Infância e adolescência: combate às desigualdades e acompanhamento das ações colocam o Ceará à frente dos demais estados

27 de setembro de 2017 - 17:50 # # # # # #

Pádua Martins e Wiarlen Ribeiro - Ascom Ipece / Assessoria de imprensa da primeira-dama
Ariel Gomes - Fotógrafo

“O mais importante que o Ceará esta fazendo agora não é só investir na primeira infância, mas sim verificar se a política adotada vai gerar os impactos esperados. É justamente isso que tem colocado o Ceará à frente dos demais estados do País”. A afirmação é do professor Flavio Cunha que, na manhã desta quarta-feira (27), proferiu palestra no Fórum Ceará em Debate sobre o tema “A Economia do Desenvolvimento Humano na Infância e na Adolescência”. O encontro contou com a presença da primeira-dama do Estado, Onélia Santana, e foi realizado no auditório da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Ceará.

Flávio Cunha, ao justificar a afirmação, reforça o trabalho de convencimento de que a política implementada tem, necessariamente, de ser constantemente avaliada para que, no caso de não ser o caminho certo, seja possível encontrar outra alternativa ou fazer correções. “Não podemos nos comprometer com algo que não funciona. E, no caso do caminho ser o certo, a prática não serve apenas ao Ceará, mas também a outros estados, como Maranhão, Piauí, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e outros”, garante.

A primeira-dama destacou que o economista é parceiro do Ceará e que tem acompanhado de perto a implantação de ações do Governo com objetivo de reduzir as desigualdades. “Ele esteve aqui desde o início, na construção do Padin, que é o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Infantil. O Flávio Cunha está com o compromisso da construção e da avaliação de impacto desse programa juntamente com o Banco Mundial”, ressaltou. Onélia acredita que o Padin vai ter bons resultados após a avaliação de impacto. “Ele vai estar conosco mostrando cientificamente qual é o impacto e de acordo com o diagnóstico, que acontece próximo ano, a gente vai ampliar para o restante dos municípios”, afirmou. O Programa Institucional de Ação Educativa (Padin) tem como objetivo promover visitas domiciliares para o acompanhamento e treinamento das mães, dos pais ou dos cuidadores das crianças de 0 a 3 anos e 11 meses, de forma a possibilitar o desenvolvimento integral através do estímulo de processos de aprendizagem.

Desigualdade

A desigualdade, segundo o Flávio Cunha, começa muito cedo e continua a ser formada ao longo da vida. Ele explica: somente porque se costuma mensurar a desigualdade da pessoa já na fase adulta, não quer dizer que ela não esteja presente numa criança, num adolescente. “E esta é a parte que gostaríamos de enfatizar, ou seja, quais as políticas que devem ser implementadas para remediar tal realidade, antes que a desigualdade seja ainda maior. Quais as ações na primeira infância devem ser implementadas e quais as políticas de capital humano podem ser adotadas na adolescência”, ressalta.

O Ceará, na visão dele, tem “feito muitas coisas certas”, como, por exemplo, investir em educação. “O Ceará terá uma força de trabalho mais qualificada que, aliada a outras ações, atrairá mais empresas, que buscam justamente este tipo de mão de obra. E isso só será possível com a melhoria do nível de educação”. Porém, ele deixa claro que tudo, toda transformação, começa na educação, mas “tudo não depende do Ceará, mas também do resto do país”.

O professor Flávio Ataliba, diretor Geral do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), garante que a pesquisa científica do professor Flávio Cunha sobre desenvolvimento na infância e na adolescência é destaque mundial e uma “janela de oportunidade que nos é oferecida no sentido de ajudar a transformar o Ceará numa sociedade mais justa, com novas ideias marcantes”.

O titular da secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Ceará (STDS), Josbertini Clementino, acompanhou a palestra, que contou também com a presença de economistas, analistas de políticas publicas, estudantes universitários e servidores estaduais. A realização do Fórum é do Ipece e Seplag, com apoio da Escola de Gestão Público (EGP).