Aprendiz na Escola: experiência cearense será levada a países do Caribe

3 de março de 2017 - 16:36 # # #

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A experiência do Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Educação, com o Programa Estadual Aprendiz na Escola começará a ser replicada nos países do Caribe. Bahamas e Santa Lúcia serão os primeiros a importar o modelo cearense que promove a qualificação profissional e a inserção no mercado de trabalho de jovens estudantes do Ensino Médio da rede pública estadual de ensino.

A assessora técnica do Programa, Sara Feitosa, embarcará neste sábado (4), acompanhada de representantes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), para apresentar a ação às autoridades dos dois países. “Farei uma abordagem do nosso cenário educacional, mostrando todo o panorama do Ceará em dados, mas com foco em dois pontos: currículo diferenciado e fluxo com as empresas. Trataremos das partes pedagógica e operacional, além de explicar sobre a legislação”, aponta Sara.

No contexto brasileiro, lembra Sara, apenas o Ceará desenvolve um modelo de aprendizagem profissional ligado à Educação Básica. Em 2017, o Programa passa de nove para 25 municípios abrangidos, com a disponibilidade de 600 vagas somente para a Capital.

Em novembro do ano passado, o Aprendiz na Escola foi exposto para 26 países da América Latina e do Caribe, em evento promovido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Fortaleza. A iniciativa, que começou em 2012 e teve o primeiro ciclo de formação concluído em 2014, já beneficiou mais de 2 mil alunos.

O jovem se prepara durante os três anos do Ensino Médio. Na 3ª série, tem a possibilidade de aderir ao Programa. Com isso, consegue acesso ao primeiro emprego. O contrato de aprendizagem entre os estudantes e as empresas é assinado por um ano. Aos jovens, são garantidos todos os benefícios previstos pela legislação trabalhista: salário mínimo, férias, décimo terceiro e vale-transporte.

“O diferencial do Aprendiz na Escola é que ele alia a aprendizagem à inserção do aluno no mercado de trabalho por meio da educação. O aluno passa três anos construindo saberes, desenvolvendo competências e habilidades para se tornar apto a entrar no mercado de trabalho. Do ponto de vista da empresa, além do caráter social, ela cumpre a cota prevista pela Lei da Aprendizagem com as contratações”, destaca o secretário Idilvan Alencar.

Durante todo o processo, a Seduc acompanha o desenvolvimento dos alunos tanto na escola quanto na empresa, observando notas e frequências. O objetivo é garantir a formação qualificada dos estudantes sem prejudicar a aprendizagem na escola.

“Com o Programa, é possível tirar o jovem de uma situação de vulnerabilidade social e inseri-lo em um trabalho formal, com todos os direitos trabalhistas assegurados”, argumenta Sara.

Metodologia

De acordo com a metodologia do programa, o estudante permanece na escola pela manhã, onde aprende as disciplinas da base comum curricular, e vai para a empresa no período da tarde, a fim de exercitar a parte prática. Em dois dias na semana, o aluno volta à escola no turno da noite, para ter aulas do curso optado. Além disso, independentemente do curso escolhido, todos recebem aulas das matérias de Desenvolvimento Pessoal e Social (DPS) e Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

Para realizar o programa, a Seduc conta com o apoio da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado (STDS), que cuida do alinhamento com as empresas; e do Ministério Público do Trabalho (MPT), que junto com a Superintendência Regional do Trabalho (SRT), fiscaliza as empresas parceiras.

03.03.2017

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Expediente imprensa 09jan 2017-01