Internas do presídio feminino recebem carteira profissional de artesãs

10 de dezembro de 2015 - 13:29

À espera da carteira profissional de artesãs, oito internas do Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa conversam sobre o que as uniu dentro da unidade prisional: o artesanato. Para elas, a ocupação tem múltiplas funções dentro do presídio. Ao mesmo tempo em que ajuda a sustentar a família que ficou do lado de fora, o tricotar das agulhas é uma ocupação para as mentes angustiadas pelo encarceramento.

“Quando eu estou fazendo crochê, eu não escuto o barulho do lado de fora. Eu esqueço o que está acontecendo ao redor”, conta M.M. Assim como ela, outras passaram a ver na atividade uma forma de ganhar a vida quando deixarem o RDSC 8692encarceramento. Nessa quarta (09), o grupo de oito mulheres recebeu a carteira profissional emitida pela Central de Artesanato do Estado (CeArt).

“Recentemente, o artesanato foi reconhecido como profissão. Vocês agora têm essa profissão, são artesãs profissionais”, destacou Lúcia Sá, a gerente de produção da CeArt que esteve na unidade entregando as carteiras ao lado do secretário da Justiça e Cidadania do Estado, Hélio Leitão, e da coordenadora de inclusão social da Sejus, Cristiane Gadelha.

O processo de obtenção da carteira foi longo, lembra Cristiane Gadelha. Muitas delas nem mesmo tinham documento de identidade. Depois de capacitar essas mulheres dentro da unidade em projetos diversos, como o Maria Marias – parceria com o Governo Federal que forma em diversas áreas, entre elas o artesanato – e o Querer – projeto de capacitação e estímulo ao empreendedorismo –, a Sejus providenciou a documentação, organizou o grupo, levou exemplos de pessoas que conseguiram se estabelecer financeiramente a partir do trabalho manual e, por fim, chamou as técnicas da CeArt para aplicar a prova das tipologias.

Todas as mulheres participaram da prova conseguiram a certificação na tipologia testada (vagonite, costura, crochê, bordado etc). A ideia é que, ao deixarem a unidade prisional, elas procurem a Sejus para receber o instrumental de trabalho e, assim, ter o primeiro material para começar uma nova vida do lado de fora.

“Estou muito orgulhoso de vocês, de ver vocês alcançando algo mesmo com toda a angústia que vivem aqui dentro”, destacou o titular da pasta, Hélio Leitão.

10.12.2015

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Ciro Câmara
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