Cirurgias neurológicas são realizadas com tecnologia de ponta no Interior

3 de novembro de 2015 - 15:25

Neste mês de novembro, o serviço de neurologia do Hospital Regional Norte, da rede pública do Governo do Estado, completa dois anos de funcionamento. Além dos 55 municípios da macrorregião de Sobral, o serviço de neurologia do HRN atende também pacientes de Fortaleza, do Sertão Central, Região do Cariri e de outros estados. Do total de 5.890 cirurgias realizadas pelo hospital, somente neste ano, 229  foram neurológicas, 63 neuroradiológicas e 942 vasculares. De 2013 a setembro deste ano, as cirurgias vasculares foram as que apresentaram maior demanda, com 2.291 procedimentos realizados; sendo 356 em 2013, 993 no ano passado e 942 neste ano. O uso de equipamentos de ponta tem contribuído para o sucesso de diferentes e raras cirurgias. Com tecnologia moderna, as cirurgias são menos invasivas e a recuperação dos pacientes bem mais rápida.

O serviço de neurologia do Hospital Regional Norte, que tem uma equipe formada por seis neurocirurgiões, tem contribuído com o tratamento especializado dos pacientes, encaminhados toda semana pela Central de Regulação do Estado, com ajuda de dois importantes equipamentos. O potente microscópio cirúrgico OPMI Pentero é um deles, dispositivo de alta tecnologia, útil em micro neurocirurgia, no tratamento de aneurismas cerebrais, tumores, cirurgias da base do crânio, microcirurgias de coluna, entre outras delicadas intervenções.

A máquina é usada em operações de lesões cerebrais profundas, onde não há uma visibilidade aberta durante as cirurgias, como a craniotomia, ou abertura cirúrgica do crânio, tipo de lesão embaixo do cérebro, que demanda cirurgias extensas para a localização e extração do tumor, oferecendo maior risco de sequelas. E é justamente nesse ponto que a ferramenta de alta precisão garante o menor risco de sequelas ao paciente, além de contribuir para uma recuperação mais rápida, com menor tempo de internação.

 

Outro equipamento que tem auxiliado na realização de neurocirurgias no HRN é o neuronavegador. A tecnologia de última geração permite à equipe de cirurgiões localizar e atuar em profundas áreas cerebrais, também com risco mínimo de lesões. O equipamento sofisticado oferece aos médicos uma precisão milimétrica do alvo no interior do crânio, evitando risco de atingir outros espaços, priorizando apenas os tumores localizados nas áreas nobres da massa encefálica. O mapeamento toma como base as imagens registradas na tomografia para rastrear e localizar o ponto a ser atingido, em menos tempo e mais precisão, como uma espécie de GPS. “A atuação, tanto do microscópio cirúrgico quanto do neuronavegador, tem otimizado todos os procedimentos cirúrgicos realizados aqui no HRN, conferindo rapidez e mais segurança à equipe médica”, garante Walder Costa, engenheiro clínico.

 

A lista de procedimentos cirúrgicos realizados com ajuda desses dois aparelhos é extensa, por exemplo: pessoas com tumores cerebrais; outras que necessitaram de uma artrodese, quando ocorre a fusão óssea de uma articulação; de cranioplastia, que é a reparação de má formação ou deformidade do crânio; de uma laminectomia lombar, procedimento cirúrgico de remoção de uma ou duas lâminas (ossos) para aliviar a compressão da coluna vertebral, e outras operações, como afirma o neurocirurgião Keven Ponte, um dos profissionais que atuam no HRN. “Depois de avaliados, esses pacientes são encaminhados pela regulação em busca de uma cirurgia mais complexa, onde somos referência aqui no Estado. Esses casos são estudados, reavaliados e têm atualização de seus diagnósticos, para que seja definida a melhor estratégica cirúrgica a ser adotada”, diz.

 

No histórico de cirurgias realizadas com sucesso, onde esses equipamentos fizeram a diferença, o neurocirurgião lembra com detalhes o caso de um jovem de 17 anos de idade, vítima de um grande tumor no tronco encefálico, que passou por uma cirurgia de alto risco, contando com o aparato tecnológico de última geração, além de uma equipe multidisciplinar preparada. De acordo com Keven Ponte, que participou da cirurgia, o jovem apresentava dor de cabeça intensa, vômitos e vista dupla. Devido ao bloqueio causado pelo tumor, os exames de ressonância nuclear magnética registraram hidrocefalia, que é o acúmulo de líquido nas cavidades do cérebro. No primeiro momento, o paciente passou por uma cirurgia emergencial para hidrocefalia, quando foi colocado um dreno ventricular para retirada de líquido da cavidade craniana. Na segunda fase, foi feita a retirada do tumor do tronco encefálico, com ajuda do microscópio cirúrgico, do neuronavegador e de um coagulador bipolar. O paciente teve alta hospitalar em cinco dias, sem sintomas. “Realmente, esse caso ficou na história da nossa equipe, pelo seu ineditismo para o Estado e pela rapidez da alta hospitalar. O que nos deixou realizados”, fala o médico.

 

03.11.2015

Selma Oliveira / Marcus Sá / Helga Rackel
Assessoria de Comunicação | Hospital Regional Norte
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Giselle Dutra
Gestora de Célula/ Secretarias

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