Hospital Regional Norte realiza cirurgias de alta complexidade em recém nascidos

29 de setembro de 2015 - 14:54

Aos cinco meses de gestação, durante um exame de ultrassom, a futura mamãe Fabrina Tavares, moradora de Itarema (região norte), foi informada, que o segundo filho que ela esperava, tinha um problema de má formação, conhecido como gastrosquise, que quer dizer “fissura na barriga”, em grego, normalmente identificada por uma abertura de 2 a 4 centímetros no abdome, do lado direito do cordão umbilical.

 

O problema, que chega a causar morte em 15% dos casos, segundo a literatura médica, se dá comumente na parede abdominal; e cerca de 40% dos bebês acometidos nascem abaixo do peso ou prematuramente. Com a exposição dessa parte tão sensível do corpo, existe a possibilidade de complicações perigosas. Uma delas é a atresia (estreitamento de um canal), observada entre 10% e 15% dos casos de gastrosquise.

 

Com todo o cuidado que o caso exigia, e no momento apropriado, Fabrina deu entrada no Hospital Regional Norte, por meio do sistema de regulação para aguardar o bebê ganhar peso para a hora do parto. Cerca de um mês após a internação, no dia 17 de agosto, o parto foi realizado com sucesso, e o recém-nascido foi imediatamente levado a outra sala de cirurgia para a correção necessária. “Eu me emociono até hoje, quando lembro o que eu senti no nascimento do meu filho, e como ele está hoje, se recuperando. Todos os dias eu faço a ordenha, aqui no banco de leite, esperando o dia em que ele possa se alimentar. Ele está engordando, já, já, vou poder levar meu filho para casa”, disse, uma mãe feliz e aliviada, enquanto olhava o bebê através da incubadora neonatal.

 

Para Renata Nogueira, coordenadora substituta da clínica obstétrica, “esse tipo de cirurgia pediátrica, feita no HRN, mostra o quanto podemos prestar esse atendimento aqui na região. É uma cirurgia que requer bastante atenção, chegando a cerca de duas horas. Esse é o segundo caso de cirurgia realizada em bebês, logo após o parto, este ano”, afirmou.

 

O outro caso, destacado por Renata Nogueira, também chamou a atenção da gestante,  e da equipe médica, responsável pela cirurgia bem sucedida. Ao chegar num posto de saúde para realizar exames de pré-natal, Carina da Silva Nascimento, moradora de Monsenhor Tabosa, na região do Sertão de Crateús, se surpreendeu quando a enfermeira citou o preocupante inchaço na barriga de 5 meses, que aparentava 9, de gestação. O exame mostrou que o bebê tinha teratoma sacrococcígeo, tumor, geralmente benigno, que surge na região sacral (entre as nádegas) fetal ou na região do pescoço do feto, que na maioria das vezes é operado após o nascimento.

 

Imediatamente, Carina foi transferida para a Santa Casa de Misericórdia, em Sobral, e depois deu entrada no Hospital Regional Norte, onde foi feito o parto, no dia 10 de agosto passado. Só para se ter uma ideia da complexidade da cirurgia, o pequeno Tiago nasceu com 4 quilos, 3 deles pertenciam ao tumor. “Com 24 horas, após o parto, foi feita a cirurgia. Num trabalho de acompanhamento cuidadoso da obstetrícia e neonatologia. Hoje, esse bebê segue ganhando peso e continua num processo de cicatrização excelente. Logo mais, poderá ir para casa, assim como a outra criança, que nasceu com gastrosquise, foi operada aqui, e que também tem tido ótima recuperação”, afirmou o médico responsável pela cirurgia, Plutarco Parente.

 

Para Carina, mãe do vitorioso Tiago, “minha maior felicidade é poder amamentar meu filho, que já ganhou bastante peso. Quando eu pego ele nos braços, sinto que o pior passou. Agora, minha vontade, é chegar em casa com meu filho”, disse uma emocionada Carina, enquanto pegava o filho nos braços.

 

 

(Foto: Assessoria de Comunicação do HRN)

 

 

 

 

29.09.2015

 

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