Sesa discute políticas de atenção à saúde da pessoa com deficiência

18 de setembro de 2019 - 16:11 # # #

Martina Dieb - Ascom Sesa Texto
Fátima Holanda Fotos

O Governo do Ceará tem uma luta permanente para fortalecer as políticas de atenção à pessoa com deficiência. E como parte dessa iniciativa, teve início nesta quarta-feira (18), a Semana da Pessoa com Deficiência. Evento realizado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), por meio do Núcleo de Atenção Especializada (Nuesp) da Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde (Copas), que traz a temática “Acessibilidade, direitos e visibilidade”.

O intuito da discussão na saúde é sensibilizar gestores municipais e estaduais, coordenadores das regionais de saúde, diretores dos hospitais polo, profissionais da saúde e entidades da sociedade civil ligadas ao movimento das pessoas com deficiência para uma ampla discussão coletiva sobre a construção da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência do Estado.

Na abertura do encontro, a coordenadora de Políticas e Atenção à Saúde da Sesa, Magda Almeida, ressaltou a construção do cuidado integral à pessoa com deficiência dentro de sua singularidade. “A partir desse encontro, teremos uma agenda de trabalho voltada para o cuidado integral dessa população. Nesse primeiro momento teremos as discussões e o levantamento das demandas dos movimentos sociais e da sociedade civil. Temos muito o que fazer”, disse a coordenadora.

“Precisamos dizer que somos capazes também. Porém, existe a necessidade do cuidado integral às pessoas com deficiência. Precisamos sensibilizar os profissionais de saúde para um atendimento humanizado”, ressaltou Maria Arnete Borges, assessora técnica da política da pessoa com deficiência da Copas/ Sesa. Ela também é a primeira pessoa com deficiência que integra uma Mesa de Negociação desta política na pasta da Saúde no Estado.

A programação contou ainda com uma palestra ministrada pela professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Zilsa Maria Santiago, sobre acessibilidade nas unidades de saúde. Nesta quinta-feira (19), ocorrerá durante todo o dia ações de promoção da saúde abertas ao público; apresentação musical com Ítalo Gutierrez; dinâmica em grupo com foco na mobilidade urbana; serviço de massoterapia e atividade de arteterapia com Cleilson Luiz.

Sobre a elaboração de propostas para compor a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, o secretário da Saúde, Dr. Cabeto, destacou o atendimento humanizado e a valorização da vida de pessoas com deficiência. “Aqui tem o nome de política pública, mas é política de lato sensu. Representa uma política macro”, destacou.

Dr. Cabeto complementou ainda.“A Secretaria da Saúde do Estado entende que essa discussão trata de empatia e solidariedade que são fundamentais ao Estado de direito. A saúde tem que fazer, entender e garantir atendimento integral a todos, sem distinção”.

Viver Sem Limite

O Ministério da Saúde está atuando de maneira ostensiva para ampliar e qualificar a oferta de serviços de saúde, garantindo o direito do acesso de pessoas com deficiência aos serviços de saúde pública. Em 2011, o Governo Federal instituiu o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – o Plano Viver Sem Limite, com o objetivo de articular políticas intersetoriais para a garantia da inclusão social, a acessibilidade, o acesso à educação e a atenção à saúde das pessoas com deficiência.

Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

No dia 21 de setembro, é celebrado o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. A data foi oficializada em 2005 por meio da Lei Nº 11.133.

Segundo a Lei Nº 13.146/15, a pessoa com deficiência é aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Assim sendo, o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência surgiu como forma de garantir os direitos dessas pessoas na sociedade e sem preconceitos.

Hoje, mais de 45 milhões de pessoas no Brasil vivem com alguma forma de deficiência. No Ceará, são 2 milhões de pessoas, que representam quase 27% da população com algum tipo de deficiência.