Protocolo Sepse dá prêmio ao Hospital Waldemar Alcântara

16 de setembro de 2016 - 19:21

Um estudo realizado pelo Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), da rede de assistência do Governo do Estado, rendeu ao hospital o primeiro lugar no prêmio Melhores Práticas em Destaque 2016, entregue no Seminário Internacional da Organização Nacional de Acreditação (ONA), em São Paulo. O HGWA vem apresentando números positivos na taxa de vidas salvas entre pacientes com diagnósticos de sepse, tema sobre o qual se deteve o estudo. De janeiro a julho deste ano, a taxa média de vidas salvas ficou em 55%, enquanto a taxa de mortalidade pela doença ficou em 45%.

Segundo Jonis Albuquerque, assessor técnico da qualidade do HGWA, o índice considera pacientes com sepse que são acompanhados durante 28 dias após acionamento do Protocolo Sepse, implantado no HGWA em 2012. O desfecho clínico de cada caso é avaliado ao fim deste período. As taxas do HGWA são mais positivas que os índices mundial e nacional. Segundo dados do Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS), estima-se que ocorram cerca de 24 milhões de casos de sepse anualmente em todo o mundo, com mortalidade que ultrapassa 50%. No Brasil, a mortalidade é ainda maior, chegando a 65% dos casos.

As ações do Protocolo Sepse no HGWA são baseadas nos principais estudos mundiais sobre o tema e focam na melhor eficiência de medidas e redução de mortalidade. Participam do protocolo médicos, enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de enfermagem e laboratório, além do setor administrativo, engenharia Clínica e radiologia. “Existe uma mobilização de diversos colaboradores do hospital, que somam esforços para fazer o protocolo acontecer. Por isso, é muito importante reconhecermos que todo esse empenho vem fazendo a diferença na qualidade da assistência aos nossos pacientes, em especial àqueles acometidos pela sepse”, fala Jonis.

Prêmio

O estudo que rendeu premiação ao HGWA, no último dia 3 de setembro, já foi destaque quando selecionado para ser exposto durante o seminário, ao lado de outras nove práticas de hospitais de todo o País, públicos e privados. Na apresentação, foram eleitas as três melhores, que serão publicadas na revista “Melhores Práticas em Saúde, Qualidade e Acreditação”. A publicação dissemina as boas práticas de gestão que contribuem para a melhoria da qualidade assistencial do País.

A prática do HGWA exposta no trabalho usou o Índice de Comorbidades de Charlson (ICC) para avaliar a letalidade de pacientes com sepse. O ICC é um método de classificação de gravidade que utiliza dados de diagnósticos secundários para atribuir um risco de morte ao paciente, consistindo em uma lista de 19 condições clínicas, para as quais são atribuídas pontuações que, combinadas à idade do paciente, geram um escore único.

Um grupo de trabalho do HGWA realizou busca ativa dos prontuários físicos dos pacientes em que foi acionado o Protocolo Sepse, de 1º de janeiro a 31 de maio de 2016. O levantamento usou amostra de 173 pacientes, com idade mínima de 18 anos e internados no eixo adulto do hospital. Foi considerando o período de 28 dias contados a partir do acionamento, conforme determina o protocolo.

A letalidade da sepse se concentrou nos pacientes do grupo de alto risco. Dos 173 pacientes avaliados, 19 pacientes não apresentaram risco (10,98%), 25 pacientes em baixo risco (13,87%), 32 pacientes com risco moderado (18,50%) e 98 pacientes apresentaram alto risco (56,65%). Entre os pacientes de alto risco, 57,14% apresentaram desfecho favorável.

16.09.2016

Assessora de Comunicação do Hospital Geral  Waldemar Alcântara
Lusiana Freire
(85) 3216 8335 / 98970 4300

Expediente imprensa2-01