Hospital São José reúne diferentes histórias de mulheres que se tornaram mães

11 de maio de 2018 - 13:55 # # #

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Um corredor, uma enfermaria e muitas histórias para contar de diferentes tipos de vínculo materno: “mães avós”, “mães filhas”, “mães tias” e mães biológicas. Mulheres com perfis diferentes, que buscam saúde e paz para seus filhos, que são presentes no tratamento deles realizado no Hospital São José (HSJ), da rede pública do Governo do Ceará. A dona de casa Valdenira Ferreira (nome fictício), 42, é um exemplo de força e esperança. Avó do pequeno Emanuel (nome fictício), de um ano de idade, Valdenira é mãe duas vezes. Não apenas por já ser avó do menino, mas por tê-lo adotado, assumido a maternidade dele.

A criança foi diagnosticada com sífilis congênita, uma infecção grave transmitida de mãe para filho e que pode causar má-formação do feto ou aborto e problemas sérios no bebê ao nascer. Emanuel foi internado duas vezes no HSJ. Nesse período, a mãe biológica, devido a problemas com drogas, não teve condições de criar o menino. Foi quando a avó paterna tornou-se mãe e responsável pela criança. Para Valdenira, educar e cuidar da saúde do filho neto têm se tornado uma missão de amor.

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“Ela foi embora e ele se tornou meu filho, meu amor. Foi aqui, nesse hospital que eu fortaleci os laços com o meu neto e a cada consulta o médico já sabe que é comigo que o tratamento do meu ‘fofinho’ vai dando certo. Eu sou mãe dele com toda força, com todo amor”, afirma a dona de casa.

História semelhante de amor e adoção tem a advogada Vanderlúcia Medeiros, que trabalha no Hospital São José “há mais de 20 anos”. Quando criar uma menina parecia ser impossível para uma mãe adolescente e sem estrutura financeira e familiar, Vanderlúcia abriu o coração, a casa e a vida para também se tornar mãe. “Ela só não veio da minha barriga, mas desde que saiu da maternidade já foi como minha filha e tem sido assim há 22 anos. Com todas as felicidades e dificuldades que mães passam mesmo. E aquela menininha, que às vezes eu tinha até que levar para o trabalho, hoje é uma mulher”, declara.

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“E quem disse que mãe não vira filha também, minha amiga?”, chama a atenção Dona Hélia, enquanto aguardava consulta na sala de espera do ambulatório do HSJ. Ela faz tratamento há um ano contra Leishmaniose Tegumentar, doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele e mucosas. Ela sempre vem acompanhada pela filha. “Hoje em dia, eu sou a filha dela. Ela que cuida de mim, me traz para as consultas, organiza meus remédios. É uma mãe pra mim”, declara a aposentada de 62 anos junto da filha Rayana, 22.

Além das consultas médicas, exames, distribuição de medicamentos, internações, os pacientes do Hospital São José também são acompanhados pela psicologia e pelo serviço social, por onde passará a Natália Ferreira para “dar um tchau de felicidade”. A dona de casa, de 28 anos, levará o filho de 7 anos para casa, depois de um longo período de internação para tratamento de uma infecção grave. “A tristeza e a insegurança foram reduzidas pelo apoio que eu tive aqui, por cada um desses profissionais da pediatria. Mas quando a médica disse que eu ia passar o Dia das Mães em casa, com meu filho e com a família que aguarda a gente, tive vontade de gritar de tanta felicidade. Vai ser meu melhor presente!”, comemora.

Dia das Mães no HSJ

Na próxima quarta-feira, 17, o Hospital São José terá uma programação especial para as mães que estão internadas, as que fazem acompanhamento ambulatorial com os filhos e aquelas que trabalham na unidade.

Serviço:

Ambulatório de Pediatria e Ambulatório de Leishmaniose Tegumentar funcionam às quartas-feiras, com hora marcada, no Hospital São José. Mais informações e agendamento de consultas pelo telefone: (85) 3101-2343.