Profissionais de saúde debatem políticas públicas de prevenção ao suicídio

9 de setembro de 2016 - 19:19

Profissionais e gestores de saúde da atenção primária, coordenadorias regionais de saúde e Centros de Atenção Psicossocial (Caps) do interior, capital e Região Metropolitana de Fortaleza participaram na manhã desta sexta-feira (9) do III Ciclo de Debates – Diálogos em Saúde Mental, realizado pela Secretaria da Saúde do Estado, através do Núcleo de Saúde Mental, da Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde (Copas). O encontro reuniu 150 participantes para debater sobre as políticas públicas de prevenção ao suicídio. O secretário adjunto da Saúde, Marcos Gadelha, e o coordenador da Copas, Ivan Mendes Jr,  participaram da mesa de abertura do ciclo de debates.

Com o tema “Suicídio: um ato silencioso?”, o ciclo de debates teve como palestrantes os psicólogos Luana Leão e Hamilton Peixoto, e o médico psiquiatra Davi Queiroz. Além da prevenção, foram discutidos também os principais fatores de risco, comportamentos de alerta, fluxo de atendimento na rede de saúde e a importância das notificações como ferramentas fundamentais para o controle das taxas de suicídio. “O ponto de vista moral continua a existir. Falar de suicídio ainda é um tabu. E a escuta é um dos pontos principais na prevenção ao suicídio”, afirmou Hamilton Peixoto.

Transtornos mentais, como depressão, alcoolismo, esquizofrenia; questões como isolamento social, desemprego, migrantes; questões psicológicas, como perdas recentes, dinâmica familiar; e condições clínicas incapacitantes, como lesões desfigurantes, dor crônica e câncer, são alguns dos fatores de risco que estão associados ao suicídio. Para Davi Queiroz, é preciso “divulgar mais conhecimentos a respeito do suicídio, fatores de proteção, fatores de risco. Pensar estratégias de cuidado a essas pessoas, chegar a eles e dar uma chance de serem ouvidas, de a aflição ser falada e não atuada”.

Quem precisa de atendimento para transtornos mentais no Sistema Único de Saúde (SUS) pode contar com os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Atualmente, no Ceará há 131 unidades em funcionamento. Nesses estabelecimentos, o paciente recebe atendimento próximo da família, assistência médica especializada e todo o cuidado terapêutico conforme o seu quadro de saúde. Quando recomendado pelo médico, o SUS disponibiliza gratuitamente medicamentos que podem auxiliar no tratamento dos pacientes.

Setembro Amarelo

O mês de setembro foi escolhido pela Associação Internacional de Prevenção do Suicídio para alertar sobre a importância de ações de prevenção: a campanha internacional Setembro Amarelo. O III Ciclo de Debates – Diálogos em Saúde Mental foi realizado em alusão ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, comemorado em 10 de setembro. O ciclo de debates ocorre uma vez ao mês, conforme o cronograma de datas comemorativas na saúde mental.

Fotos: Assessoria de Comunicação da Sesa

09.09.2016

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