Mais de mil jovens são alertados contra o tráfico de pessoas

11 de julho de 2016 - 20:25

A capacitação, realizada pela Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado, é direcionada a jovens com mais de 16 anos e que participem de programas gratuitos de formação profissional
 

 
Uma das principais armas na luta contra o tráfico de pessoas é a informação. Seguindo a função de articular ações de enfrentamento e atuação integrada do poder público com a sociedade civil, o Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP) da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará (Sejus) promoveu a capacitação de 1.122 jovens com oficinas e palestras neste primeiro semestre de 2016. No mês nacional de enfrentamento ao tráfico de pessoas, o número é motivo de celebração, pois mostra um acréscimo de 13% nas formações em comparação com o ano anterior.

Atualmente, o núcleo tem trabalhado com dois públicos específicos: alunos do projeto Primeiro Passo, da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), e dos cursos profissionalizantes da Universidade de Fortaleza (Unifor). Os dois projetos trabalham com população jovem, que está entrando no mercado de trabalho, e oferecem cursos gratuitos.

Henrique Ribeiro, beneficiário do Primeiro Passo, participou de uma das capacitações oferecidas pelo NETP. Ele foi vítima de tráfico de pessoas em 2015.  “Ficávamos numa casa pequena e tínhamos apenas um colchão para três pessoas dormirem. Comida, nós que fazíamos e só tinha salsicha e ovo”, conta o jovem de 18 anos, um dos 33 adolescentes do bairro José Walter envolvidos em um aliciamento com promessa de jogar num grande time de futebol do Sudeste. Henrique e os outros adolescentes e crianças ficaram na situação de tráfico de pessoas por três semanas, no estado da Bahia, depois São Paulo.

Por já ter sido vítima, Henrique vê os treinamentos do NETP como um grande alerta para a juventude participante. “Além de nós, a sociedade também tem que ficar atenta. No meu caso, foram os vizinhos que denunciaram o que estávamos sofrendo naquela casa”, conta.

Ana Cristina, integrante do NETP, avalia a capacitação como essencial no processo de combate ao tráfico. “Essa formação é fundamental já que esses jovens estão ingressando no mercado de trabalho e podem ser alvo do tráfico de pessoas e questões relacionadas, como trabalho escravo e exploração sexual. A informação abre a mente para uma realidade que pode atingi-los”, pontua.

Na Unifor, o NETP atende estudantes de 12 cursos profissionalizantes como auxiliar administrativo, primeiros socorros, informática, Direito do consumidor, agente de aeroporto e inglês básico. Os cursos integram um projeto que visa promover a formação profissional e a inserção no mercado de trabalho de jovens a partir de 16 anos. Todos os cursos oferecidos são gratuitos.

Já o Primeiro Passo cria oportunidades voltadas à cidadania e inclusão social e profissional de jovens de comunidades vulneráveis, entre 16 e 22 anos, que estão cursando o Ensino Fundamental II, Educação Especial, Ensino Médio ou que tenham concluído o Ensino Médio. O convênio para inserir a formação sobre tráfico de pessoas completa um ano neste mês de julho, celebrando os bons frutos.

 

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11.07.2016

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