Com Cineteatro São Luiz lotado, homenagem a Dominguinhos emociona o público

15 de fevereiro de 2016 - 14:42

Dia de muita emoção para quem ama a música de Dominguinhos. Relembrando os 75 anos, que o sanfoneiro estaria completando no dia 12 deste mês se estivesse vivo, o Cineteatro São Luiz trouxe ao público uma sessão sonora especial, unindo cinema e música. Dois dos maiores acordeonistas do Brasil, Adelson Viana e Waldonys, com convidados especiais como Fausto Nilo e Rodolf Forte, se encontraram neste domingo (14), e fizeram uma bela apresentação, reunindo canções que marcaram a carreira do homenageado e contando vários causos. Antes da apresentação, o Cineteatro São Luiz, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), reverenciou também a obra e memória do mestre, com a exibição do filme “Dominguinhos”, dirigido por Mariana Aydar, Eduardo Nazarian e Joaquim Castro.

Tanto o filme como o show intitulado “Tributo a Dominguinhos – Causos e Cantos”, em alusão aos 75 anos desde o nascimento de “Seu Domingos”(1941-2013), como era carinhosamente chamado pelos colegas e amigos, emocionaram o público, que lotou o Cineteatro São Luiz e cantou junto as músicas que eternizaram o homenageado. Instrumentista, compositor, arranjador, José Domingos de Morais, que aniversariaria na sexta-feira (12), foi o mais legítimo discípulo de Luiz Gonzaga e um artista considerado um dos maiores músicos do Brasil, em todos os tempos.

Homenagem emocionante

Por vários momentos durante o show, o público conferiu depoimentos emocionantes dos sanfoneiros Waldonys e Adelson Viana, que conviveram com Dominguinhos. Em um deles, Waldonys, apadrinhado do homenageado, narrou parte de um episódio em que “Seu Domingos”, já debilitado pela quimioterapia, momentos antes de sua morte, pediu para que ele cantasse a oração de São Francisco. Após a história contada no palco, a devoção de Dominguinhos foi homenageada com uma versão inédita de “Ave Maria”, em um dueto de sanfonas, de arranjo especial de Waldonys.

Já Adelson Viana narrou sua história de quando ganhou sua sanfona de Dominguinhos. “Ele falou que não daria sanfona para ninguém não, que era uma coisa muito especial, mas acabou me dando essa”, disse ao público, mostrando o instrumento.Entre as músicas apresentadas na noite que marcou a programação mensal do São Luiz, estiveram os sucessos que marcaram a carreira de Dominguinhos, como “Eu me lembro”,  “Tenho Sede” e “Quando chega o verão”.

Convidados especiais

Fausto Nilo, convidado especial da noite, subiu ao palco para cantar sua canção feita em parceria com Dominguinhos: “Casa Tudo Azul”. Ele contou sua história emocionante ao lado do mestre da sanfona: “Foi engraçado quando o conheci, em um estúdio da Som Livre. Tinha um músico lá que estava tocando um violão, fazendo muitas notas, com muita técnica, mas não emocionava muita gente. Quando olhei para o lado, veio o Dominguinhos comentando: ‘para fazer isso aí é muita pesquisa’ (risos). Depois disso, sempre brincava com ele que música complicada era quando tinha muita pesquisa”, narrou emocionado.

“Ele dizia que eu fazia música até para introdução”, comentou animado Fausto Nilo. “Ele sempre chorava quando mostrava uma letra para a música dele. Tenho ainda cerca de 40 melodias guardadas dele para colocar letra”, finalizou emocionado.

Quem também subiu ao palco foi Rodolf Forte, que, ao lado dos músicos principais do show, compôs um trio de sanfonas, para tocar as músicas de Dominguinhos em versão instrumental.

15.02.2016

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