Música traz alento aos pacientes da emergência do HGF

4 de fevereiro de 2020 - 14:57 # # # #

Márcia Ximenes - Ascom HGF

Quem canta seus males espanta. A frase, que ficou conhecida pelo personagem literário Dom Quixote e virou ditado popular, é colocada em prática no Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Aos domingos, os pacientes que estão na emergência recebem uma visita musical realizada por um grupo de funcionários do hospital do Governo do Estado.

A iniciativa é da coordenadora da enfermagem da emergência, Aline Medeiros. Trabalhando no hospital há pouco mais de um ano, a enfermeira faz um verdadeiro passeio musical nos setores da emergência do HGF. Ela chega sozinha com instrumentos musicais, como violão ou teclado, mas não demora muito pra ser seguida por um grupo de funcionários do hospital como também de acompanhantes dos pacientes.

Música

Na tarde do último domingo (02), uma das funcionárias que acompanhou Aline nesse passeio musical foi Meiriane Paixão. A técnica de enfermagem trabalha no HGF há três anos e participa dessa ação sempre que está trabalhando. Ela disse que observa o que a música causa nos pacientes e acompanhantes. “Já presenciei uma acompanhante chorar e dizer que nossa música trouxe força, trouxe esperança, para suportar estar distante do filho e da família naquele momento”.

Esperança também é o que sentiu a paciente Lúcia Maria Silva, de 42 anos, quando viu e ouviu o grupo cantando. A paciente, que fez um esforço para ficar sentada e assistir ao grupo, chorou e elogiou a ação. “É muito lindo. A gente se emociona e se renova. É muito bom esse trabalho. Não deixem de fazer porque ajuda muito quem está aqui esperando ficar bem de saúde”.

A ideia de levar música para os pacientes surgiu tanto da formação musical que Aline tem desde a infância quanto da pesquisa que ela realizou ao final da graduação em enfermagem. A enfermeira estudou a influência da música nos parâmetros fisiológicos e comportamentais de crianças com cardiopatias congênitas. “Além de promover um impacto positivo na saúde do paciente, da família e dos trabalhadores, eu acredito que beneficia também os recursos financeiros públicos, por ser uma intervenção de baixo custo, não farmacológica e não invasiva”, explica a coordenadora.