Unidades prisionais do Estado são destaque internacional no tratamento à população LGBT

21 de agosto de 2015 - 15:42

O bom tratamento dado à população LGBT nas unidades prisionais cearenses foi destaque no jornal francês Liberation. A matéria foi produzida pelo jornalista francês Philippe Castetbon em sua visita à Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Jucá Neto (CPPL III), onde a Secretaria da da Justiça e Cidadania do Estado tem um projeto com a população LGBT em privação de liberdade.

 

A ideia da reportagem começou quando o fotógrafo e jornalista francês Philippe Castetbon, que esteve em Fortaleza em junho deste ano com a exposição fotográfica “Condenados – no meu país, minha sexualidade é um crime”, visitou a unidade prisional. O jornalista entrevistou internos homossexuais, travestis e transexuais que participam do projeto“Meninas que encantam“, que desenvolve atividades lúdicas com este público na unidade.

 

Além de participar das atividades do programa, os internos têm uma cela separada no presídio e recebem tratamento digno, que respeite a sexualidade de todos. Ações como exigir o cabelo curto ou outras atitudes discriminatórias e homofóbicas não são toleradas na unidade.

 

Na reportagem, Castetbon destaca que : “todos usam o mesmo uniforme: uma camisa branca e short laranja ou verdes. Mas alguns, para trazer um toque de feminilidade, cortam as mangas ou a gola da camisa para torná-la mais irregulares. Outros transformam a bermuda em minishort”. E revela o depoimento do interno: “Nós éramos invisíveis, aqui ganhamos a nossa visibilidade e somos os atores dessa conquista. Lutamos para obter o respeito dos outros internos em uma estrutura penal historicamente machista e homofóbica. Nós quebramos o silêncio”.

 

De acordo com o repórter do Libération, a iniciativa é uma “verdadeira tomada de posição política”, em um país em que “60% das pessoas são cristãs e onde a igreja evangélica, reacionária e conservadora, se amplia principalmente nas favelas”. O jornal também aponta que com a prática da atividade “Meninas que encantam”, diminuiu a violência na unidade e é considerada positiva em um país que apresenta números alarmantes de ataques de caráter homofóbico.

 

 

21.08.2015

 

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