Seminário promove adesão ao Programa Nascer no Ceará

18 de abril de 2018 - 17:53 # # #

Déborah Vanessa e Wiarlen Ribeiro - Assessoria de Imprensa do Gabinete da Primeira-dama
Cristiane Bonfim - Ascom / Sesa
Marcos Studart - Fotos

Objetivo é reduzir o adoecimento e a mortalidade materna e infantil no Estado

Um aplicativo de celular para cadastrar 100% das gestantes, permitir a estratificação de risco e o acompanhamento da gestação é a ferramenta já disponível do Programa Nascer no Ceará, que objetiva reduzir o adoecimento e a mortalidade materna e infantil no Estado. O aplicativo foi apresentado para prefeitos, secretários municipais e coordenadores regionais de Saúde, gerentes municipais e regionais do programa, durante o Seminário de Pactuação do Programa Nascer no Ceará, aberto pela Primeira-Dama do Ceará, Onélia Leite Santana, e o secretário da Saúde do Estado, Henrique Javi, na quarta-feira, 18, no Hotel Plaza Praia Suítes, em Fortaleza, para formalização da adesão dos municípios a essa estratégia de atenção à gravidez, parto e nascimento.

“Teremos um acompanhamento melhor, acolhimento melhor, para reduzir a mortalidade materna e infantil no Estado”, disse Onélia Santana ao felicitar os municípios pela adesão ao pacto. O Programa Nascer no Ceará faz parte do Mais Infância Ceará, idealizado pela primeira-dama. Com investimento de R$ 11.427.840,00 do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop), o programa vai desenvolver um conjunto de ações que envolvem os três níveis de atenção através de pactuações municipais, regionais e macrorregionais, para o fortalecimento da assistência qualificada às gestantes de alto risco. Os municípios que confirmarem a adesão deverão instituir um gerente municipal, que deverá ser um profissional de saúde da atenção primária para fazer parte do Programa Nascer no Ceará.

“Já avançamos passos importantíssimos na redução da mortalidade materna e infantil, mas boa parte das mortes poderiam ter sido evitadas se estivéssemos mais vigilantes”, admitiu o secretário Henrique Javi. “Queremos reduzir as mortes, mitigar riscos e melhorar a assistência”, acrescentou, ao indicar que cerca de 15% das gestações são consideradas de alto risco. “Não é apenas que as crianças que vão nascer serão o futuro do Ceará, mas precisamos garantir um presente para elas, e é isso o que propõe o Programa Nascer no Ceará”, resumiu o secretário.

Para a implementação do programa, uma parceria entre a Secretaria da Saúde do Ceará e a Sociedade Cearense de Ginecologia e Obstetrícia (Socego) está promovendo a reestruturação da linha de cuidado materno-infantil a partir do cuidado à gestação de alto risco, o fortalecimento do processo de regionalização e descentralização das ações e serviços de saúde do SUS e qualificação da assistência na linha de cuidado materno-infantil através da elaboração e implementação de protocolos, qualificação de profissionais e definição de fluxos assistenciais nos três níveis de atenção, nas cinco macrorregiões de Saúde do Estado.

 

O estudo do comitê de mortalidade materno e infantil do estado demonstra que 90% da mortalidade materna está relacionada com a gestante de alto risco. Para enfrentar esses desafios, o programa vai desenvolver um conjunto de ações que envolvem os seguintes compromissos pela secretaria da Saúde do Ceará: coordenar o Programa Nascer no Ceará, alinhando os pontos de atenção nos diferentes níveis de atenção, em conformidade com as necessidades locais; articular com as instâncias de negociação e pactuação do SUS cronograma de atividades e ações a serem executadas com os diferentes atores envolvidos no processo, municípios, policlínicas, regionais, maternidades; capacitar os profissionais da atenção primária, atenção ambulatorial especializada/Policlínicas e maternidades de referência para alto risco.

Também cabe à Secretaria da Saúde do Estado qualificar a assistência às gestantes de alto risco no pré-natal e parto, pactuar a oferta dos exames preconizados no protocolo do pré-natal de alto risco com as policlínicas ou outro ambulatório de atenção especializada de referência na região para assistência pré-natal, vincular as gestantes de alto risco às maternidades de referência para alto risco e monitorar e avaliar indicadores do projeto.

Já os compromissos dos municípios são: instituir um gerente municipal para apoiar as ações do programa no município, usar o aplicativo Nascer no Ceará na assistência à gestante, realizar a estratificação de risco no aplicativo, os exames mínimos da gestante listados no protocolo do pré-natal de risco habitual e a vinculação da gestante de alto risco às policlínicas ou a outro ambulatório de atenção especializada de referência na região para assistência pré-natal.