Secult, Uece e Museu Nacional assinam Protocolo de Intenções para o projeto que cria o Museu de História Natural do Ceará

26 de agosto de 2019 - 14:02 # # # #

Secult - Ascom

O Ceará ganhará um novo equipamento cultural: o Museu de História Natural do Ceará Professor Dias da Rocha. Na noite da última sexta-feira, 23/8, no Theatro José de Alencar, a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), a Universidade Estadual do Ceará (Uece) e o Museu Nacional assinaram o Protocolo de Intenções que tem o propósito de promover a cooperação técnico-científica e cultural entre as instituições para a construção do novo projeto do Museu de História Natural. Entre os objetivos está o restauro do acervo do professor naturalista Dias da Rocha, hoje sob a salvaguarda do Museu do Ceará. Além da recuperação do material, o projeto vislumbra a produção de um curta-metragem, documental e ficcional sobre a história do pesquisador.

A assinatura foi prestigiada por acadêmicos e pesquisadores do Estado, e contou com a presença da secretária Executiva da Cultura do Ceará, Luísa Cela; do reitor da Uece, Jackson Sampaio; do diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner; e do secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará, Inácio Arruda.

Sob gestão da Universidade Estadual do Ceará e Museu Nacional, o Museu de História Natural será local de pesquisa e de exposições em diálogo com o Museu Nacional e terá sede no Campus Experimental de Educação Ambiental e Ecologia de Pacoti da Uece, na Serra de Baturité, em prédio cedido pela Fundação Educacional Deusmar Queiroz. A criação do Museu é uma iniciativa pioneira do Centro de Ciências da Saúde da Universidade, fruto da parceria com o Museu Nacional e apoio da FUNCAP. “É muito simbólico firmar essa cooperação. Comemoramos que o museu seja instalado em Pacoti. Isso está em sintonia com a política do Governo do Estado do Ceará e da Secult em descentralizar a política pública para os municípios do interior. O projeto também é um exemplo para o resto do País. Damos um passo para o desenvolvimento da ciência, da cultura, da memória, do patrimônio e da pesquisa no Estado. É tempo de comemorar e celebrar essa parceria”, destacou a secretária Executiva da Cultura do Ceará, Luisa Cela.

A construção de parcerias também é bem vista pelo reitor da Uece, Jackson Sampaio. “Fiquei muito feliz! Teremos um espelho do Museu de História Natural lá no Rio de Janeiro e aqui no Ceará teremos um espelho do Museu Nacional. Temos um grande trabalho pela frente e possibilidade de construir etapas novas nas academias cearense e brasileira”, comemorou.

O diretor do Museu Nacional, por sua vez, apresentou ao público como está sendo realizada a reconstrução do Museu Nacional e as ações do projeto #museunacionalvive, que propõe atividades de sensibilização da população acerca do patrimônio histórico e natural no Rio de Janeiro e em outras cidades. “Um museu que não dialoga com a sociedade está fadado à destruição. As sociedades que não investem em seus espaços de museus está em parte extinta. Acho que o Museu Nacional deveria ter como meta apoiar vários museus de história natural no Brasil”, afirmou.

Valorização da história natural

Com cores e formatos inspirados na biodiversidade do Ceará, a nova logomarca do Museu reforça a proposta de valorização dos recursos patrimoniais, da preservação e do conhecimento. A diretora do Museu do Ceará, Carla Vieira, destaca que a coleção de história natural em questão é uma das mais importantes do Brasil. “Todo o potencial que tem essa coleção será, enfim, devidamente explorado, com a pesquisa, divulgação e manutenção do acervo”, considerou.

Para Renata Stopiglia, Diretora Científica e de Operações do Museu de História Natural do Ceará, trata-se de um projeto orgânico, com proposta de transferência de conhecimento. “Dias da Rocha foi o primeiro naturalista a formar uma coleção de história natural. E esse acervo de mais de cem anos se encontrar no Museu do Ceará. Seu acervo é nosso patrimônio. O primeiro museu se história natural foi construído por ele. E nosso desafio também é apresentar à sociedade quem foi Dias da Rocha. O acervo só fará sentido se imprimimos o significado dele. Isso que queremos com a exposição e com um curta-metragem que deverá ser exibido não só no Museu, mas nas escolas, em outros espaços”.

“Reforço que a proposta do museu é essa: a integração de todos. Convidamos aqui representantes de várias áreas para integrarmos vários saberes e competências para cuidarmos da serra de Baturité. Aliás, vamos começar por lá, para depois chegar até outros locais do Ceará. Esse dia marca a história do Ceará”, destacou Gláucia Posso, diretora do Centro de Ciências da Saúde da Uece.