Hospital Albert Sabin implanta novo posto de coleta de leite materno

25 de maio de 2018 - 15:22 # # # #

Diana Vasconcelos - Assessoria de Comunicação do Hospital Albert Sabin Foto: Ascom/Hias

O Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), da rede pública do Governo do Ceará, atende 34 bebês internados nas UTIs Neonatal e Médio Risco. São crianças prematuras, pós-cirúrgicas e sindrômicas que, comprovadamente, apresentam recuperação mais rápida e eficaz com a ingestão do leite materno. E para reforçar o estoque, ampliar a rede de amamentação e promover a importância do aleitamento materno, o Hospital Albert Sabin conta com mais um posto de coleta em Fortaleza.

O novo serviço de coleta do leite materno doado fica na sala de apoio à amamentação do Centro Universitário Estácio do Ceará, no bairro Água Fria, e está em pleno funcionamento. O posto de coleta foi implantado pela equipe do Banco de Leite do Hias e inaugurado na última terça-feira, 22 de maio. “Esta é a nossa quinta sala inaugurada por meio de parceria. E nós estamos muito felizes, é mais um reforço para nossos bebês internados”, disse a coordenadora do BLH/Hias, Erandy Sousa.

O leite materno é coletado por meio de doações para o Banco de Leite e postos de coleta, pasteurizado no hospital e encaminhado em quantidades adequadas para cada paciente. Isabele Sombra, professora e enfermeira do centro universitário, sabe bem sobre a eficácia do leite humano para a saúde das crianças, tanto que foi a primeira doadora do novo posto. “Eu sempre quis doar. Eu sempre tive bastante leite. Mas, na região que eu moro não tinha coleta e eu não podia ir fazer a doação lá no Hias. Como inaugurou um posto aqui, essa é a oportunidade perfeita para doar e ajudar de alguma forma, eu sei da importância”, ressaltou, enquanto segurava a filha Maria Sofia nos braços, e complementou: “se depender de mim, ela vai mamar até os dois anos”.

A assessora técnica Sandra Luna, do Núcleo de Atenção Integrada à Saúde da Mulher (Nusmac), da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa), participou da inauguração e parabenizou os envolvidos pela iniciativa. “Além de incentivar a amamentação, melhorando os indicadores de aleitamento materno, reduz a mortalidade infantil, a internação neonatal e, consequentemente, a saúde dos nossos filhos e filhas”, destacou.

O posto de coleta funciona das 7 às 17 horas e atende funcionárias, estudantes e mulheres da comunidade. “Antes tínhamos uma sala de apoio à amamentação, porque as mães precisavam de um local tranquilo para amamentar e se sentirem incentivadas a isso, mesmo no ambiente de trabalho. Agora, com o posto de coleta, além de amamentar, elas vão poder doar para o Banco de Leite do Hias. Estamos expandindo e é uma alegria”, declarou a professora da universidade e doutora Mariana Gonçalves de Oliveira.

De acordo com a diretora-geral do Hias, Marfisa de Melo Portela, a iniciativa só traz benefícios e qualquer que seja a quantidade do leite materno doado, o cuidado com a saúde do bebê é reforçado. “Um mililitro que seja doado, faz muita diferença”, enfatizou. Para tirar dúvidas sobre aleitamento ou informar que quer ser doadora de leite materno, basta telefonar para (85) 3101-4189 ou 0800-280.4169 (ligação gratuita). A equipe do Banco de Leite do Hospital Albert Sabin orienta sobre a amamentação e também como coletar e armazenar o leite.

Doe leite, salve vidas

A maioria das mulheres que amamentam produz mais do que o necessário para alimentar o bebê, especialmente do terceiro ao quinto dia após o parto. A produção do leite depende do esvaziamento da mama e quanto mais a mulher faz isso, mais leite ela será capaz de produzir. Para estocar, podem ser utilizados vidros de café solúvel esterilizados. O leite deve ser conservado no congelador por até 10 dias. E caso seja descongelado, não pode ser congelado novamente.

O leite doado, quando chega ao hospital, passa por um rigoroso processo de pasteurização (tratamento térmico para manter a qualidade e destruir microrganismos que causam doenças), que é precedido por análises físico-químicas e microbiológicas. Todo o processo de pasteurização leva em torno de 48 horas. Só então é liberado para o consumo dos bebês. O leite materno ajuda a reduzir a mortalidade dos bebês. Além disso, protege contra infecções e outras enfermidades.