HGF faz atendimento especializado para tratar dores de cabeça crônicas

2 de fevereiro de 2016 - 13:27

As dores de cabeça faziam parte do dia a dia da auxiliar de serviços gerais Regineuda Nascimento Silveira, 34 anos, desde a adolescência. Na tentativa de aliviar a dor, ela tomava analgésicos comprados por conta própria na farmácia. Mas, as dores eram tão fortes que às vezes os remédios não faziam efeito e ela necessitava de atendimento de emergência no hospital. Aos poucos, Regineuda começou a se incomodar também com a visão. Estava com dificuldade para enxergar as imagens com nitidez. Há cerca de quatro anos ela resolveu procurar ajuda de um médico. Foi ao oftalmologista, que a encaminhou ao neurologista. Ela passou então a ser atendida no Ambulatório de Cefaleia do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), da rede pública do Governo do Estado, e hoje vive sem dores, com mais qualidade de vida.

Regineuda conta que as dores que sentia eram tão intensas que a paralisavam. “Quando sentia dor, não conseguia trabalhar nem fazer as coisas em casa. Vivia estressada. Graças a Deus, isso passou”, comemora. De acordo com os médicos, a paciente possui hipertensão craniana de causa desconhecida e visão dupla. Hoje ela toma remédios para controlar a doença e mantê-la livre das dores. “Aqui no HGF fiz todos os exames, inclusive ressonância e tomografia. Fiz também punção lombar como tratamento para a dor. Desde que comecei meu tratamento recebo os medicamentos no hospital. Nunca faltou nada”, ressalta.

banner atendimento dor cabeca hgf2Outra paciente acompanhada no Ambulatório de Cefaleia do HGF é Leila Cristina Cardoso, 42 anos, que mora em Aracati. Ela lembra que em 2009, quando o marido faleceu, entrou em depressão e passou a sentir sintomas de ansiedade e fortes dores de cabeça. “Foi um período muito difícil, mas não me preocupei em buscar ajuda. Eu já acordava com dor de cabeça. Era uma dor pulsante, só de um lado da cabeça”, revela. Em 2012, Leila viu a notícia de que haveria um mutirão para atendimento a pacientes com dor de cabeça no HGF e resolveu procurar tratamento. Ela foi a primeira da fila. “As dores melhoraram bastante. O atendimento aqui sempre foi muito bom. Estou muito satisfeita”, opina.

25 anos

Em 5 de fevereiro de 2016, o Ambulatório de Cefaleia do HGF faz aniversário. São 25 anos de um atendimento especializado à população cearense, com a realização de cerca de 45 mil consultas, beneficiando aproximadamente 9 mil pacientes. De acordo com o neurologista João José Carvalho, fundador do ambulatório, as pessoas atendidas no ambulatório sofrem, em geral, com dores de cabeça primárias – aquelas em que a dor de cabeça é a própria doença e não um sintoma de outra enfermidade. Estudos realizados no ambulatório mostram que 68% dos pacientes atendidos têm enxaqueca.

Postos de saúde

“Não é qualquer dor de cabeça que tratamos aqui. O HGF é um hospital terciário e, portanto, atendemos a doentes que precisam de assistência mais especializada. As pessoas que têm dores de cabeça esparsas, de duas a três vezes por mês, devem procurar a rede primária, ou seja, os postos de saúde. Somente os casos crônicos são encaminhados para o ambulatório do HGF”, explica.

Segundo o médico, o ambulatório realiza, em média, 100 atendimentos por mês, sempre às quintas-feiras. Anualmente, é realizado um mutirão entre os meses de maio e junho quando o ambulatório recebe novos pacientes encaminhados da rede primária e secundária. Possui cinco consultórios e uma equipe formada por médicos e residentes. O HGF disponibiliza ainda exames como punção lombar, ressonância magnética e tomografia computadorizada, necessários para investigação de alguns casos de dor de cabeça. Pacientes do ambulatório também podem receber medicamentos de alto custo, quando prescritos, gratuitamente no hospital.

Hora de procurar ajuda

A Sociedade Brasileira de Cefaleia realiza neste ano uma campanha com o lema “Três é demais”. “Se a pessoa tem três ou mais dores de cabeça por mês, no decorrer de três meses, está errado. É preciso procurar um médico”, justifica o neurologista João José. De acordo com ele, é comum as pessoas demorarem a procurar um especialista e também se automedicarem.

“O uso excessivo de analgésicos muda a característica da dor e faz com que crises ocasionais se transformem em crônicas. A automedicação acontece com freqüência e é um erro. É comum também as pessoas elaborarem explicações para as dores e postergarem a ida ao médico”, constata.

02.02.2016

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