Dia Nacional da Luta Antimanicomial: Secult dedica programação especial no São Luiz e TJA

17 de maio de 2016 - 14:09

O Dia Nacional da Luta Antimanicomial (18) será celebrado com uma programação especial no Cineteatro São Luiz e Theatro José de Alencar (TJA), equipamentos da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult). Realizadas em parceria com o Fórum Cearense da Luta Antimanicomial e demais apoiadores do movimento, as atividades começam na terça-feira (17) com a exibição do filme “Nise – O Coração da Loucura” (2015), de Roberto Berliner, com Glória Pires, no São Luiz. O longa-metragem conta a história da doutora Nise da Silveira, que propõe uma nova forma de tratamento, a partir da arte, aos pacientes que sofrem da esquizofrenia, eliminando o eletrochoque e lobotomia. Toda a programação terá entrada franca.

Na quarta-feira (18), o TJA recebe dois espetáculos de teatro: o monólogo ” Diário de um Louco”, de Paulo Ess, às 14h, no palco principal; e a peça ­ “Amarga Ceia: Por que mataram Jesus?”, às 15h, no jardim do TJA, com os Grupos Eloins Fractais,  Loucos Por Poesia, GTO Sociedade CAPS e Grupo de Experimentação e Socialização em Teatro do Oprimido (GESTO). A peça “Diário de um Louco” volta a ser apresentada no dia 24, às 9h, no Cineteatro São Luiz.

Fazendo parte da programação, até o fim de maio, o Fórum Cearense da Luta Antimanicomial,  está com a exposição coletiva “Olhares Diversos na Luta Antimanicomial” em cartaz no TJA, trazendo as obras de J W Crispim, J C Bandeira, Marina Rodrigues, Sandra Barros e José Edmar.  Com curadoria de Raimundo Lima, “Olhares Diversos na Luta Antimanicomial” é uma exposição de pinturas e objetos de artistas que vivenciam o limite da existência. O sofrimento é transmitido em matéria prima para a criação artística, gerando potência de vida. Horários de Visitação: de terça a sexta, de 9h às 18h, e de sábado a domingo, de 14h às 18h.

Sobre as peças

“Diário de um Louco”, com direção e atuação de Paulo Ess, narra as peripécias do funcionário público Antonino Barnabé, em seus delírios e devaneios apaixonados pela filha do diretor de sua repartição. Ao observar sua amada, vê que a cachorrinha dela, na porta da loja, dialoga com outro cachorro, dando margem à mente criadora de Antonino que, por vezes, passa a ouvir e ver coisas que ainda ninguém viu nem ouviu, como a conversa entre esses cachorros. Ele decide, então, perseguir esse animal, para descobrir o que eles pensam.

Em “Amarga Ceia: Por que mataram Jesus?”, um grupo de atores brincantes do qual fazem parte moradores de rua invadem espaços públicos. Cantando e dançando, eles pedem licença para contar a história da Paixão e Morte de Cristo. Antes de começar essa narrativa, alguns deles falam da sua própria cruz. Entre eles, um menino em situação de rua chamado Jesus.

Luta Antimanicomial

O Movimento da Luta Antimanicomial nasceu no Encontro Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental, em 1987, em Baurú, com o lema “por uma sociedade sem manicômios”. Denunciava-se abusos e violação de direitos humanos sofridos pelos usuários da saúde mental dentro dos manicômios. Lutava-se pelo fim desse tipo de tratamento e pela instalação de serviços alternativos.

PRESS-RELEASE – SECRETARIA DA CULTURA DO ESTADO DO CEARÁ – SECULT

Entrevistas/mais informações:

(85) 3101-6761 / 988240994 Lucas Benedecti, Paula Candice

secultmkt@gmail.com

Fotos: Divulgação e Secult/Divulgação/Salvino Lobo (fotos da exposição)

17.05.2016

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