Umidade relativa do ar tem queda significativa em áreas do Ceará

9 de dezembro de 2015 - 15:01

No Centro-Sul do Ceará, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) observou uma queda significativa nos índices de umidade relativa do ar. Nesta terça-feira (8), o município de Barbalha, no Cariri, chegou a registrar somente 11% de umidade, enquanto Campos Sales, na Região dos Inhamuns, teve 13%.  Em novembro, houve dias em que as mesmas cidades marcaram somente 12% no índice. O horário em que os níveis são mais baixos é entre 13h e 15h. Esta condição do ar seco exige cuidados da população para não causar danos à saúde. Na faixa litorânea, a redução da umidade é menos acentuada, porém, em Fortaleza, o menor índice observado em novembro foi de 32% e nos oito primeiros dias de dezembro, 37%.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera como ideal a umidade do ar acima de 60%. É considerado estado de observação os níveis de 40% a 31%. Quando a umidade cai abaixo dos 30%, há estado de atenção. Se a umidade atingir níveis entre 20% e 12%, ocorre o estado de alerta. Abaixo disso, como aconteceu ontem em Barbalha, é considerado estado de emergência.

 


No Ceará é comum, durante o segundo semestre, os municípios do Interior registrarem baixa umidade. Entretanto, os índices tiveram maior queda em 2015 devido às temperaturas mais elevadas, já que este é considerado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) o ano mais quente da história. “Um dos efeitos diretamente relacionados às temperaturas mais altas é a queda dos índices de umidade relativa do ar”, explica o meteorologista Raul Fritz, da Funceme. Ainda segundo o especialista, a intensidade do ar seco só deve ser amenizado quando começarem os primeiros registros de precipitação durante a pré-estação chuvosa, em dezembro e janeiro. 

Efeitos

Os efeitos comuns do ar seco na saúde são:

– Ressecamento de mucosas do nariz e garganta;

– Nariz entupido ou com sangramento, espirros, tosse, dificuldade para respirar, rinite e crises de asma;

– Aumento do risco de infecções respiratórias

– Piora das doenças respiratórias pré-existentes, como bronquite, asma, enfisema, rinite e outras;

– Ressecamento da pele;

Irritação dos olhos por ressecamento, com vermelhidão, ardência, sensação de areia nos olhos, coceira e aumento das conjuntivites alérgicas.

Cuidados

Os médicos recomendam algumas medidas para diminuir os efeitos do ar seco no corpo:

– A não ser que haja contraindicação médica, beba muita água, principalmente idosos, crianças e quem fica muito tempo em ambientes com ar-condicionado.

– Evitar exercícios físicos moderados ou intensos, principalmente entre 10h e 16h;

– Idosos, e portadores de doenças respiratórias ou cardíacas devem evitar exercício moderado ou intenso em qualquer local;

– Mantenha arejados os ambientes internos da casa e do trabalho e evite cortinas ou carpetes que acumulem poeira;

– Não tomar banho com água muito quente, pois aumenta o ressecamento da pele. Procurar usar creme hidratante e protetor labial;

– Umidifique os ambientes com umidificadores ou toalhas molhadas e recipientes com água.


*Com informações da OMS e Ministério da Saúde

 

09.12.2015

Guto Castro Neto
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