Pesquisadores liderados por professor da UVA identificam nova espécie da flora da caatinga

21 de julho de 2016 - 19:00 # # # # # # # # #

Pesquisadores da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidad Nacional del Nordeste (UNNE-Argentina) identificaram uma nova espécie vegetal do bioma Caatinga. Denominada Borreria apodiensis, a espécie é endêmica da Chapada do Apodi, ocorrendo em substratos calcários entre os estados do Ceará e Rio Grande do Norte, no Nordeste brasileiro.

A nova espécie foi descrita pelo Professor Elnatan Bezerra de Souza do Curso de Ciências Biológicas da UVA e curador do Herbário “Prof. Francisco José de Abreu Matos” (HUVA), durante estágio pós-doutoral na UFC, em colaboração com o Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio-Semiárido). Integram a equipe de pesquisadores a professora Maria Iracema Bezerra Loiola (UFC); professora Elsa Leonor Cabral (UNNE); o discente do Curso de Ciências Biológicas e Bolsista do Programa Bolsa Universidade da UVA (PBU-UVA), Francisco Álvaro Almeida Nepomuceno, e a doutoranda Laila Mabel Miguel (UNNE).

A espécie, exclusiva da Caatinga, é uma erva anual de flores alvas, classificada entre as Rubiaceaes, da família do cafeeiro. A descrição da nova espécie foi publicada na edição de abril/junho de 2016 da Revista Acta Botanica Brasilica da Sociedade Botânica do Brasil. De acordo com o professor Elnatan Bezerra, a descrição de mais uma espécie, até então desconhecida, reforça a importância de mais estudos sobre a caatinga. “Se, por um lado, a caatinga é rica em espécies, muitas das quais ainda não conhecidas da ciência, o que demanda mais esforço de coleta e pesquisa, por outro, é o bioma menos protegido em unidades de conservação de proteção integral”, afirma.

A Borreria apodiensis aparece para a ciência já como espécie ameaçada. “A área de ocorrência dessa nova espécie, considerada por especialistas como de extrema importância para a conservação da flora da caatinga, está sendo impactada pela agricultura mecanizada, por queimadas, produção de carvão e pela extração de calcário”, explica o professor Eunatan.

21.07.2016

Fábio Melo
Assessoria de Comunicação e Marketing Institucional (ACMI) da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)
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