Pacientes têm atendimento especializado em endomentriose no César Cals

18 de novembro de 2016 - 16:45

“Eu tinha uma vida bem parada. Quando eu descobri a doença, eu sentia muitas dores, tinha que ficar indo direto ao hospital para tomar medicamentos”. As palavras de Crismênia Paixão Rodrigues, moradora da cidade de Juazeiro do Norte, definem bem como era conviver com endometriose. No caso dela, devido à complexidade da doença, as dores mudaram completamente a rotina, fazendo com que ela se isolasse. Desde o dia seis de agosto, quando passou pela cirurgia de endometriose profunda no Hospital Geral Dr. César Cals, da rede pública do Governo do Ceará, ela começou a ter mais esperança e a acreditar em novas possibilidades.

Assim como Crismênia, outras pacientes passaram a ser atendidas pelo serviço de endometriose do Hospital César Cals, estruturado a partir de uma abordagem multidisciplinar, que busca possibilitar um tratamento específico e especializado, de acordo com a complexidade da doença. São vários especialistas que integram o serviço, como cirurgiões ginecológicos especializados, cirurgiões coloproctológicos, anestesistas, urologistas, enfermeiros e técnicos.

Para o atendimento, as pacientes são referenciadas da atenção básica para o serviço de cirurgia ginecológica do hospital. De acordo com o cirurgião ginecológico João Paulo Timbó, depois do encaminhamento, é feita uma avaliação minuciosa dos casos com o objetivo de verificar a abordagem do tratamento cirúrgico. Em seguida, após os resultados, as mulheres com indicação clínica são agendadas para a cirurgia. Ele explica que a endometriose é uma doença que causa muita dor, sofrimento para a mulher e dificuldade para engravidar, principalmente em mulheres jovens. “A doença pode acometer vários órgãos, mais frequentemente ovários, tubas, útero e intestino”, ressalta.

Com apenas 21 anos, o que Crismênia sentia, antes do procedimento, já não faz mais parte da realidade. “Eu voltei a malhar, não sinto mais nenhuma dor e voltei era o que eu era ates da doença. A minha autoestima é outra”, finaliza. Os resultados da última consulta, realizada em outubro, foram satisfatórios. Ela tem mais um retorno agendado para janeiro. Enquanto isso, continua tomando a medicação indicada, que também faz parte do tratamento. O que ela mais quer agora é voltar a trabalhar e ter filhos.

Tratamento

O tratamento contempla várias fases. No pré-operatório, são solicitados exames gerais, como hemograma, radiografia e eletro; e mais específicos, como ultrassonografia transvaginal, com preparo intestinal, e ainda, nos casos necessários, solicita-se também colonoscopia, para avaliar quais os órgãos são acometidos pela doença. São esses resultados que determinam a equipe e o planejamento cirúrgicos.

Para o procedimento, é utilizado material de última geração, com monitores em Full HD e blindagem para evitar interferência elétrica, o que garante imagens bem definidas e de alta qualidade, aquecedores a gás para evitar hipotermia, pinças ultrassônicas e grampeadores intraluminar e linear endoscópico.

Já a alta hospitalar depende do procedimento intestinal realizado e de cada paciente, que pode ficar internada de dois a cinco dias. Após a alta, o primeiro retorno é marcado para até 15 dias depois da cirurgia, para as avaliações imediatas. Em seguida, é feito o acompanhamento contínuo, com tratamento clínico para evitar o retorno da doença e controle da dor. Além disso, são agendadas as consultas ambulatoriais de retorno.  O Hospital Geral Dr. César Cals disponibiliza ainda o Dispositivo Intrauterino (DIU) medicado, que libera medicação durante cinco anos, como parte do tratamento. As consultas ambulatórias são realizadas nas quintas-feiras, no período da tarde.

18.11.2016

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Wescley Jorge
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