Dia mundial da Meteorologia é celebrado nesta quarta (23)

23 de março de 2016 - 14:54

Ciência que tem a missão de informar as previsões do tempo é comemorada em 189 países.

Será que vai chover? Em tempos de estação chuvosa, essa pergunta sai facilmente da boca dos cearenses, principalmente dos que dependem das chuvas para garantir o sustento. As respostas que podem trazer alento e determinar a preparação do solo e a plantação de semente vem da meteorologia, ciência que estuda os sinais da atmosfera e as previsões climáticas.

Nesta quarta-feira (23), comemora-se o Dia Mundial da Meteorologia. Essa data comemorativa foi criada em 1961 por ser o aniversário de criação da Organização Meteorológica Mundial (OMM), instituição ligada à ONU e que existe desde o ano de 1950. Atualmente, a organização possui a adesão de 189 países, dentre eles o Brasil.

Historicamente, o homem desenvolveu estratégias para interpretar os sinais do tempo. Por longos anos, era questão de sobrevivência atrelar costumes e experiências para se antecipar às questões climáticas que exercem forte influência em vários aspectos da sociedade, do comportamento à economia. É assim em toda parte do globo e, no Ceará não é diferente. Aqui, a percepção da população a respeito das chuvas passa da esfera científica e toma uma forma mitológica e até religiosa. Aqui, a esperança e a fé são potencializadas sobre as expectativas de chuvas.

De olho na natureza, o homem aprendeu a decifrar os indícios da chegada das chuvas; a ausência de estrelas no céu, o movimento das nuvens, o voo das borboletas, o mandacaru florescendo. É fato que alguns sinais ultrapassaram as barreiras do tempo, passaram de geração em geração e persistem até hoje, mas a técnica de previsão do tempo evoluiu de tal maneira que os estudos e análises são capazes de prever estações chuvosas com bastante antecedência.

Os sistemas de previsão do tempo contam com satélites, sistemas meteorológicos capazes de compreender a dinâmica da atmosfera e as especificidades dos sistemas meteorológicos, suas interações com cada clima do planeta. Para o profissional da meteorologia, anos de estudos seriam suficientes caso o objetivo dessa atividade fosse restrito ao monitoramento. Entretanto, ele precisa ir além: dominar o conhecimento e aplicá-lo em previsões de tempo e clima que apontam como será o comportamento da atmosfera no futuro. Não é simples nem fácil, não é 100% preciso, mas é muito necessário. Uma ciência que não despreza as crenças do homem do campo e trabalha em paralelo, contribuindo  para traçar as ações de convivência com o clima de cada região.   

O Estado do Ceará tem 84% de sua área em clima semiárido e isso é um fator determinante para o convívio com frequentes estiagens para grande parte da população cearense. Os primeiros livros de história ou romances que citam o Ceará relatam os desafios de quem vive onde a Seca predomina. Por estarmos geograficamente em zona tropical, também estamos sujeitos a eventos intensos de chuva que trazem alívio, mas vêm com risco de alagamentos, inundações, enchentes e descargas elétricas.  

Nesse contexto, nota-se a importância da meteorologia no Ceará, que tem a missão de informar à sociedade se o breve futuro trará as tão desejadas precipitações ou a ausência delas. O Governo do Estado do Ceará reconhece a relevância dos meteorologistas, tanto que mantém, desde 1972, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), considerada como órgão estratégico para decisões em vários setores.

Atualmente, a Funceme conta com sete meteorologistas responsáveis por monitorar a atmosfera de todo o Ceará e elaborar previsões de tempo e clima para o Estado. Para esse trabalho, a tecnologia é uma importante aliada. A instituição conta com supercomputadores responsáveis por modelagem global, dois radares meteorológicos, imagens de satélites, rede de observação com mais de 550 pluviômetros convencionais em todos os municípios, Plataformas de Coleta de Dados automáticas, vídeo wall com 12 displays de LED, banco de dados climatológicos, dentre outros equipamentos.

 

 23.03.2016

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