Iluminação verde no Palácio da Abolição incentiva doação de órgãos

26 de setembro de 2016 - 20:30

Terça-feira (27) é o Dia Nacional da Doação de Órgãos. Para marcar a data, o Governo do Ceará iluminará em verde, a partir desta segunda-feira, a fachada do Palácio da Abolição, em Fortaleza. A cor verde também ilumina o Hospital Geral de Fortaleza (HGF). O Brasil realiza anualmente no mês de setembro a Campanha Nacional de Doação de Órgãos, em apoio à r MG 0766Lei Nº 15.463, de 18 de junho de 2014, que instituiu o mês da doação de órgãos, denominado Setembro Verde, referência à cor do laço símbolo mundial da doação de órgãos e tecidos para transplantes. Como parte das atividades do Setembro Verde, a Central de Transplantes da Secretaria da Saúde do Estado realiza na quarta-feira, 28, o IV Curso de Coordenadores Educacionais de Transplantes, das 8 às 17 horas, no Hotel Plaza Praia Suítes, Rua Barão de Aracati, 94, Praia de Iracema.

Com o objetivo de sensibilizar lideranças da sociedade civil e estudantes com conhecimentos básicos para atuação como multiplicadores do tema da doação de órgãos e tecidos para fins de transplantes, o curso terá a participação de 70 representantes de associações de pacientes e de transplantados, como também de estudantes universitários do Grupo de Pesquisa em Transplante da Universidade Estadual do Ceará (UECE), da Liga Acadêmica de Enfermagem em Transplante da Universidade Federal do Ceará (LAET/UFC) e do Programa Bolsa de Incentivo à Educação na Rede SESA (Proensino SESA). No Cariri, a Universidade Regional do Cariri (Urca), por meio do curso de Enfermagem, em parceria com a Organização de Procura de Órgãos-Cariri (OPO), realizará nesta terça-feira, 27, a mesa-redonda “Assistência, Ensino e Pesquisa na Captação e Transplante de Órgãos e Tecidos”, no auditório do Geopark Araripe, às 18 horas.

O Brasil tem hoje o maior sistema público de transplantes do mundo, no qual cerca de 95% dos procedimentos e cirurgias são feitos com recursos públicos. O Ceará, anualmente, fica entre os Estados que mais realizam transplantes de órgãos no país, com recordes sucessivos. Além do elevado nível de especialização e excelência das equipes transplantadoras no Ceará e do trabalho das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTTs), um dos principais fatores que contribuem para o crescimento no número de transplantes é a solidariedade característica dos cearenses. Para ser um doador não precisa deixar mais nada por escrito. Basta avisar a sua família sobre a vontade de doar e ajudar a salvar vidas.

O processo de doação começa com a identificação e manutenção dos potenciais doadores. Para doar não precisa deixar nada registrado na carteira de identidade. Basta falar para a família da vontade de doar. Nos hospitais, o profissional da CIHDOTT realiza avaliação das condições clínicas do potencial doador, da viabilidade dos órgãos a serem extraídos e faz entrevista para solicitar o consentimento familiar da doação dos órgãos e tecidos. Em seguida, os médicos comunicam à família a suspeita da morte encefálica, realizam os exames comprobatórios do diagnóstico, notificam o potencial doador à Central de Transplantes, que repassa a notificação à CIHDOTT. Nos casos de recusa da doação, o processo é encerrado.

A proporção das famílias que não autorizam a doação de órgãos e tecidos de parentes com diagnóstico de morte encefálica no Brasil aumentou de 22% em 2008 para 44% em 2015, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). No Ceará, o crescimento das recusas familiares foi menor, passando de 23,2% para 38% no período. O expressivo aumento das notificações de potenciais doadores, que aumentaram 127% entre 2008 e 2015, mais que compensaram as recusas familiares às doações e permitiu ao Ceará estabelecer recordes sucessivos de transplantes realizados. O último em 2015, quando foram realizados 1.433 transplantes de órgãos e tecidos. Este ano, foram realizados até segunda-feira, 26 de setembro, 1.197 transplantes de órgãos e tecidos no Estado. Foram 185 transplantes de rim, 23 de coração, 141 de fígado, 3 de pulmão, 56 de medula óssea (39 autólogos e 17 alogênicos), 782 de córnea e 7 de esclera.

Esses resultados foram possíveis devido em grande parte ao crescimento das notificações de potenciais doadores e à diminuição dos não doadores. De acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), no primeiro semestre de 2015 o Ceará fez 260 notificações de potenciais doadores e 293 no mesmo período deste ano, incremento de 12,7%. Entre as causas da não concretização das doações, as recusas familiares diminuíram de 43% de 150 entrevistas realizadas em 2015 para 38% de 186 entrevistas com famílias de potenciais doadores em 2016. Com isso, a projeção de doadores efetivos saltou de 19,0 por milhão da população/ano (pmp/ano) em 2015 para 24,3 pmp/ano em 2016, proporção maior que a registrada em todo o ano passado, de 23,5 pmp/ano.

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26.09.2016

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