Tecnologia da Funceme contribui para definição de estratégias na gestão de recursos hídricos

28 de setembro de 2017 - 17:50 # # #

Felipe Lima - Assessoria de Comunicação da Funceme
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Carlos Gibaja, Marcos Studart e Ariel Gomes - Fotos

Na segunda matéria da série especial Ceará Transparente deste mês, vamos mostrar as áreas de atuação da Funceme, órgão que este ano comemora 45 anos

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Com um trabalho que vai muito além do monitoramento e da previsão do tempo e do clima, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) ganhou reconhecimento e se consolidou nos últimos anos como um importante órgão do Governo do Ceará. Com 45 anos de atividade, o trabalho de campo e a pesquisa em áreas como recursos hídricos, meio ambiente, agricultura e energias alternativas, por exemplo, receberam reforço da tecnologia para agregar valor aos dados observados e às informações geradas, com foco voltado para o usuário.

O investimento na aquisição de equipamentos para processamento de alto desempenho e armazenamento de dados fez com que a Fundação se consolidasse como a primeira instituição estadual de Meteorologia do País a processar modelo climático global, com resultados que subsidiam a elaboração do prognóstico de clima para o Ceará e ainda são utilizados por instituições de Meteorologia de outros países. “Isso é fruto das profundas transformações sofridas ao longo dos tempos, marcadas por ousadia e inovação. Em um mundo sujeito a extremos, sejam de secas ou cheias, a informação gerada pela Funceme passa a ter caráter estratégico, tanto para o Governo do Estado quanto para o setor privado, visando a uma maior preparação destes à variabilidade e mudanças de clima, assim como seus impactos nos vários setores da economia”, reforça o presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins.

Na segunda matéria da série especial Ceará Transparente deste mês, vamos mostrar as áreas de atuação da Funceme, órgão que este ano comemora 45 anos

Em 2016, foi inaugurada a Sala de Monitoramento e Previsão de Tempo e Clima, equipada com uma moderna estrutura de vídeowall que facilitou o trabalho dos meteorologistas. Em julho de 2017, o órgão passou a realizar a previsão da Temperatura de Superfície do Mar (TSM), que é uma das principais informações para a elaboração do tão esperado prognóstico climático da estação chuvosa no Ceará. Essa, por sinal é uma das mais importantes missões da Funceme, tanto para o homem do campo, quanto para a própria estrutura de recursos hídricos do Governo. O trabalho de previsão de tempo e de clima é fundamentado em uma modelagem numérica e também em uma rede de monitoramento hidrometeorológico, composta por radares meteorológicos, sistema de recepção de imagens de satélite, plataformas automáticas de coleta de dados e a mais densa rede de pluviômetros convencionais do País.

Atualmente, 550 voluntários fazem a leitura diária da precipitação acumulada nos pluviômetros espalhados pelo Estado. Conforme a supervisora do Núcleo de Meteorologia, Meiry Sakamoto, todo este aparato de monitoramento permite acesso à informação de qualidade e em tempo real para apoiar a gestão de recursos hídricos, subsidiando a tomada de decisões, particularmente, em um período de poucas chuvas no Estado.

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Além de auxiliar os órgãos governamentais e a comunidade científica, os dados, previsões e estudos da Funceme estão abertos e acessíveis à população por meio do próprio site da instituição e por meio de aplicativos e portais como o Funceme Tempo, Calendário de Chuvas, Marés e Lua, Portal Hidro, dentre outros. Só o Portal Hidrológico do Ceará, por exemplo, teve um aumento de 171% de visualizações de 2014 até hoje. Além disso, as informações podem ser obtidas por telefone, inclusive nos feriados e finais de semana. “Os usuários telefonam para saber se vai chover, se vai ter um tempo bom ou se vai ventar. Essas informações são usadas para tomar decisões do seu próprio dia a dia e para organizar festas de aniversários e casamentos, por exemplo”, finaliza Meiry.

Projetos de sucesso

Na área de recursos ambientais, se destacam os estudos dos solos, a identificação de áreas degradadas em processo de desertificação e a delimitação do próprio semiárido. Um grande exemplo é o projeto Brum, iniciado em 2012, que visava recuperar uma faixa de terra que estava degradada pelo ação do homem e também pelas forças da natureza. Mesmo após a sequência de anos de poucas chuvas, por meio da aplicação de técnicas de manejo simples, a Funceme conseguiu recuperar a área degradada e em processo de desertificação, localizada no município de Jaguaribe, no interior do Ceará. Hoje o local é conhecido por “Amazoninha”, porque virou uma ilha verde dentro do universo seco da caatinga.

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“O projeto começou com a realização dos estudos básicos e do diagnóstico socioambiental e, a partir de janeiro de 2014, foram iniciados os serviços de preparação e aplicação das técnicas de manejo na sub-bacia hidrográfica do riacho do Brum. Toda a implementação foi realizada entre fevereiro de 2014 e janeiro de 2015 – continuando com o monitoramento – com a devida orientação técnica e o respectivo suporte em campo, executados pela equipe técnica da Funceme”, explica a supervisora do Núcleo de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, Margareth Benício.

Outro importante projeto que teve impacto para o Ceará recentemente foi a nova delimitação do semiárido. Em 2017, a partir dos estudos da Funceme baseadas em seus dados pluviométricos, a recente resolução aprovada pelo Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Condel) incluiu mais 15 municípios, totalizando 165 municípios cearenses caracterizados como semiárido. Esse número, porém, deve aumentar depois de um estudo que está sendo finalizado pelo órgão que pode levar à inclusão de, pelo menos, mais 10 outros municípios. “Pelos estudos, projetos e atividades que vêm sendo desenvolvidos, a Área de Meio Ambiente da Funceme tem vários desafios para os próximos anos, visando atender a sociedade e apoiar as políticas ambientais”, reforça Margareth Benício.

Veja o vídeo: