Cultura na agenda estadual: Juca Ferreira ministra palestra aos secretários do Estado

16 de agosto de 2016 - 18:14

Para ele, há inúmeras possibilidades dos Estados tratarem a regionalidade através da Cultura, dando apoio ao que é produzido em cinema, dança, cultura popular e outros

 

Com o objetivo de debater o lugar da cultura na agenda do Governo, foi realizada na manhã desta terça-feira (16), no Auditório do Palácio da Abolição, uma palestra do ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira. Com destacada experiência em gestão cultural e ambiental, o sociólogo baiano foi ministro durante os governos Lula (2008 – 2010) e Dilma (2014 – 2016).

160816 MIN JUCA PALESTRA MG 9496Durante a apresentação, estiveram presentes a vice-governadora Izolda Cela; o Chefe de Gabinete Élcio Batista; o secretário da Cultura, Fabiano dos Santos Piúba; a secretária adjunta de Educação, Márcia Campos; o secretário de Meio Ambiente, Artur Bruno; o secretário das Relações Institucionais, Nelson Martins; o secretário do Desenvolvimento Agrário, Dedé Teixeira; o secretário de Recursos Hídricos, Francisco Teixeira; o secretário da Justiça e Cidadania, Hélio Leitão; o chefe da Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado (CGE), Flávio Jucá; o secretário de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Inácio Arruda; e Túlio Studart, da Casa Militar.

Juca Ferreira tratou sobre os desafios da gestão cultural no Brasil, a democracia digital, o avanço nos investimentos em cultura nas diversas políticas do Brasil, a responsabilidade da comunicação pública de fato, além de como incluir na plataforma de governo estadual a Cultura, e como desenvolver e apoiar melhor as diversas manifestações web MVS0706culturais. Outro tema abordado foi o papel fundamental do setor cultural para o desenvolvimento socioeconômico do Estado e do País.

O ex-ministro citou países que estão investindo na “Economia da Cultura”, em um movimento consciente dos estados para melhorar a economia local, e nos governos municipais, estaduais e federais, dando como exemplo os Estados Unidos, a China e a França, bem como os investimentos que esses países estão realizando em mercados de software, de games e cinema de animação, e uma ação desenvolvida pelo governo destes locais junto às escolas de Belas artes para produzir mais conhecimento nessas áreas.

Para ele, há inúmeras possibilidades dos Estados tratarem a regionalidade através da Cultura, dando apoio ao que é produzido em cinema, dança, cultura popular etc. O 160816 MIN JUCA PALESTRA MG 9507ex-ministro informou que hoje o que se gera com a circulação de filmes no Brasil é maior que o investimento feito para a criação desses filmes. “É preciso criar mecanismos, é preciso avançar, tendo como foco as três dimensões que trabalhamos durante nossa gestão, que são a dimensão simbólica da cultura, a dimensão cidadã e a dimensão da Economia Cultural, deste modo transformamos o que hoje temos em algo perene”, destacou.

Participaram também da palestra o presidente do Instituto Dragão do Mar, Paulo Linhares, o fotógrafo Tiago Santana, a diretora de Cidadania e Diversidade Cultural do IACC, Luíza Cela, o arquiteto da Casa Civil Rodrigo Costa Lima, o presidente da TV Ceará, Tibico Brasil, assim como os diretores de equipamentos culturais do Estado e inúmeros integrantes da cultura local.

A transversalidade das políticas

A vice-governadora Izolda Cela destacou o quanto esta pauta ser colocada na transversalidade das políticas estaduais desafia o Governo, ressaltando que, em diversos problemas enfrentados, a solução está, muitas vezes, na mudança de cultura. “Aqui, para o nosso Estado, colocar a cultura nesta transversalidade, além de melhorar projetos que envolvem o fortalecimento de tradições, valores, talentos e os programas relacionados à arte, que nos possibilitam alcançar patamares civilizatórios, está tornar compreensível e criar compromissos nas diversas instituições do Governo, para resolver problemas que precisam ser superados como segurança, crise hídrica etc.”, afirmou Izolda.

A cultura na agenda do Governo como vetor de sucesso

O secretário Fabiano dos Santos, que realizou a mediação da mesa, acrescentou que o papel da Cultura, para além do que é a função da Secult, é posicionar esta política não apenas para resolver os problemas da pauta, mas para ver como a cultura é um vetor de sucesso no governo, inserindo-a na resolução dos problemas contemporâneos como segurança e, com isso, possibilitar a geração de confiança social, respeito e melhoria do convívio. “Para tanto, estamos trabalhando na Secult com atividades voltadas para o Ceará Pacífico e nos equipamentos do Instituto Dragão do Mar numa ação chamada Estação Liberdade, tendo a perspectiva da transversalidade e da intersetorialidade”, destacou Fabiano. Com essas ações, estamos realizando políticas públicas que a possibilitar uma transformação social dos lugares, das cidades, do Estado”, acrescentou o secretário da Cultura.

Ele declarou ainda que a vinda do Juca Ferreira para o Estado foi bastante importante para que os secretários presentes reconhecessem novas formas de inserir a cultura nas demais políticas, e assim realizar o que está planejado na política de Governo dos 7 Cearás.

18.06.2016

Paula Candice
ASCOM|| Secult
Tel: 3101.6761

Fotos: Carlos Gibaja e Marcos Studart / Governo do Ceará

Expediente imprensa2-01