Dia de Iemanjá: Secult participa de orientação para registro da festa nesta terça (2), na Porto Iracema

2 de fevereiro de 2016 - 12:12

Com participação da Coordenadoria de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), a Oficina de Orientação para elaboração do dossiê para o pedido de registro da Festa de Iemanjá como patrimônio imaterial acontece nesta terça-feira (2), das 10h às 17h, na Escola Porto Iracema das Artes (Rua Dragão do Mar, 160, Praia de Iracema), equipamento da Secult.

A oficina é derivada de um trabalho integrado entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Secretaria da Cultura de Fortaleza e a Secult, como orientação da comunidade que organiza e vive a Festa de Iemanjá. O encontro tem relação com o procedimento de elaboração do dossiê para o pedido de registro desta Festa como patrimônio imaterial. Ao todo, serão sete oficinas de orientação. A desta terça-feira é a segunda oficina, abordando o tema “Identificação e levantamento de documentação e pesquisas sobre a Festa de Iemanjá”.

As oficinas são mensais e têm como tema “Mapeamento e cartografia das Festas de Iemanjá no Ceará” (março), “Coleta de depoimentos e de relatos de memória” (abril), “Descrição dos ciclos das Festas de Iemanjá” (maio), “Elaboração do Plano de Salvaguarda” (junho) e “Preparação do Dossiê” (julho).

De acordo com a Lei de registro de Bens Imateriais do Estado do Ceará, Lei N°13.427 de 30 de dezembro de 2003, a instauração das propostas de Registro dos Bens Culturais de Natureza Imaterial cabe, além das entidades e órgãos públicos da área cultural, a qualquer cidadão ou associação civil. As propostas de registro, instruídas com documentação pertinente, serão dirigidas à Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, que também deve, sempre que necessário, orientar os proponentes na montagem do processo.

Trabalho pioneiro

De acordo com a coordenadora de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da Secult, Carolina Ruoso, trata-se da primeira vez em que Iphan, Secultfor e Secult trabalham de maneira integrada em um processo de orientação para pedido de registro no Ceará. ” Esse trabalho em parceria pode permitir que o processo de registro seja viabilizado mais rapidamente em nível estadual e, inclusive, em nível federal”, aponta.

“Para o registro, é preciso desenvolver uma metodologia de pesquisa. Estamos construindo uma metodologia, com as comunidades envolvidas na Festa de Iemanjá”, detalha Carolina Ruoso. “Teremos na oficina a participação de pesquisadores, que falarão sobre sua trajetória de trabalho, e vamos fazer um trabalho de levantamento. Buscar fotografias da época, notícias de jornal, guardadores da memórias, pessoas que possamos entrevistar… Trabalharemos junto com a comunidade para produzir essa documentação”.

Carolina ressalta que existem diferentes festas dedicadas a Iemanjá, em várias datas. “São várias festas. Muita gente associa como se fosse somente da umbanda, mas no Ceará existem festas de Iemanjá em diferentes datas. Não é só a Festa de Iemanjá do dia 15 de agosto, que geralmente é a mais lembrada no nosso Estado. Mas no próprio Ceará existem festas de Iemanjá em outras datas, como a do canbomblé, que é a do 2 de fevereiro”, menciona.

“Esse trabalho também explora reflexões sobre outras influências a partir de Iemanjá. Por que usamos branco no reveillon, por exemplo? Será que há uma ligação com a presença de Iemanjá no Brasil? Os rituais de Iemanjá também fazem parte da nossa cultura e ensejam novas reflexões”.

02.02.2016

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