SPD fortalece o diálogo em prol do atendimento humanizado e sem preconceito da população LGBT

16 de março de 2017 - 16:07 # # # #

O diálogo aberto sobre os diversos aspectos relacionados às políticas sobre drogas e o atendimento à população LGBT no Ceará numa ambiência sem transfobia marcou a roda de conversa realizada na manhã desta quinta-feira (16), na Secretaria Especial de Políticas sobre Drogas (SPD).

Na ocasião, o secretário Especial de Políticas sobre Drogas, Marcelo Uchôa, defendeu a parceria da SPD com os atores do Movimento LGBT, com o objetivo de aperfeiçoar métodos que valorizem as diversas orientações sexuais, fortalecendo medidas de enfrentamento à transfobia no cotidiano.

“A questão das drogas com interface LGBT é uma realidade. Precisamos discutir estratégias de abordagem ao uso de drogas lícitas e ilícitas junto a esse público e oferecer o atendimento mais adequado e sem espaço para o preconceito”, enfatizou o titular da SPD.

Durante a roda de conversa, representantes do Movimento expressaram a intensa preocupação com o preconceito à população LGBT registrado em muitos dos espaços de atendimento e acolhimento a pessoas com problemas relacionados ao uso de drogas lícitas e ilícitas.

“Em muitos espaços, não há respeito à identidade de gênero”, apontou o ex-vereador Paulo Diógenes, titular da Coordenadoria da Diversidade Sexual de Fortaleza. Sobre a questão, a coordenadora do Centro de Referência sobre Drogas (CRD) da SPD, Magda Coelho, enumerou os procedimentos adotados pela Secretaria para o encaminhamento do público LGBT à Rede de Atenção e a Comunidades Terapêuticas (CTs), assegurando o respeito à opção sexual do usuário.

Todos os presentes ao encontro na SPD defenderam a valorização da diversidade sexual em prol da inclusão social e mostraram-se favoráveis ao investimento de recursos nas unidades primárias de saúde para o atendimento a pessoas que sofrem com a dependência química, sobretudo a população LGBT.

Os participantes enalteceram os resultados positivos da redução de danos, abordagem ao fenômeno das drogas que visa minimizar danos sociais e à saúde associados ao uso de substâncias psicoativas. O reforço à política de saúde mental também foi abordada.

A discussão do tema mostra-se pertinente ao se observar estatísticas mundiais recentes. De acordo com uma pesquisa feita pela ONG inglesa Stonewall em 2014, 52% dos jovens LGBTs admitem que já incorreram em comportamento autodestrutivo; 44% deles já pensou em suicídio; e 42% já buscou auxílio médico para sofrimento psíquico.

O abuso de álcool e drogas costumam ser maneiras, geralmente danosas, de se lidar por conta própria com o sofrimento relacionado à orientação sexual. Estudo da LGBT Foundation apontou que o uso de drogas entre pessoas LGBT é sete vezes maior que o da população em geral, o excesso de consumo de álcool entre gays e homens bissexuais é duas vezes maior e a dependência em substâncias químicas é significativamente mais elevada.

Um novo encontro entre os atores do Movimento LGBT no Ceará com gestores da SPD e coordenadores da pasta para o aprofundamento da discussão sobre as políticas sobre drogas e a interface LGBT foi marcado para o próximo dia 5 de abril, na Secretaria. A ideia é a manutenção e fortalecimento de uma permanente relação integrativa no tocante à temática.

16.03.2017

Fernando Brito
Assessoria de Comunicação da Secretaria Especial de Políticas sobre Drogas (SPD)
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Expediente imprensa 09jan 2017-01