Promoções da PM e CBM: Conheça histórias de militares que terão suas vidas transformadas

14 de dezembro de 2015 - 17:00

Sejam no ensino infantil, fundamental e médio, ou até mesmo o na universidade, as formaturas sempre são um momento único na vida de qualquer formando, carregado de um forte simbolismo. Na ocasião, as cerimônias nos fazem relembrar da nossa trajetória, dando-nos a certeza de que podemos superar qualquer percalço com bastante sabedoria, paciência e determinação.

Não é diferente para cerca de 9.200 militares do Estado do Ceará que serão promovidos, a partir desta quarta-feira (16), em Fortaleza e em outras oito cidades do Interior. Serão, aproximadamente, 8.500 policiais e 700 bombeiros beneficiados com a lei que regulamentou as promoções nas corporações. Dentre esses, estão as trajetórias de dois majores – R ARI1148um do Corpo de Bombeiros Militar (CBMCE) e outro da Polícia Militar do Ceará (PMCE), que afirmam não trocar o atual ofício por qualquer outra profissão.

Trabalhando desde seus 12 anos em feiras livres na rua, a vida do major do CBMCE Cláudio Barreto, de 45 anos, sempre foi norteada por momentos de superação. Aos 20 anos, no ano de 1990, o jovem Cláudio, recém saído do colegial, realiza seu sonho de passar no concurso e vestir o fardamento que admirava. “Sempre gostei de uniformes militares. Além disso, o trabalho de bombeiro militar e a ideia de salvar vidas sempre me fascinaram. Tenho uma vocação nata para ser militar e não me vejo fazendo outra coisa se não trabalhando nesta honrosa corporação”, confidenciou o militar, que vai se tornar tenente-coronel nesta semana.

Aos 23 anos, em 1993, o então soldado fez um segundo concurso, desta vez para continuar na corporação como um oficial. O objetivo era poder se integrar ainda mais ao Corpo de Bombeiros, desenvolvendo ações para modificar ainda mais a vida das pessoas. “Muitas jovens, senhores e senhoras são impactadas com o Corpo de Bombeiros Militar. A fama de aproximação e confiança que a corporação tem não veio à toa. Queria poder fazer mais no meu trabalho para a corporação e para a sociedade”, continuou o major. Apenas em 2004, quando já completava seus 34 anos – passando pelo longo caminho entre praça e oficial intermediário -, o então capitão foi um dos poucos contemplados a receber a primeira estrela dourada de cinco pontas, entrando para a lista de oficial superior do Corpo de Bombeiros.

“Todas as minhas formaturas tem um sabor diferente. Cada uma delas fazem me lembrar de um momento da minha vida de superação e de conquista dos meus objetivos. Lembro-me de todas elas com muito carinho e o quanto eu guardo nas memórias mais afetuosas. É algo tão esperado por você, pela sua família e amigos que não conseguimos descrever, apenas sentir”, tenta definir o servidor que completa: “Essa formatura tem um gosto ainda mais especial, pois recebo minha nova promoção após 11 anos de espera. Nunca desacreditei. Sabia que este dia chegaria e não consigo falar outra coisa, senão: ‘obrigado, governador Camilo Santana por acreditar em seus militares. Seguimos confiando no seu trabalho e na sua postura”.

 

 

Militar valorizado: A esperança de um novo futuro

R ARI1347A segunda estrela dourada de cinco pontas, estampada em sua nova insígnia, também não é a única coisa que muda na vida do, por enquanto, major policial militar Helder Gomes, de 52 anos. Agora, quando o militar põe seu fardamento, ele tem a certeza que de todo seu esforço está sendo recompensando através da nova lei.

O militar tem a ciência que está fazendo parte da história, pois está participando da maior formação de praças e oficiais do Estado. Com a promoção, rememorar sua história fica inevitável quando se passa por algo tão transformador na vida. “A promoção para qualquer militar é algo renovador e muito bom. Eleva a autoestima. Sem falar no reconhecimento do trabalho e financeiro. Falo isso, pois a Polícia Militar pra mim, atualmente, é tudo. É meu emprego de onde eu tiro meu sustento, da minha família e dos meus filhos. É a minha vida dedicada a instituição em prol da sociedade”, salientou o candidato a tenente-coronel.

Na corporação desde 1985, quando entrou como terceiro sargento, através de concurso público, o militar tinha sonhos e desejos que sustentou para que se dedicasse a instituição. Foi a partir desses sonhos que o terceiro sargento entrou como oficial, em 1990, aos 27 anos. Agora, a espera de nove anos para sua promoção – desde que foi promovido a major em 2006, quando houve a última formatura de servidores militares -, chega ao fim, tornando o seu sonho e o de sua família possível.

“Essa era uma espera realmente muito grande. A instituição clamava por esta promoção. E ter o governador do Estado, o nosso maior comandante, ouvindo e nos dando a oportunidade de trazer um diálogo direto, franco e com muita parcimônia, nos confortou bastante”, confidenciou agradecido o servidor que aproveitou: “Eu acredito na instituição em que trabalho. Por isso, ter este reconhecimento, através dessa promoção, concretizada pelo nosso governador Camilo Santana, me faz acreditar ainda mais nos nossos esforços e instintos de defender o Estado, mesmo com o risco da própria vida”.

 

 

Lei histórica

Assinada pelo governador Camilo Santana em 22 de abril, a lei que regulamenta as promoções foi aprovada por unanimidade pelos deputados e sancionada no dia 25 de maio, durante a solenidade de comemoração dos 180 anos da Polícia Militar do Ceará. A medida institui um fluxo regular e automático na carreira dos oficiais e praças estaduais.

A principal novidade do projeto é a extinção do limitador de vagas para ascensão. Ou seja, quem cumpriu o interstício (tempo mínimo de permanência no posto para ser promovido) pode concorrer ao benefício. A cada ano, 60% do total será promovido. Os demais podem pleitear a promoção no ano seguinte, e, não conseguindo por dois anos seguidos, serão promovidos automaticamente.

A iniciativa é mais um passo na valorização da segurança pública cearense. Nesta lista constam iniciativas importantes como a criação do Batalhão de Divisas e a interiorização do Batalhão Raio e da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer). Os resultados já podem ser sentidos, como a redução de 9,8% nas mortes violentas no ano e 396 vidas salvas em 2015, se comparados ao mesmo período do ano passado – e 16,9% em Fortaleza.

tabela


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14.12.2015

Wilame Januário
Repórter / Célula de Reportagem

Fotos: Marcos Studart / Ariel Gomes

Vídeos: Weberte Lemos / Gestor / Célula de TV

Ciro Câmara
Gestor de Célula / Secretarias

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