Dia de Luta contra Aids reforça importância da prevenção e tratamento

26 de novembro de 2015 - 12:47

A prevenção combinada é uma das metas da estratégia de aceleração da resposta adotada pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) para acabar com a epidemia da doença no mundo até 2030. Pelas metas de tratamento 90-90-90, os países devem garantir, até 2020, que 90% das pessoas vivendo com HIV estejam diagnosticadas, 90% destas pessoas estejam em tratamento e que 90% delas tenham carga viral indetectável, condição em que a quantidade de vírus presente no organismo é pequena. O Dia Mundial de Luta contra a Aids, 1º de dezembro, vai reforçar a estratégia de aceleração da resposta, com ênfase na prevenção combinada. No Ceará, a programação começa na segunda-feira, 30 de novembro, com aulão sobre prevenção à Aids para os alunos da Escola Profissionalizante José de Barcelos, Rua Angélica Gurgel, 362, Messejana, a partir das 8 horas. A ideia é conscientizar desde cedo da importância da prevenção.  

Na terça-feira, dia 1º, o Centro de Saúde Meireles, Avenida Antônio Justa, 3113, Meireles, da rede pública do Governo do Estado, vai intensificar a realização de teste rápido de HIV, das 8 às 13 horas. No mesmo dia, das 9 às 16 horas, acontecerão rodas de conversa sobre prevenção da Aids na Praça do Ferreira, com distribuição de folders e abanadores com informações sobre a doença e como evitá-la. Das 16 às 18 horas haverá exibição do filme ?Auto da Camisinha?, na estação José de Alencar do Metrofor, Centro de Fortaleza, com distribuição de preservativos, folders e abanadores. Durante todo o mês de dezembro, a Secretaria da Saúde do Estado, o Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ) e a Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) estarão com as fachadas iluminadas de vermelho, a cor do laço que simboliza em todo o mundo a luta contra a Aids.

O Unaids sustenta que os países têm a ciência e os instrumentos para acabar com a epidemia, mas nem todos os soropositivos se beneficiam da mesma forma deles. Para o vice-coordenador do Programa, o brasileiro Luiz Loures, o maior obstáculo hoje ao fim da epidemia no mundo é justamente a discriminação. Segundo ele, muita gente continua sem acesso aos testes e ao tratamento por causa do estigma e do preconceito. Um novo relatório divulgado na terça-feira, 24 de novembro, pelo Unaids revela que os grupos mais duramente atingidos pela doença são justamente os que sofrem mais discriminação: as mulheres e meninas da África, as trabalhadoras do sexo da Ásia, os usuários de drogas injetáveis do leste da Europa e os gays do mundo todo.

Para acabar com a AIDS como uma ameaça à saúde pública, é necessária uma resposta acelerada e mais focada, utilizando dados melhores para mapear e atingir as pessoas nos locais onde estão ocorrendo mais infecções pelo HIV. No relatório “Foco no local e na população: Acelerando a Resposta para acabar com a AIDS em 2030”, o Unaids dá exemplos de mais de 50 comunidades, cidades e países que estão usando abordagens inovadoras para alcançar mais pessoas, com serviços abrangentes de prevenção e tratamento para o HIV.

O Brasil foi um dos primeiros países a fornecer tratamento gratuito para pessoas que viviam com Aids, em 1996, pelo Serviço Único de Saúde (SUS). Nesse momento, a maioria dos países aguardava financiamento internacional para suas respostas. Em consequência dessa política de acesso universal, o Brasil teve uma queda acentuada na taxa de mortalidade associada à doença. O Brasil hoje tem uma das maiores coberturas de tratamento antirretroviral entre os países de média e baixa renda, com aproximadamente metade das pessoas vivendo com HIV recebendo o tratamento, enquanto que a média global é de 41%. Na prevenção combinada, o Brasil tem 80% de pessoas diagnosticadas para uma estimativa de 734 mil vivendo com Aids, 48% em tratamento e 40% com carga viral suprimida.

Atualmente, cerca de 734 mil pessoas vivem com HIV e aids no Brasil. Desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de aids no país. Algumas populações são mais afetadas que outras. Ao passo que se estima que entre 0,4% e 0,7% da população geral esteja vivendo com HIV, entre homens gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH) essa proporção cresce para 10,5%. Outras populações afetadas no Brasil são as pessoas que usam drogas e as profissionais do sexo. De acordo com o último Informe Epidemiológico da Sesa, o Ceará registra 15.013 casos de aids de 1983 a agosto de 2014. A epidemia no Estado foi ascendente até 2012, quando atingiu taxa de detecção de 13,21 por 100 mil habitantes. Em 2013, a taxa recuou para 10,47 e, no ano passado, para 9,23.

A aids é uma doença causada pelo vírus HIV e que é transmitida através da troca de secreções (sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno) entre uma pessoa infectada e uma pessoa sadia, em situações como relações sexuais desprotegidas ou transfusões de sangue. Por isso, hábitos simples como o uso do preservativo durante o sexo e a utilização de seringas e agulhas descartáveis são a melhor forma para evitar a transmissão do vírus. O teste rápido de HIV é feito a partir da coleta de uma pequena quantidade de sangue da ponta do dedo. Os exames, colocados em um dispositivo de testagem, dão o resultado minutos depois. Dependendo do diagnóstico, os encaminhamentos para os serviços de atendimento em doenças sexualmente transmissíveis já são feitos na hora. O resultado do teste rápido tem a mesma confiabilidade dos exames convencionais e não há necessidade de repetição em laboratório.

26.11.2015

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