Ação conjunta entre as Polícias do Ceará e do DF resulta na prisão do acusado de matar bailarina no Ceará

8 de setembro de 2016 - 19:25

Uma ação conjunta entre a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) resultou no cumprimento do mandado de prisão de Wladmir Lopes de Magalhães Porto, acusado de matar a bailarina Renata Maria Braga de Carvalho. O crime ocorreu em 1993, em Fortaleza. A prisão foi realizada, nesta quinta-feira (8), em Brasília, na casa onde ele reside. No dia 2 de agosto, Wladmir Lopes de Magalhães Porto foi condenado pela Justiça do Ceará a cumprir uma sentença de nove anos e dois meses, em regime fechado.

Wladimir se encontra preso na carceragem da Polícia Civil do DF, no Departamento de Polícia Especializada, onde aguarda a transferência para o Ceará. A Polícia Civil do Ceará já iniciou tratativas para realizar o deslocamento do acusado para o Ceará, tendo solicitado vaga, junto à Secretaria de Justiça do Ceará (Sejus), para concluir a transferência.

Histórico

O crime que vitimou a bailarina Renata Maria Braga de Carvalho aconteceu, na madrugada do dia 28 de dezembro de 1993, na Avenida Beira Mar, em Fortaleza. Ela e uns amigos voltavam de uma festa na Praia de Iracema, quando o motorista do carro em que a jovem estava teria fechado o carro de Wladmir, causando um desentendimento entre os motoristas. Wladmir teria perseguido o carro onde a bailarina e os amigos estavam e, ao alcançá-lo, teria sacado uma arma e efetuado um tiro que atingiu o olho da bailarina. Ela foi encaminhada para um hospital particular na Capital, mas não resistiu ao ferimento e morreu.

Horas depois do homicídio, Wladmir foi preso em uma concessionária no bairro Aldeota. Ele ficou 11 meses preso em um presídio em Fortaleza, mas foi beneficiado por um habeas corpus e respondia pelo crime em liberdade.

Batalha judicial

Em 1997, aconteceu o primeiro julgamento do réu. Ele foi condenado a sete anos de prisão por homicídio simples, mas recorreu da pena. Após procedimentos pleiteados na Justiça pelo réu e pela família da bailarina, o caso chegou ao Superior Tribunal Federal (STF), em 2004. Na ocasião, os juízes decidiram anular o julgamento e mandar o réu a um novo Júri. No segundo julgamento, ocorrido no dia 20 de junho de 2008, Wladmir foi absolvido, por quatro votos a três, com a alegação de legítima defesa. A promotoria recorreu do resultado e o caso foi analisado mais uma vez.

Em junho de 2016, a 5ª Vara do Júri de Fortaleza condenou o réu a 12 anos e seis meses de prisão, mas a defesa recorreu. No dia 2 de agosto, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) decidiu manter com a condenação do réu, desta vez a nove anos e dois meses de reclusão, e determinou a expedição de mandado de prisão para cumprimento imediato da pena. Desde então, Wladmir se encontrava foragido.

08.09.2016

Kélia Jácome
Assessora de Comunicação,
Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS),
Governo do Estado do Ceará,
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