aluna universitária do Laboratório de Museologia do Museu do Ceará (LAMU). Cursou o Mestrado no Programa de Pós-Graduação em História do Norte e Nordeste da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde desenvolveu a pesquisa que resultou no livro “O Museu do Ceará e a linguagem Poética das coisas, (1971-1990)”, publicado pela Coleção “Outras Histórias” e editado pelo Museu do Ceará em 2009.

 

Ainda no ano de 2009 atuou como diretora da Galeria Antônio Bandeira.

 

É aluna do Doutorado em História da Arte na Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, com orientação do professor Dr. Dominique Poulot. Sua tese pesquisa: “A criação de um museu de arte: sonhos e tensões na institucionalização de um campo das artes em Fortaleza, Ceará, Brasil (1940 – 1990)”.

 

 

COPAHC PREPARA RELATÓRIO SOBRE PRÉDIO DO COLÉGIO CEARENSE

 

Uma das pautas também tratadas na reunião foi acerca do pedido de tombamento estadual do prédio onde funcionou por muitos anos o Colégio Cearense Marista e que hoje abriga uma universidade. Muito embora a edificação seja tombada em nível municipal, alguns conselheiros defendem que o imóvel seja protegido também pelo Estado, uma vez que guarda memórias e registros de importância para todo o Ceará. Como o tema não é unânime, foi definido que a Coordenadoria de Patrimônio Histórico Cultural da Secult apresentará, na próxima reunião do Coepa, relatório acerca da pertinência ou não deste tombo, inclusive considerando o fato de ele já ser um bem tombado pelo Município.

 

Participaram da reunião os conselheiros:

– Francisco Otávio de Menezes (Coordenador do Patrimônio Histórico Cultural da Secult)

– David Machado Bastos (Secretaria das Cidades)

– Francisco de Assis Bezerra Leite (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA)

– Geová Lemos Cavalcante (Instituto do Ceará)

– Francisco Agileu Lima Gadelha (Universidade Estadual do Ceará)

– José Luís Araújo Lira (Universidade Estadual do Vale do Acaraú)

– Márcia Miranda Sampaio (Instituto dos Arquitetos do Brasil)

– Vitor Melo Studart (Ordem dos Advogados do Brasil)

– João Bosco Macedo (Câmara dos Dirigentes Lojistas)

– José Ramiro Teles Beserra (Instituto do patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan)

– Robledo Valente Duarte (Secretaria de Infra-estrutura)

 

 

 

15.07.2015

 

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