Seminário +TICeará debate programa unificado de ações de Tecnologia da Informação

24 de agosto de 2015 - 21:44

“É necessária uma ação conjugada entre governo, empresas e universidades com vistas ao alcance de um modelo que desenvolva, de forma plena, o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação do Ceará”. O pronunciamento é do secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará, Inácio Arruda, e foi feito durante a abertura do Seminário +TICeará – Conhecimento, Oportunidades e Desenvolvimento, na manhã desta segunda-feira (24), na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará.

 

A solenidade de abertura contou com nomes de grande representatividade para o setor, além de autoridades, empresários e comunidade acadêmica, em um auditório com cerca de 500 pessoas. O deputado estadual Carlos Felipe, presidente da Comissão de C&T da Assembleia, enfatizou que é preciso mais que o avanço da TIC: é necessário torná-la acessível a todos os cearenses. O parlamentar reconheceu ainda a grande contribuição que o Governo do Estado tem dado para o desenvolvimento deste setor.

 

Já o presidente da Comissão de C&T da Prefeitura de Fortaleza, vereador Evaldo Lima, destacou a importância do “debate qualificado” que marcará a realização do evento, colocando a Câmara à disposição para colocar em práticas as propostas advindas do Seminário.

 

O secretário adjunto da SDE, Cláudio Lima, destacou a necessidade de um trabalho conjunto entre diversos atores da cadeia de TIC. “Estamos no estágio em que a Ciência e a Tecnologia são dominantes no processo de desenvolvimento. Por isso, a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior vão trabalhar cada vez mais juntas, porque é esse é o caminho para alcançarmos o desenvolvimento econômico e social”.

 

O secretário Inácio Arruda enfatizou que o Ceará já possui uma base para o setor, mas que ainda precisa ser melhorado. “A TIC está agarrada com o desenvolvimento. Queremos criar o melhor ambiente para a TIC e quem ajuda nisso são as empresas, o governo e as universidades. Vamos tratar bem as nossas empresas e também acolher bem as que vêm de fora. Não há nenhuma grande empresa que não esteja olhando para o Ceará!”, frisou.

 

Há no Estado cerca de mil empresas dedicadas exclusivamente à TIC com bom rendimento. Destas, 10 já faturam mais de R$ 500 milhões. Mesmo assim, há muitos entraves que barram o desenvolvimento da área no Estado e que serão discutidos no evento. A ideia é formalizar um programa unificado e integrado de ações e políticas públicas de TIC para o Ceará.

 

Estiveram presentes na abertura do Seminário +TICeará o reitor da Universidade Estadual do Ceará, Jackson Sampaio, representando no ato os reitores das universidades cearenses; Robson Castro, secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Fortaleza; Adalberto de Paula Pessoa, Presidente da Empresa de Tecnologia de Informação do Ceará (Etice), Tarcísio Pequeno, Presidente da Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação da Prefeitura de Fortaleza (Citinova); Francisco Magalhães, presidente da Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará; Márcio Braga, presidente da Câmara Setorial de TIC da Agência de Desenvolvimento do Ceará; e Maurício Brito, presidente da Assespro/Seitac. O Coral e a Camerata da Escola Estadual de Educação Profissional Presidente Roosevelt reproduziram diversos clássicos da música nacional e internacional durante o início do evento.

 

 

Painel apresenta incentivos

 

Os incentivos e os impactos das políticas públicas em Tecnologia da Informação e Comunicação foram debatidos durante o Seminário +TICeará: Conhecimento, Oportunidades e Desenvolvimento. O assunto fez parte do primeiro painel realizado na manhã desta segunda-feira (24), na Assembleia Legislativa do Ceará.

 

O painel, moderado pelo secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Inácio Arruda, contou com a participação do diretor do CTI Renato Archer, Victor Mammanna; do diretor da Angola Cables, Antonio Nunes; do presidente da Etice, Adalberto de Paula Pessoa; do presidente da Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova), Tarcísio Pequeno; do presidente da Câmara Setorial de TIC da Adece, Márcio Braga.

 

Um dos aspectos abordados no Painel foi a infraestrutura do Estado para o desenvolvimento da TI. O diretor da Angola Cables, Antonio Nunes, empresa líder em circuitos de voz e dados por cabos submarinos de fibra óptica, cuja chegada ao Ceará foi anunciada recentemente, disse que a “escolha de Fortaleza como uma das bases da empresa deve-se não só aos fatores geográficos privilegiados, mas pelo potencial humano para a criação de sistemas de informação”.

 

A empresa investe R$ 92 milhões para a construção da infraestrutura técnica de telecomunicações que ligará Fortaleza e Angola criando um polo intercontinental de transmissão de ligações submarinas, com 6.165 km de fibras óticas.

 

Fortaleza também receberá um data center através de parceria firmada em julho entre a empresa e a Prefeitura Municipal de Fortaleza que cedeu terreno na Praia do Futuro para construção do empreendimento.

 

Autonomia e segurança nas ligações, abertura de nova via de exportação dos conteúdos digitais produzidos no Ceará para os mercados Africano, Asiático e Europeu e tornar Fortaleza uma das alternativas na América do Sul para o armazenamento de conteúdos digitais, incluindo a capital cearense em um mercado em franco crescimento internacional, são alguns dos benefícios apontados por Antonio Nunes.

 

O novo polo tecnológico, que será o quinto do Nordeste, e também terá impactos na melhoria da produtividade e da competitividade, na geração de empregos, na criação de novas políticas de desenvolvimento e atração de novas empresas.

 

Do ponto de vista estrutural, o Cinturão Digital do Ceará também deixa o Ceará em uma posição privilegiada com seus 3.087 km de cabos ópticos, possibilitando o acesso à Internet de qualidade na capital e interior.

 

O presidente da Etice, Adalberto Pessoa, lembrou ainda que hoje existe uma diversidade maior de serviços e uma necessidade cada vez maior de interação entre o governo e a população. “Hoje, desde a hora que acordamos estamos ligados à TI. O despertador é o próprio celular e já saímos para o dia conectados a vários aplicativos. Estamos mergulhados em um mundo de bits e bytes. Nesse cenário, a TI com certeza é um instrumento de governança e cidadania e desenvolvimento de soluções como o e-Gov, Portal da Transparência, pregões eletrônicos, sistemas de certificação digital, votação eletrônica, dentre outros”.

 

Do ponto de vista da qualificação profissional, o presidente da Citinova, Tarcísio Pequeno, afirmou que mesmo com todo o potencial do Ceará produzimos abaixo da nossa capacidade, embora haja grande interlocução com as grandes empresas internacionais. “Muitas dessas empresas vem porque temos a possibilidade de com a competência do nosso pessoal contribuir com o sucesso delas”, avalia.

 

Encerrando o painel, o presidente da CSTIC, Márcio Braga lembrou que além das quase mil empresas de TI, há uma rede complexa que se movimenta diariamente nas mais diversas instituições e organizações. “A TI não para de evoluir e temos muitos nós a desatar. Sempre podemos avançar e melhorar. Queríamos ter mais demandas para as empresas – e com mais trabalhos, mais empregos; questões tributárias a serem resolvidas, como o ISS cobrado sobre software e a substituição tributária e a evolução de leis”, relata.

 

Para ele, também é preciso trazer mais gente para a Computação. “Falta mão de obra, apesar de termos muitas vagas, salários altos, faltam talentos. Porque? Há alguma coisa errada nisso. Precisamos melhorar a relação universidade-empresa, ter empresas mais inovadoras. Como melhorar esse ecossistema – governo, mercado, profissionais, conhecimento, cidadão?”, questiona.

 

 

Empresas apresentam potenciais, desafios e demandas

 

A programação da tarde do Seminário + TICeará, foi aberta pelo painel “Inovação e Desenvolvimento” reuniu representantes de algumas das principais empresas fornecedoras e consumidoras de TI no Ceará.

 

Participaram do painel, o diretor de sistemas e logística do Grupo Pague Menos, Pedro Praxedes; do gerente de Negócios e TI do Grupo M. Dias Branco, Ricardo Pena Branca; do presidente do Grupo Secrel, Ricardo Liebmann, do diretor da 85 Labs, Igor Ary Juaçaba e do diretor executivo da Secretaria de TI da Unifor, Joaquim Bento Cavalcante Neto.

 

O moderador da mesa, prof. Antônio Serra, que coordena o Laboratório de Desenvolvimento de Softwares do Instituto Federal do Ceará, disse que o objetivo é discutir como academia, universidades, empresas e startups podem interagir para, de forma conjunta, cooperada e integrada desenvolver mais ainda a TIC no Ceará.

 

“Além da vocação, o Ceará tem uma série de atrativos que dá uma condição privilegiada para desenvolver essa área. Precisamos saber quais os caminhos para darmos esse salto, de aproveitar esse potencial e fazer diferença no âmbito nacional”, frisou.

 

Cada painelista apresentou um pouco do histórico de sua empresa, os desafios e oportunidades do mercado a partir do ponto de vista dos gestores. Ao final, foi aberto espaço para perguntas e respostas com a plateia.

 

 

24.08.2015

 

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