Diálogos Ambientais debatem poluição das praias e desenvolvimento

23 de abril de 2019 - 10:30 # # # # # #

Ascom Semace

A poluição das praias foi o tema da palestra seguida de debate, da primeira rodada do Diálogos Ambientais, realizada, nesta segunda-feira (22), no auditório da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). O tema foi apresentado pelo gerente de Análise e Monitoramento Ambiental e doutorando em Geografia, Gustavo Gurgel, para um público formado por pesquisadores, profissionais, estudantes e integrantes do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema).

O secretário do Meio Ambiente, Artur Bruno, comemorou a iniciativa como “importante para o desenvolvimento sustentável. “Espero que a gente possa ter sempre esse auditório cheio, para que a gente possa evoluir, levar demandas para o Coema e criar novas resoluções”, afirmou. Para o superintendente da Semace, Carlos Alberto Mendes, “é muito bom colocar o corpo técnico da Semace, altamente especializado, ao serviço de temas atuais e que interessam a toda a sociedade”.

Os Diálogos Ambientais são uma realização da Semace em parceria com a Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag), apoio da Escola de gestão Pública (EGP) e a assessoria do Instituto República. A iniciativa seguirá com encontros mensais, sempre com um tema de interesse público relacionado ao meio ambiente do estado. Os apresentadores serão escolhidos de acordo com o tema em pauta, do corpo de mestres e doutores da Semace.

A organização recebe sugestões de temas da sociedade e apresentadores externos também poderão ser convidados. Os interessados podem se inscrever gratuitamente e terão direito a certificado de participação.

Balneabilidade

O expositor que abriu o Diálogos Ambientais, Gustavo Gurgel, tem mais de 20 artigos publicados em periódicos especializados e congresso, além de mais de 30 anos de dedicação ao serviço público. O pesquisador explicou os critérios técnicos do exame semanal da balneabilidade das praias de Fortaleza, definidos na resolução Conama nº 274/2000. “A chuva pode influenciar na qualidade da água, por causa do esgoto doméstico clandestino e ligado à rede (de galeria) pluvial”, alertou.

O palestrante lembrou o investimento público para divulgar as “praias paradisíacas” e desenvolver o turismo no litoral do Ceará. Mas alertou para o potencial destruidor da poluição, em relação ao meio ambiente, aos negócios e à imagem construída “com sucesso”. Para o Gurgel, “se a gente continuar nesse ritmo de poluição das nossas praias, a gente vai acabar com essa imagem que foi muito trabalhada e criada pelo Governo do Estado”.