Secretaria da Saúde realiza primeira oficina em saúde vocal para professores

3 de agosto de 2017 - 15:45 # # # # #

Cristiane Bonfim/ Marcus Sá / Helga Rackel - Assessoria de Comunicação da Sesa - (85) 3101.5221 / 3101.5220

Rouquidão constante, dor ou ardência na garganta, falta de ar ou cansaço ao falar, dificuldade para ser entendido, entre outras alterações são alguns dos principais sintomas de alerta para o distúrbio vocal relacionado ao trabalho. Para entender melhor como preveni-lo e compreender a importância da saúde vocal, o Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST/CE), da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), está com inscrições abertas para a Oficina de Saúde Vocal, que ocorrerá no período de 22 de agosto a 17 de outubro. A oficina será no Auditório Waldir Arcoverde da Sesa e terá como orientadora a fonoaudióloga Maria do Socorro Távora Soares, do CEREST/CE. As inscrições podem ser feitas exclusivamente pela internet, no site da Sesa, até o preenchimento das vagas.

A oficina tem 20 vagas e será realizada em encontros semanais, às terças-feiras, das 14 horas às 16h30, com total de 20 horas. O objetivo é promover ação educativa de orientação e vivência em voz, promovendo um conhecimento básico sobre saúde vocal e como evitar problemas com a voz. “Um conhecimento básico dos efeitos do abuso e mau uso vocal e a necessidade do emprego de uma boa higiene vocal são potenciais medidas preventivas para a redução da incidência de distúrbios vocais”, afirma Socorro Távora.

Boa parte da nossa força laboral é composta por trabalhadores que utilizam a comunicação no seu processo de trabalho. Aproximadamente um terço das profissões têm a voz como ferramenta básica de trabalho, dentre elas, a de professor. Em alguns casos, a atividade pode levar a situações de adoecimento e, consequentemente, de afastamento e incapacidade para o desempenho das funções, pois nem sempre os profissionais da voz dispõem de condições adequadas em seus processos de trabalho para evitar o desgaste e adoecimento da voz. Além disso, falta informação para que esses trabalhadores possam utilizar estratégias para prevenção desses agravos.

 

Sintomas e tratamento

O Distúrbio Vocal Relacionado ao Trabalho (DVRT) é qualquer forma de desvio vocal diretamente relacionado ao uso da voz durante a atividade profissional que diminua, comprometa ou impeça a atuação e/ou comunicação do trabalhador, podendo ou não haver alteração orgânica da laringe. De acordo com Socorro Távora, os sintomas mais frequentes são cansaço ao falar, rouquidão, garganta e/ ou boca seca, esforço ao falar, falhas na voz, perda de voz, pigarro, instabilidade ou tremor na voz, ardor na garganta e/ou dor ao falar, voz mais grossa, falta de volume e projeção vocal, perda na eficiência vocal, pouca resistência ao falar, dor ou tensão cervical. “Entre os profissionais que utilizam a voz como principal instrumento de trabalho, os professores são alvo da maioria das pesquisas. Entre os professores brasileiros, 66,7% referem presença de rouquidão em algum momento da carreira profissional, enquanto 57,6% de não professores fazem a mesma referência”, afirma a fonoaudióloga.

O desenvolvimento do DVRT é multicausal e está associado a diversos fatores, que podem desencadear ou agravar o quadro de alteração vocal, de forma direta ou indireta, podendo haver interação destes nos ambientes de trabalho. São originados na relação entre fatores orgânicos, ocupacionais, comportamentais e de estilo de vida. “A avaliação médica clínica, consultas e exames específicos com otorrinolaringologista; exames complementares; avaliação clínica fonoaudiológica da voz e tratamento com terapia fonoaudiológica são alguns dos principais cuidados para quem desenvolve problemas vocais”, alerta Socorro Távora.

Mais informações com o Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador, pelo (85) 3101-5342 ou cerestce2016@gmail.com

03.08.2017